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28 março 2019

O Dedo do Demônio "Şeytan Tırnağı" Produção Turca Inédita no Brasil (1972) [Subtitle/Legenda ptbr.str.] Exclusiva Especial Brasil

imagem meramente ilustrativa

Şeytan Tırnağı - Turquia (1972)
Tom Braks - Şeytan Tırnağı - Turquia
O Dedo do Demônio - Brasil

İstemi Betil - Tom Braks/Şeytan Tırnağı/Demônio
Deniz Erkanat - Selmina
Hüseyin Zan - Sam Braks/Xerife/San Braks
Elif Pektaş - Dalilah
Zeki Tüney - Don Esteban
Orhan Çoban - Rodrigez
Arap Celal - Xerife Desparecido
Aykut Düz - Ringo
Seyfettin Karadayı - Padre
İhsan Baysal - Senhor John
Dündar Aydınlı - Garringo
E com Seyhan Gümüş, Mehmet Ali Güngör, Baki Akyol e Doğan Tan



Diretor: Taner Oğuz
História: Taner Oğuz
Produtor Işık Toraman
Fotografia: Nihat Çifteoğlu
Duração: 72 minutos
Equipe de Produção: Şükrü Kirişçi
Set Team: Ercan Duman, Hasan Demirtaş
Diretor de Arte: Şaner Aykan e Haluk Tülümen
Sub Diretor: Tarık Gün
Câmeras: Erol Kesler
Pós-Produção: Recai Karataş
Co Produção: Metin Film e Acar Film
Especificações: 35 mm, preto e branco


Muito pouca informação existe sobre esse filme na mídia e na literatura e através de uma incansável pesquisa, consegui encontrar curiosidades sobre ele.

Inspirado no personagem Tom Braks da Kinova Editora de Gibis (HQ) que também editava personagens como Red Kit, Pekos Bill, que eram heróis do Velho Oeste e ainda vários outros gêneros de aventuras como Capitão Swing, foram criados e distribuídos na década de 70 em fascículos ilustrados dirigidos especialmente a atingirem às crianças e adolescentes na Turquia chegando também a alguns países europeus.

Esses heróis influenciaram toda esta geração e devido ao grande sucesso foram escolhidos por alguns cineastas turcos em adaptá-los para o cinema.


Suas produções nasceram em meio ao movimentado Espaghetti Western rodados em sua maioria na Itália e na Espanha e os filmes de Artes Marciais na Ásia que caminhavam juntos.

Era uma farra cinematográfica. Uma era à todo vapor aproveitando o momento de entusiasmo em um dos maiores entretenimentos em seu apogeu na época, o cinema em todo o mundo.

Suas produções em sua maioria de orçamentos baratos, equipes tecnicamente inexperientes bem como a maioria de seus elencos cinematográficos. Escolhia-se um velho vilarejo abandonado e se produzia um filme Western sem muita pretensão.


Produções rudimentares para a época e que em alguns casos se tornaram relíquias históricas e documentais para fanáticos, hoje estudiosos e pesquisadores desta arte.

Neste filme, claramente pode se notar essas descrições em que há cowboys, lutas, bons duelos, traições, piadas de humor negro, situações engraçadas e mortes em ritmo de pastelão misturado com aventura e drama e que claramente mostra a ingenuidade de se fazer cinema barato.


Segundo pesquisas e depoimentos de velhos atores, eram feitos aproximadamente dois filmes por mês naquela época e por isso nota-se a falta de qualidade em todos os quesitos, como a trilha sonora copiada de Ennio Morricone e outros italianos.

Uma edição pobre que em certas ocasiões parece não terem usado a claquete para as devidas informações técnicas do roteiro e muitas cenas às vezes parecem estar fora da posição em que deveriam. Isto as vezes confunde a mente de quem está seguindo a história, mas ao terminar de assistir ao filme, vê-se que não alterou em nada no resultado final.


Todos os países possuem a sua própria história cinematográfica, mas os turcos também conseguiram deixar a sua marca entre os cinéfilos pelo mundo.

O filme, estrelado por Istemi Betil, é o personagem Tom Braks inspirado no gibi ambientado no Oeste Americano. Tom Braks também é conhecido aqui como “Demônio”, recentemente ressurgido das cinzas no Youtube.
Ainda inédito no Brasil, resolvi intitulá-lo de “Os Dedos do Demônio”.


É a adaptação meramente fiel destes quadrinhos mas percebe-se inspirações no personagem italiano “Trinity” com Terence Hill. Uma adaptação bem amadora de Trinity, que às vezes é um pouco romântico envolvendo um certo tom de erotismo e também temos presente na história o personagem “Ringo” e cita-se também o nome Garringo, tudo isso destinando-se certamente a tentar salvar algo no filme.

A reputação do falecido ator turco Istemi Betil é muito bem considerada em seu país por ele ter atuado neste que é um dos inesquecíveis filmes Western nativo que ele trabalhou em sua juventude. Istemi Betil nasceu 21 de Dezembro de 1943, em Istanbul, Turquia e foi um ator que ficou conhecido por seus trabalhos em filmes como: Kurtlar Vadisi (2003), Cumhuriyet (1998) e Şeytan Tırnağı (1972). Morreu em 11 de Novembro de 2011 em Yalova, Turquia.


Situações interessantes em que ele é envolvido com seu irmão Sam Braks (Hüseyin Zan), um falso xerife de Jackson City, ambos aparentemente devendo a justiça e que juntos com a ajuda de Ringo e uma jovem nativa, Dalilah, tentam se apossar de um tesouro aparentemente escondido na região de El Paso. [Só descobri o nome do local ambientado, porque o taberneiro mexicano cita este nome ao servir o feijão; sim, aquele mesmo feijão de Trinity à Demônio.]

Como no Espaghetti, existe um poderoso corrupto na cidade que também quer o tesouro para ele e sua amada cúmplice.
Há também o bando de mexicanos liderados por Don Esteban atrás do ouro que segundo uma lenda e um mapa existente, o tesouro teria sido escondido por uma lendária Congregação de Monges Cristãos que ainda vivem num velho mosteiro.


Suspeitando-se que os monges atuais saibam onde está escondido o tesouro, são perseguidos e torturados por bandidos mas são ajudados pelo “Dedo do Demônio”.

Com essa narrativa, vemos que há tempero suficiente para a correria alucinada de confusão, sobrando tempo ao nosso herói até para alguns beijos e carícias em duas belas jovens em cenas rodadas em uma cachoeira e outra num lago remoto.

Ao ver o pistoleiro Tom Braks pela primeira vez na tela, você já imagina ser uma paródia de “Trinity” de Enzo Barboni.

Trinity todo maltrapilho, conduzindo sua velha carroça com um canhão, puxado por uma mula negra. Uma situação notável e inusitada mostrando simplesmente um pobre vagabundo sem nada a perder, mas muito rápido no gatilho.

Estas aventuras eram muito populares no passado, eram os filmes que o público daquele período queria assistir com prazer no cinema. Eram os divertimentos da época.


Um filme preparado nitidamente clonado do Espaghetti Western, com um temível líder de uma gangue de mexicanos, Don Esteban (Zeki Tüney) que faz um estilo “Fernando Sancho”.

Roupas rudimentares, cenários pobres, mas de uma bela fotografia no estilo barroco que hoje se destacam entre locações históricas marcadas pelo tempo.


Os diálogos não precisavam ser ricos e geralmente eram extremamente nativos e diretos.

A música era descaradamente copiada, editada e adicionada à várias cenas misturadas a trilha sonora original do filme que por sua vez, limitava-se à algumas poucas faixas musicais.


No entanto, com suas cenas divertidas, ingênuas e abordagem diferente, “Şeytan Tırnağı” (1972) é uma raridade produzido no cinema turco ainda inédito no Brasil e agora disponível no Youtube.


Para homenagear esta produção e a todos os seus idealizadores, decidi elaborar uma Subtitle/Legenda no idioma português/Brasil e uma em Inglês.

Disponibilizei-a aos cinéfilos que gostam de estudar e analisar o histórico destes filmes, as vezes considerados como Trash por muitos leigos em artes, mas aqui neste espaço eles serão perpetuados e respeitados como peças de arte.

[A Subtitle/Legenda no idioma inglês talvez necessite de algumas correções].

Disponível no Youtube com áudio original turco

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