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11 julho 2015

Django Mata em Silêncio [Bill il Taciturno] Especial Brasil



Django Mata em Silêncio - Brasil
E o Chamavam o Matador - Brasil
Bill Il Taciturno  - Itália
Django Kills Softly - USA
Django Kills Silently - USA
Django, Le Taciturne - França

Produção: Itália e França - 29 de Abril de 1967
Duração: 108 minutos
Direção: Massimo Pupillo (Max Hunter) Música: Berto Pisano

Fotografia: Mario Parapetti
Produção: Alberto Puccini
Escrito: Lina Caterini, Paul Farjon, Marcello Malvestito e Renato Polselli (Leonide Preston) Edição: Lina Caterini e Marcello Malvestito
Co Produção: Avis Film (Roma), Europea Distribuzione di Salvatore Prignano & Les Films Jacques Leitienne (Paris)
Relançado nos cinemas brasileiros em Technicolor pela produtora “3 Poderes”, com o título "E o Chamavam o Matador".

George Eastman (Luigi Montefiori) - Django/Bill
Luciano Rossi (Edwin G. Ross) - Dr. Thompson
Liana Orfei - Linda
Mimmo Maggio - El Santo
Spartaco Conversi - Miguel
Federico Boido (Rick Boyd) - O nervoso
Paul Marou – Steve
Giovanna Lenzi - Dançarina Mesa Saloon
Antonio Toma - Pedro
Remo Capitani - Pedro
Mario Dardanelli - Popular
Alberico Donadeo - Bandido Mexicano
e com Peter Hellman, Claudio Biava, Martial Boschero, Ilona Drash, Enrico Manera e Federico Pietrabruna.


Quando se pensa em assistir ao filme na expectativa de ver um Django no estilo Franco Nero, você estará enganado. "Django Kills Softly" em sua abertura não é muito diferente do Django original. Durante um ataque de uma gangue de bandidos mexicanos a uma pequena caravana de colonos que encontram-se acampados, um forasteiro “Django”, testemunha o ataque intrometendo-se e elimina todos os bandidos. Apesar de uma criança entre os colonos receber um tiro no peito nesta cena, isto não está à altura em comparação a violência sangrenta visto em Django de Corbucci. Em seguida o pistoleiro conhecido aqui por Bill salva uma jovem mulher, cujo marido fora assassinado, por traficantes de armas e juntos lutarão contra Thompson e seu bando de assassinos.

Django chega na cidade de Santa Anna a mando de um homem chamado Sanders que estava tentando comprar uma passagem segura para a sua carga negociada com um bandido mexicano chamado El Santo. Django acha que Sanders foi morto e que seu rival, um homem chamado Thompson, agora está tentando lidar com El Santo. Django, depois de um breve envolvimento com uma bela jovem “Linda” que tem informações sobre uma mina de ouro Perdida, se envolve nessa situação por concordar em escoltar um carregamento através do território de El Santo.

Este seria um resumo básico e simples mas como relançado no Brasil na década de 70 e agora rebatizado como "Django Mata em Silêncio", foi exibido nos cinemas brasileiros também como “E o Chamavam o Matador”, o filme possui muitas reviravoltas e roteiro interessante onde pessoas levam tiros, mas elas caem completamente sem sangue. Bill fixa-se na cidade de Santa Anna, a qual é dominada por Thompson e seus homens a fim de descobrir toda a operação destes bandidos. O confronto entre Bill e os bandidos será inevitável e desigual, mas Bill, com uma série de truques, conseguirá eliminar todos e se apaixonará e ficará com a bela viúva.


O diretor Massimo Pupillo, pseudônimo Max Hunter, lançava aqui George Eastman, o italiano Genovês, Luigi Montefiori no gênero Western Espaghetti com um papel importante. Reviver Django. Em sua carreira repleta de filmes nos mais variados gêneros populares na época tais como da comédia erótica ao horror, alem, de escritor e diretor e muitos filmes-B na América, é também lembrado por sua proeza e agilidade semelhante a Giuliano Gemma.

Aqui ele é incumbido de tentar limpar uma área de fronteira nas mãos de um conjunto diversificado de gângsteres que enchem os bolsos com trabalho desonesto desses homens. Santa Anna, no Texas, é um buraco no país, abandonado e esquecido por todos e onde reina com supremacia o Dr. Thompson, apoiado por sua gangue de homens e de onde cargas de traficantes de armas são enviadas para o México e que são o seu principal negócio ilícito.

Durante várias sequências, George Eastman não mostra nenhuma aparência e não há nenhuma ligação com o personagem de Corbucci. Eastman aqui faz poses e sorri para a câmera, claramente satisfeito com a sua boa atuação na ação por ele desempenhada. Claramente é um Django diferente, que não é citado durante todo o filme a não ser na cena final deixando uma impressão de que o diretor quis corrigir a falha e lembrou-se de que era um filme de Django.

Mais uma vez o nome título "Django" é utilizado para comercialização sobre o sucesso do filme original e o seu poder de influência aos fãs do Espaghetti. O Django aqui não tem um caixão com uma metralhadora, é mais falador, canastrão e menos obscuro.

Há uma infinidade de clichês com grande quantidade de mortes, quedas de telhados, quedas de corrimões, brigas extenuantes, duelos, embora tudo sem sangue. Django circula pela cidade de Santa Anna controlada pelo implacável Thompson e os seus homens. Nesta história como não ha um outro grupo disputando o controle da cidade, é substituído por uma gangue de bandidos mexicanos liderada por El Santo, obsevando tudo para tirar proveito da situação. Teria alguma ligação com a história de Yojimbo? A base do roteiro sugere que sim.

Eastman faz um Django Light, mas é rápido o suficiente com a arma para sobreviver sozinho. A verdadeira força deste Django não está na força bruta ou em seus close-ups mortais e sim na sugestão do título "Silêncio", ou seja, suas habilidades noturnas como um ninja se esgueirando suavemente na noite e podemos presenciar isso em algumas cenas divertidas.

Uma das melhores é quando os homens de Thompson tentam surpreender Django à noite para matá-lo em seu quarto. Procuram ao redor e Django está longe de ser encontrado. Os homens ouvem algo atrás da porta do banheiro, mas Django está em outro lugar, no teto do quarto e surge repentinamente matando dois dos quatro intrusos. Em seguida ele salta pela sacada do hotel para a rua surpreendendo os dois outros intrusos alvejando-os enquanto cai, matando-os em uma boa e ousada sequencia.

Um Django acrobata, um gato, um ninja matando suavemente e silenciosamente. Este Django faz me lembrar de "Django o Bastardo" com Anthony Steffen. Parece até mesmo ter uma influência dele dominando a arte da sombra, matando bandidos na calada da noite.

Um consideravelmente bem editado e bem filmado com alguns excelentes zooms nos olhos e rostos para valorizar a habilidade de Django no tiro.
A cena do cantil jogado ao ar e Django disparando contra ele é a marca registrada do filme.
Os cenários interiores muito bem cuidados com pinturas e cores mais fortes.


Uma trilha sonora elaborada pelo Maestro Berto Pisano que conta com o título de abertura "La banda di El Santo", muito inspiradora com a trompa solo por Mario Di Fulvio e muito boa para os ouvidos e também conta com uma música vocal  "Chi non è con te" interpretada por Patricia no saloon.
As duas fazem parte de um compacto raríssimo em 45 rpm.

Toda a tensão mesmo fica para o Gran-finale e seus duelos, divertido e emocionante final. É alto em violência, mas a música contrapõe a isso fazendo com que ela não seja explícita e macabra. O resultado disso surpreende, funciona bem para as cenas mais sangrentas [sem sangue].

Antes de tudo acabar, quando tudo parece perdido para Django, eis que uma faca arremessada pelo jovem mexicano Pedro, atinge um de seus inimigos pelas costas salvando Django. Graças a um bom desempenho de Eastman e alguns bons momentos divertidos, o filme pode-se considerar salvo em comparação a outras tentativas de Djangos feitas na época.

Exibido na televisão brasileira com título de "Django Mata em Silêncio" em "Bang Bang à Italiana" da TV Record em 12 de agosto de 1982 e em "Segunda Sem Lei" da TV Bandeirantes em 23 de Setembro de 85, 09 de Fevereiro de 1987 e 03 de Março de 1988 pela última vez.

Música Tema Download

Áudio Italiano com legenda português no youtube

08 julho 2013

Três Balas Para Ringo

Três Balas Para Ringo – Brasil
Três Tiros De Ringo - Brasil
Tre Colpi Di Winchester Per Ringo
Three Graves For A Winchester - USA
3 Bullets For Ringo - USA

Produção: 1966 - Itália
Direção: Emimmo Salvi
Música: Armando Sciascia
Duração: 100 Minutos
Fotografia: Mario Parapetti
Escrito: James Wilde e Ambrogio Molteni
Produção: Franco Mannocchi Profilms
Edição: Cesare Bianchini

Mickey Hargitay - Ringo Carson
Gordon Mitchell - Frank Sanders
Milla Sannoner - Janny Walcon
Ivano Staccioli (John Heston) - Daniels
Spartcao Converi (Spean Convery) - Tom
Dante Maggio - Sr. Walcon
Margherita Horowitz - Sra. Carson
Willy Miniver - Willy
e com Isarco Ravaioli, Nino Fuscagni, Bruno Arié, Amedeo Trilli (Mike Moore)


Os dois amigos Ringo e Frank, resgatam  Janny Walcon das mãos de bandidos, trabalho que fora feito através de um contrato com o pai de Janny, o Sr. Walcon.
Após uma boa luta no meio da rua (coisa que os italianos eram melhores que os americanos, lembrando ainda que Gordon Mitchell era um grande Doublê italiano) entre Ringo e Frank por ciúmes da mesma mulher, Frank parte da cidade.
Ringo reconcilia-se com a mãe “Sra. Carson”, casa-se com Jenny, tem um filho e torna-se xerife de Stone City.
Passam-se alguns anos e após a Guerra Civil, Ringo ao tentar debelar um ataque de bandidos liderados por Frank (seu ex-companheiro) fica cego ao salvar um menino do incêndio no vilarejo atacado.

Frank então se aproveitando da debilidade de Ringo assume o poder da cidade como xerife e uni-se a um inescrupuloso banqueiro “Daniels” (O sempre competente Ivano Staccioli) que tem como interesse apoderar-se das terras de fazendeiros inclusive as de Ringo apoderando-se das suas escrituras.



A casa de Ringo é atacada por três capangas de Frank e Daniels e ao tentarem se apoderar dos documentos acabam assassinando a mãe de Ringo e durante uma tortura, Ringo recupera a visão e a partir daí passa-se a fingir de cego e começa a fazer a limpeza da cidade novamente. 1965 -1966, estes dois anos poderiam ser chamados de “Era” experimental do gênero, produzidos com imprudência e ousadia na execução, não se imaginava que neste ano de 66 surgiria Sergio Leone com “Três homens em conflito”, provando de forma definitiva que os italianos poderiam fazer Westerns na Europa contrapondo ao estilo de John Ford com seus John´s Wayne´s limpos e barbeados ao contrário de atores de aparências horríveis como a de Lee Van Cleef, Gordon Mitchell, All Mulock e muitos outros.


Detalhe: Este filme não tem nada a ver com “Mate ou morra” como anunciado em alguns sites, somente alguns atores.
Apesar de ser um filme de muito baixo orçamento, com um enredo muito solto, é um filme que ainda dá para assistir pelo valor histórico; Lançado na Itália em 16 de março de 1966, é um exemplo do filme que atravessava a fase do filme B dos anos 60, pois  se percebe ainda a falta de luz em muitas cenas, cavaleiros inexperientes e um Spean Convery (Spartaco Conversi), amigo de Ringo ainda sem a sua conhecida barba grisalha que perpetuaria uma centena de westerns italianos como integrante de gangue de bandidos.

Começava-se a dar os primeiros Close-ups como no exemplo, naquela face cruel e feia de Gordon Mitchell. É um dos Spaghetti Westerns pioneiros. É mais um dos westerns obscuros italianos que acabou esquecido. Com uma boa trilha musical do compositor e regente Armando Sciascia que muito pouco tem a ver com o peso pesado do gênero, ou seja, Ennio Morricone que estava também em “Três homens em conflito” no mesmo ano. Gordon Mitchell com sua risada forçada-sarcastica é marcante em todos os westerns (era a sua marca registrada).


O diretor Emimmo Salvi começou sua carreira como desenhista de produção e escritor de filmes épicos de Capa e Espada e a idéia de um pistoleiro cego já tinha sido abordada anteriormente em “Minnesota Clay” de 1965 (com Cameron Mitchell da série Chaparral “Tio Buck”) dirigido por Sergio Corbucci e a idéia reapareceria em “Preso na Escuridão-Blindman”, dirigido por Ferdinando Baldi (1927-2007) e estrelado por Tony Anthony com uma rara participação de Ringo Starr em 1971.



Acho que a cena de uma cerimônia Voodoo (?) poderia ter ficado fora do filme.
Os cineastas parecem ter tido um lapso ao editá-la no filme inclusive com uma música (Western-Macumba), completamente efêmero que deixa impressão de uma tentativa fracassada de inovar em algum sentido.
Só assistindo para acreditar. Muitos dos atores nem aparecem nos créditos.
Alguns westerns italianos foram editados somente com o título do filme, pois era mais um meio de se economizar material. Sobre o título do filme, na realidade as “3 balas para Ringo”, são as 3 balas que Jenny retira de um rifle e carrega consigo durante todo o filme que ajudara no desfecho da história.
Um filme indicado somente para os fãs bem assíduos.
Música em comentários

30 maio 2013

Uma Bala Para O General - Brasil

Uma Bala Para O General - Brasil
Gringo – Brasil
El Chucho - Quien Sabe ?
A Bullet For The General - USA

Produção:  Espanha – México  1966
Direção: Damiano Damiani
Duração:  135 Minutos
Fotografia: Antonio Secchi (Tony Secchi)
História: Salvatore Laurani - Franco Solinas e Damiano Damiani
Produção: Bianco Manini - MCM (Roma)
Distribuição Original no Brasil: Reserva Especial
Música: Luis Enriques Bacalov  e conduzida por Bruno Nicolai
“Ya Me Voy” Interpretada Por Ramon Mereles e Cantores
Modernos de Alessandroni

Gian Maria Volonté - El Chuncho
Lou Castel - Bill Tate/El Nino/Americano/Gringo
Klaus Kinski - El Santo
José Manuel Martin - Raimundo
Santiago Santos - Guapo
Valentino Macchi - Pedrito
Martine Beswick - Adelita
Jaime Fernandez - General Elias
Andrea Checchi - Don Felipe
Spartaco Conversi - Cirillo
Joaquin Parra - Pepeito
Carla Gravina - Rosario
e com Aldo Sambrell  e Bianco Manini

Durante a revolução mexicana, um jovem americano misterioso “Bill Tate” (Castel) contratado pelo governo americano para matar um líder revolucionário, se une a um grupo de saqueadores liderados por El Chuncho (Volontè). 
A partir daí iniciam um série de ataques selvagens para roubar armas para um general rebelde “Elias”, mas quando o gringo resolve colocar em prática seus ideais juntamente com o grupo de bandidos, El Chuncho  descobre que as verdadeiras armas de guerra não pertencem a nenhum exército. 
Numa terra devastada pela pobreza e violência, será possível comprar a liberdade com uma única bala.
O filme traz ainda Klaus Kinsk no papel de “El Santo”, personagem inspirado no beato de “Deus e o diabo na terra do sol” , filme brasileiro de Glauber Rocha.
Primeiro western italiano com tema político. Um dos 10 melhores pela lista de Tom Betts do http://westernsallitaliana.blogspot.com.br/. (USA).

05 setembro 2012

Adiós Hombre - Especial Brasil

“Adiós Hombre - Brasil”
“7 Pistolas para um Massacre – Brasil”
“7 Pistole Per Un Massacro”
“Con el Corazon en la Garganta – Espanha”
“7 Pistols For A Massacre - USA”
“Seven Guns For A Killing - USA)

Produção: Itália/Espanha - 1967
Direção: Mario Caiano
Escrito: Mario Caiano e Eduardo
Manzanos Brochero (Eduardo Manzanos)
Música: Francesco De Masi
Fotografia: Julio Ortas e Sergio Martino
Duração: 90 minutos
Co-Produção Coopercines - Madrid e United Pictures - Roma
Locações: Colmenar Viejo – Madri - Espanha

Craig Hill - Will Flaherty
Piero Lulli - Luke Brada
Eduardo Fajardo - Tilly/Tiny
Giulia Rubini – Peggy
Nello Pazzafini – King
Spartaco Conversi – Xerife Pat
Roberto Camardiel – Doutor
Jacques Herlin – Sr. Pink
Nazzareno Zamperla – Tom
Renzo Pevarello – Kid
Massimo Carocci – Nick
Osiride Pevarello – Blacksmith
Aldo dell'Acqua – Jogador de poker
Elio Angelucci - Popular
Eleanora Vargas – Judith
Massimo Carocci, Pino Polidori, Natale Nazzareno, Tomas Pico, Caterina Trentini (Kathleen Parker) e Franco Ukmar.

Um grupo de bandoleiros toma de assalto uma cidade “Pequena Tucson”, e faz toda sua população de reféns dentro de uma igreja, enquanto esperam a chegada de uma diligência com um carregamento de ouro.
Um pistoleiro recém chegado à cidade “Will Flaherty” (Craig Hill) descobre que entre os bandidos há um homem que o levara a prisão injustamente por dois anos através de um julgamento forjado.


Este ex-prisioneiro juntamente com a ajuda de Peggy, a proprietária do saloon e ex-amante tentam libertar a cidade do bando sanguinário e realizar a sua vingança contra o verdadeiro culpado que o levara a cadeia por dois anos.
Na diligência chega também à cidade trazendo de passagem, um grupo de dançarinas, o “Judith Six” com seu empresário Sr. Pin que juntos também sofrerão as barbaridades do bando dentro do saloon onde ficam aprisionados, mas todas as garotas acabam por ajudar a dominar os bandidos assim como toda a população presa na igreja, mas para isso acontecer, a história sofre muitas reviravoltas até o desfecho final com a cidade libertada.
Na foto título desta postagem podemos presenciar sete homens armados, sendo seis pistoleiros no meio da rua e um no telhado do saloon o que poderia sugerir o título do filme mas no filme mesmo morrem dezenas de outros bandidos contratados de Luke, Tilly e do Doutor (Piero Lulli, Eduardo Fajardo e Roberto Camradiel).


Um filme sem muita ação a cavalo e correria habitual, mas com um suspense muito bom.
Você fica aguardando a próxima cena e não sabe realmente o que poderá acontecer.
Uma realização humilde com boas atuações de Eduardo Fajardo (Major Jackson de Django),
Piero Lulli, impecável como articulador de falcatruas contra Will e Roberto Camardiel que também está em destaque como um dos líderes dos bandidos “O doutor” e que com a boa edição de Gianmaria Messeri; Com uma produção de design de José Luis Galicia, Jaime Pérez Cubero e Maria Gelmetti fez muito sucesso na época inclusive nos cinemas brasileiros.


Outra presença importante no filme é a da atriz Giulia Rubini que teve outras atuações
no Espaghetti como em (1966 Ringo e Sua Pistola de Ouro "Jane Norton"), (1968 Uno Straniero a Paso Bravo "Anna”'), (1965 Pistoleiros do Colorado "Nina a garota do Saloon"), em (1964 Le Pistole non Discutono "Martha Coogan") e em (1963 Il Segno del Coyote "Beatrice") e aqui interpreta especialmente a raríssima canção tema "The only girl he loved" que ficou conhecida mundiamente.


Realizado em Abril de 1967 e exibido também na TV brasileira pela Band em 11 de fevereiro de 1985, 02 de Junho de 1986, 12 de fevereiro de 1987 e 20 de Junho de 1987.
A semelhança de Craig Hill com Terence Hill na época fazia com que muita gente confundisse os dois atores.


Agradecimentos aos colaboradores nesta postagem, Marcos Maurício Lima de Belo Horizonte - Minas Gerais e Silvio Pereira da Silva de Baurú - São Paulo.


21 outubro 2011

A Morte Não Conta Dólares [Death, At Owell Rock] 1967


Duelo Fatal - Brasil
“La Morte Non Conta I Dollari”
“Death, At Owell Rock - USA”
“Death Does Not Count The Dollars – USA”

Produção: Itália 1967
Direção: Riccardo Freda (George Lincoln)
Duração: 93 Minutos
Música: Nora Orlandi E Robby Poitevin
Canção cantada por Raoul
Fotografia: Gábor Pogány
História: Giuseppe Masini E George Lincoln
Distribuição: Century Vídeo - Crystal Pictures
Produção: George Lincoln Film - Cinecittà - Roma

Mark Damon - Harry Boyd
Luciana Gilli - Jane White
Pedro Sanchez - General Pablo Rodrigues
Pamela Tudor - Lisbeth Pearson
Alan Collins (Luciano Pigozzi) - Juiz Robert Warren.
Giovanni (Nello) Pazzafini - Doc Lester
Stephen Forsyth -Violinista Lawrence White
Renato Chiantoni - Bert Johnson (Lingua Cortada)
Lydia Biondi - Sra. Gilbert/Mulher Do Ex-tabelião
Mariella Palmich - Helen (Encarcerada)
Spartaco Conversi - Lester
Alessandro Gottlieb, Hardy Reichelt,Francesco Tensi, Dino Trano, Maurizio Tocchi e Aldo Cecconi.

Dois irmãos: O violinista Lawrence White e sua irmã Elizabeth White chegam a cidade de “Orwell Rock” no território do Arizona, em busca de vingança pela morte do pai.
Os suspeitos dos crimes são os irmãos Lester, um grupo de bandidos que apropriam-se das terras dos fracos. Há uma testemunha “Bert” que ficou com a espora de Doc Lester e teve sua língua cortada para não revelar os assassinos do crime de assassinato do velho Mathew White. Surge também durante a viagem um aventureiro que ao chegar a cidade só se mete em encrencas; no armazém, no saloon, no hotel, enfim provoca os seus rivais para conseguir infiltrar-se no bando dos Lester para ajudar a revelar os crimes. O nome dele é Harry Boyd, disfarçado. Coletando todas as provas contra Lester, Lawrence vai ao tribunal para convencer o juiz Warren a reabrir o julgamento contra os assassinos de seu pai que haviam sido inocentados por falta de provas no julgamento.
Na verdade ha uma troca de identidade entre Harry e Lawrence que é um promotor de justiça federal.
A chance que Harry encontra em descobrir os assassinos está com Helen, uma prostituta sob cárcere no México, mulher vendida ao General Pablo Rodrigues que na realidade é filha do juiz Warren. O filme tem uma trama muito boa; Mark Damon dá um show de interpretação principalmente nas cenas de lutas e sacando sua arma com a mão esquerda. Pela primeira vez se vê uma investigação de perdas de terras em um cartório da cidade onde existe uma página arrancada da escritura.
Para se explodir uma casa na cidade onde os Lesters estão protegidos como um esconderijo, é usada uma "diligencia-bomba" para tira-los para fora. Stephen Forsyth tem uma presença tímida neste filme e um ano antes em 1965 tinha feito muito sucesso com “A Sombra De Uma Arma”. Pedro Sanchez tem participação em uma única cena como o mexicano Pablo Rodrigues e mostra porque ficaria tão famoso na trilogia de Sabata como “Carincha,Caruncho, Escudo”. Mark Damon que começou em filmes de Capa, Sandalha e Espada, deu-se muito bem nos westerns europeus, e teve essa oportunidade inesperada como revelou em depoimento no Western Festival Hollywood 2011 na California. Infelizmente em minha opinião a sua voz em Inglês era dublada em outras línguas e às vezes não se encaixavam bem. Podemos notar isso em "Ringo e Suas Pistolas de Ouro", dublada em Português.
O filme tem de tudo um pouco, é um clássico e pena que um pouco esquecido e desprezado. Merece uma remasterização. Bem dirigido por Riccardo Freda com um roteiro composto de implicações com muitas reviravoltas, bons atores, a história envolvente e boas cenas de ação, principalmete uma delas no final com uma boa luta entre Mark Damon e Nello Pazzafini na rua da cidade, ambos em grande forma, as quedas dos cavalos muito bem fotografadas, embora em alguns poucos lugares em que o filme ocorre não tem nenhuma relação com o enredo.
Uma atenção especial ao filme deve ser dada, no entanto, ao final em que Freda registra aqui talvez em um dos raros westerns italianos, onde o "herói protagonista" não consome sua vingança final com morte e sim confiando o vilão à justiça, ou seja, ao juiz Warren. No geral é um bom western filmado nos Estúdios Italianos de Cinecittà para ser revisto, sem dúvida.
Na versão em inglês dublada vem com uma vírgula no título "Death, at Owell Rock" é pronunciado "Owl" como Coruja, então subentende-se "Morte na Pedra da Coruja". No Brasil foi lançado com os títulos de "Duelo Fatal" e também "A Morte não Conta Dólares".
Pode-se ouvir a voz e o coral de Nora Orlandi em duas músicas. Uma trilha sonora feita em parceria com Robby Poitevin e na faixa tema vocalizada em inglês a canção “Who can be happier than me” é interpretada na bela voz de Raoul Lovequio.
Uma curiosidade também é a presença da bela Mariella Palmich em seu primeiro Espaghetti Western em um histórico de sete participações.
Exibido em várias reprises do Bang Bang à Italiana da TV Record dentre elas; 25 de janeiro de 83, 04 de Janeiro de 1984 e 14 de Janeiro de 1985.



Versão com áudio Português/Brasil disponível no Youtube