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27 dezembro 2012

Nicoletta Machiavelli - Entrevista Exclusiva Brasil 2013

Nicoletta Rangoni Machiavelli - Uma Diva; uma das mais belas, popular e talentosa atriz de seu tempo entre o final da década de 60 e início dos anos 70, nos brinda com uma maravilhosa entrevista em que a princípio começou a ser agendada em Agosto de 2011 e que agora com muito orgulho ela gentilmente nos concedeu e hoje se concretiza.
Alem de contar um pouco sobre sua carreira artística, dará mais ênfase em seus filmes no gênero Espaghetti Western, um contexto em que a entrevista foi elaborada. 
Com personagens marcantes durante sua trajetória no cinema europeu como uma mulher de muitas personalidades sendo a de mais sexy e ingenua à mais intrépida e audaciosa; Deixou-nos uma filmografia digna de bons trabalhos em seus mais variados gêneros em que participou e estrelou, como: Ação, Romance, Ficção, Aventura, Horror, Suspense, Crime-Policial, e muitos outros, inclusive séries de TV.

Por falta de conhecimento nestes outros gêneros e muitos deles ainda inéditos por aqui e este humilde espaço ser dedicado exclusivamente aos fãs do Western Espaghetti, as minhas perguntas serão mais direcionadas a este seguimento não desmerecendo em nenhum  momento os outros trabalhos, todos importantes e apreciados pelos fãs.
Solicitei à Nicoletta que escrevesse o quanto desejasse,  pois percebi que alem de ex-atriz é também uma grande e talentosa escritora que se expressa muito bem.
Achei que se fizesse uma dissertação abrangente, de alguma forma chegaria ao interesse dos milhares de fãs que visitam este humilde espaço.
É uma surpresa para estes fãs,  saber um pouco mais de sua vida através de suas palavras, ela que é indiscutivelmente um dos ícones femininos mais expressivos do Espaghetti Western. Palavras que ficarão registradas em mais uma página na história do cinema para todos nós.
É tão grande a satisfação de que esteja  fazendo isso para  mim que ficou difícil saber o que perguntar  e como perguntar, pois são tantas curiosidades que os “Papparazzis” gostariam de saber e você me proporcionou esta oportunidade única em divulgar em primeira-mão no Brasil.
Consegui resumir para aproximadamente quarenta perguntas de um total de cem que havia elaborado e sei que foi um pouco cansativo em responder a todas. Conhecendo-a o quão inteligente e atenciosa és,  vi que conseguiu responder a todas as questões e até certo ponto, com riqueza de detalhes em algumas delas, e que devido ao tempo, sei que seria difícil de Recordá-los.
Hoje é um dia de festa para os fãs porque ficarão conhecendo um pouco mais sobre você, inclusive suas alegrias, tristezas, enfim, muitas novidades ainda não reveladas até o momento, depois de muitos anos afastada.
Conhecendo-a a algum tempo sei que é uma mulher alegre, simpática, descontraída, inteligente e super competente e tem muito amor ao seu trabalho e a sua vida atualmente, e sei também que é avó a pouco tempo e tem agora o maior tesouro de sua vida com você, o Alesio.

Mas para sabermos os detalhes, vamos as minhas questões:

1 - O que faz atualmente?

Nicoletta: Olá Brasil. Agora vivo em Seattle, estou nos EUA desde 1981 e trabalho como intérprete e professora de língua italiana em faculdades comunitárias e com alunos particulares.
Ocasionalmente trabalho como guia em passeios, inclusive em meu país de origem, a Itália.
Organizo e dirijo pequenos passeios específicos para regiões italianas, mais acentuado na arte e na culinária local.
Sou também, ocasionalmente, um guia de turismo para os italianos e franceses que vêm para Seattle, onde eu moro. Não há muitos turistas internacionais vindo para Seattle, mas eu gosto de ser a anfitriã para minha cidade, sempre que posso.
Nos anos 80 e 90, eu era um guia de turismo em ônibus de turismo para os italianos e franceses no Oeste dos Estados Unidos e Canadá. Foi um grande trabalho, mas sazonal, e um dia o dólar dos EUA subiu e os europeus deixaram de vir!

2 - Sendo considerada uma das mais belas e sensuais atrizes dentro do Espaghetti Western vamos abordar um pouco o filme “Un fiume di dollari – 1966”, (The Hills Run Red – USA),

Nota-se neste filme um pouco mais de vegetação (mais verde) em virtude das locações em Colmenar Viejo na Espanha, onde também fora filmado grande parte da trilogia dos dólares de Leone. The Hills Run Red, originalmente intitulado [Um Rio de Dólares / Sangue nas Montanhas – Brasil] é notável por ser o primeiro western europeu de um produtor, premiado com o Oscar, Dino De Laurentiis.
Filmado na Itália e Espanha, o filme é verdadeiro para o formato do gênero, com um tema de vingança, com muito sangue e violência, e o destaque melodioso de Ennio Morricone que aqui aparece novamente sob pseudônimo anglicizado-Morricone que foi creditado como Leo Nichols (como em Navajo Joe, outra produção de De Laurentiis ), enquanto o diretor Carlo Lizzani passou  por Lee W. Beaver, que já cansado, estava tentando mudar um pouco os clichês do gênero e após o lançamento do filme, a resposta da crítica foi positiva. O filme compensava a falta de originalidade com um rítmo implacável, o desempenho de amplo cenário; Henry Silva como Mendez, tudo bem editado dentro do curso da música de Morricone.
Dentro deste contexto em um filme tão bem elogiado pela crítica: Como foi trabalhar com Thomas Hunter, Henry Silva e o diretor Carlo Lizzani (Crítico de Cinema Revista Bianco e Nero – “hoje com 90 anos” )?
Sua personagem Mary Ann é notável. É impossível assistir ao filme e esquecer sua imagem.
O que você poderia revelar sobre este filme e sua atuação?


Nicoletta: Eu já tinha trabalhado com Carlo Lizzani em 1965 em um de meus primeiros filmes “Pesadêlo de Ilusões - Brasil” (Thrilling – USA), com o ator Alberto Sordi. Grande profissional, como Henry Silva e Thomas Hunter, portanto não houve problemas.
Eu não me lembro muito, desculpe, mas lembro que era um ator de muita bondade mas que fez um personagem muito aterrorizante e piscopático: Henry Silva sempre foi um verdadeiro cavalheiro, e uma pessoa bem humorada, muito generoso com alguém como eu que estava apenas começando no cinema e eu era muito inexperiente sobre a profissão. Acho que Lizzani conseguiu o resultado que desejava neste filme e todos ajudaram.



3 - Você também trabalhou com os atores Anthony Steffen, (Django) William Berger (Sartana) e Mario Brega em "Una lunga fila di Croci - 1969" (No Room to Die - USA), [Uma Longa fila de Cruzes – Brasil], dirigido por Sergio Garrone. Uma bela fotografia de Franco Villa com um pouco estilo de Sergio Leone.

Você interpretou a mestiça “Maya”. Como foi fazer Maya? Lembra-se desse elenco? Como foi trabalhar nesse filme que também é tão cultuado mundialmente pelos fãs? 

Nicoletta: Nunca tinha ouvido falar desse filme por esse nome, acho que conheci com um título diferente mas infelizmente não me lembro de detalhes sobre ele.



4 - Você teve contato mais intimo com estes atores fora das cenas?
Destacando-se que em 1967 você fez dois Westerns e em 1968, foram três.
São cinco filmes Westerns em dois anos. Como foi isso?

Nicoletta: Uma das coisas surpreendente é que ao fazer um western, é que todo mundo se torna parte de uma família, talvez porque você esteja trabalhando todos os dias juntos. Talvez seja porque tudo é ao ar livre, com o cheiro de cavalos e as belas paisagens. Ou talvez seja porque as comodidades usuais de estúdios de cinema são inexistentes como: Não se pode comprar café na esquina, não há possibilidades de condução para a farmácia ou para a mercearia, assim, tínhamos muito tempo livre para um bate papo e fazer amigos.
Alguns atores mantinham-se mais reservados, e para si mesmos, mas realmente não importa, eu fiz amizade com os eletricistas, os tratadores de cavalos e eles eram meus amigos.
Eu ficava assustada e fascinada de estar em um cavalo, os maquiadores e cabeleireiros eram pessoas boas e foram meus conselheiros úteis: Eles me despertavam no início da manhã, eles sugeriam-me alguns movimentos, eles cuidaram de mim quando eu estava triste e riam de mim quando eu estava feliz. Os desenhistas de trajes também foram bons amigos, porque com eles eu amava fazer o meu trabalho, e podíaamos falar sobre moda a vontade e  discutir até o gosto pelas cores das roupas.
A pessoa que fez o meu figurino para “Giarrettiera Colt” ou “Giarrettiera Cold” como conheço e foi ele que me descobriu em Florença quando eu estava no colégio e me trouxera para De Laurentiis. Ele acreditava em mim, e se tornou um amigo. Ele fez as Roupas para Giarrettiera gratuitamente. Foi um filme de baixo orçamento. Eu nunca vou esquecer ele, seu nome era Piero Gherardi.
Ele era gay, e tão antigo quanto minha mãe, mas era um verdadeiro artista.
Ele ganhou Oscars nas categorias Set e Costumes (Traje-Roupa-Fantasia) em “8 ½” (1963) de Federico Fellini  e em “La Dolce Vita” (1960) também de Fellini, então ele me apresentou a Fellini e a Marcello Mastroianni assim que chegou a Roma e ai aconteceu tudo.

5 - No filme “Odia il Prossimo Tuo - 1968” (Hate the Neighbor – USA), ["Vingança Implacável" ou "A Lei do Ódio e da Vingança" -  Brasil],  você interpreta “Peggy Salavas”sob direção de  Ferdinando Baldi, com os atores:  Clyde Garner,  George Eastman, Horst Frank, Ettore Manni, Ken Wood, Franco Fantasia, Paolo Magalotti e Claudio Castellani. Poderia comentar algo sobre sua participação neste filme e sobre este elenco e direção. 

 
Nicoletta: Então, não posso dizer muito sobre estes atores pois muitas vezes as cenas de um filme eram feitas em dias diferentes com diferentes atores e o contato era por muito pouco tempo e eu também era muito tímida. Esses atores sabiam o que estavam fazendo, eu era muito nova.
6 - "La Giarrettiera Colt" – 1968" (Garter Colt – USA), [A Pistoleira Virgem – Brasil].
Este talvez tenha sido o filme que realmente continua conquistando os corações de todos os cowboys do mundo. A sensualidade e doçura de uma jovem e destemida pistoleira e jogadora de poker respeitada por todos em meio a revolução mexicana na luta contra os franceses ainda surpreende.
Neste filme você trabalhou com Claudio Camaso e Walter Barnes.
De acordo com pesquisas em outras fontes, sabe-se que você não gostava da personagem. É verdade?
Este filme é marcado por várias outras curiosidades como:
O penúltimo filme de Claudio Camaso, irmão de Gian Maria Volontè que fora preso por tentativa de homicídio contra sua mulher e veio a suicidar-se em 1977 em sua cela, e sabe-se também que “Lulu” (Giarrettiera Colt) foi o personagem que inspirou Quentin Tarantino a fazer o clássico “Kill Bill”.

Nicoletta: Ooooooh! Isso é incrível!

 
Parece que o diretor Gian Andrea Rocco foi feliz em dirigir um único espaghetti western filmado exclusivamente na Itália e teve a felicidade de tê-la como protagonista do que hoje é: Um cultuado fenômeno mundial.
O que o diretor realmente pretendeu com esse filme?
Como foi pra você mostrar toda a sensualidade com aquelas insinuações nos jogos de cartas.
Poderia relatar tudo o que lembra deste filme? 

 
Nicoletta: Não é verdade. Meu irmão produziu este filme e eu adorei fazer a personagem sim. 
Sei também que este filme nunca fora exibido em um Circuito Italiano e estou feliz em saber de você que gostam do filme no Brasil e América Latina.
Eu recebi uma cópia deste filme o ano passado. Eu não tenho cópias de meus filmes, e eu nunca mantive minhas fotografias.
Quando decidi sair da Industria Cinematográfica, deixei tudo e dei a volta ao mundo com o meu filho pequeno.

7 - Em “Un minuto per Pregare, un Instante per Morire – 1968”, (A Minute to Pray, A Second  To Die – USA), [Caçada ao Pistoleiro – Brasil], também um cultuado western por colecionadores e fãs de todo o mundo, você interpreta “Laurinda” (filha de um ex-comparsa do protagonista, Alex Cord “Clay McCoy”) em uma Co-Produção Ítalo-americana dirigida por Franco Giraldi e um grande elenco de americanos e europeus juntos;  Alex Cord, Robert Ryan, Arthur Kennedy, Enzo Fiermonte, Franco Lantieri, Mario Brega, Antonio Molino Rojo, Aldo Sambrell e Alberto Dell´ Acqua. Como foi pra você trabalhar neste filme com idiomas diferentes? Era muito confuso? A música de Carlos Rustichelli e Bruno Nicolai é outro marco neste filme. Poderia comentar sobre isso? A cena da barbearia é surreal e é classificada com uma das mais tensas do cinema no gênero.


 


Nicoletta: Eu Sou bilíngue desde que eu aprendi a falar porque a minha mãe era americana e meu pai italiano; Em casa se falava o inglês e fora da escola e no mundo foi o italiano.
Mais tarde eu aprendi francês, aos 14 anos, porque eu amava o som dele, assim, não tive problema com línguas.
Eu nunca vi os meus filmes, após terem sido feitos, nem quando eles foram lançados.
Na Itália, foram mostrados na TV, creio eu, e eu não tinha uma TV até que cheguei nos EUA, aos 37 anos!
Fiquei contente em saber mais detalhes curiosos deste filme, pois lembrava pouca coisa dele.

8 - Faccia a Faccia – 1967,  (Face to Face – USA), [Quando os Brutos se Defrontam - Brasil]. Flmado na Itália e Almería/Espanha, sem dúvida nenhuma, um clássico da trilogia de Sergio Sollima que tinha como pano de fundo, temas políticos revolucionários.
Neste filme você também deve ter visto a um desfile de grandes atores. Um time fantástico e inclusive com outras belas mulheres como Jolanda Modio, Linda Veras e Lidya Alfonsi.
Atores de peso no Espaghetti Western como Tomas Millian, Gian Maria Volontè, William Berger, Gianni Rizzo, Angel Del Pozzo, Aldo Sambrell, Nello Pazzafini, José Torres, Antonio Casas, Frank Braña e tantos outros italianos e espanhóis.
Música fantástica de Ennio Morricone e seu parceiro Bruno Nicolai.
Um filme mundialmente conhecido por quem gosta de cinema.
Gostaria que fizesse uma explanação geral sobre a produção desse filme e como curiosidade; Como era a hospedagem de toda essa legião de profissionais nos hotéis e pousadas locais.

Nicoletta: Este é um filme que lembro pouco também. Como eu disse antes, nossas cenas eram frequentemente separadas, os atores vinham para o local, gravavam suas cenas e depois partiam e ficava difícil o contato com todos eles, era tudo muito rápido.
Muitas vezes eu estava fazendo dois filmes de uma vez. Os hotéis em “Almeria” foram ótimos!
Voltei lá para o 2011 FILM FESTIVAL WESTERN ALMERIA e agora eles são ainda melhores!
ALMERIA é uma cidade incrivelmente bela em uma maravilhosa área e um dia eu gostaria de viver lá...


 
9 - "Un  Dollaro a Testa – 1966", [ Joe, Pistoleiro Implacável/Navajo Joe – Brasil], (Navajo´s Land – USA),
Quando se fala neste filme,  lembra-se imediatamente dos nomes de Burt Reynolds e Nicoletta Machiavelli e sua personagem “Estella”; Bela, sensual, personalidade forte de mestiça e guerreira.
Aqui temos um elenco riquíssimo mais uma vez com muitas mulheres bonitas como Tanya Lopert, Franca Polesello, Lucia Modgno, Valéria Sabel e Maria Cristina Sani e falando neste assunto, entre estas mulheres com quem trabalhou no cinema você teve alguma desavença por ciúme de outras atrizes em virtude de sua beleza? Poderia revelar esta curiosidade?
Como foi trabalhar com Burt Reynolds e o diretor Sergio Corbucci neste filme? Eram exigentes?
Poderia falar tudo o que lembra sobre esse filme tendo em vista que é um dos mais cultuados até hoje.
Seria um prazer e de grande valor termos mais informações deste filme, curiosidades, histórias etc, tendo em vista esta grande oportunidade de ter uma protagonista autentica deste Cult consagrado mundialmente.

 

Nicoletta: Não, eu não acredito ter havido ciúme entre eu e outras atrizes e vivíamos sim, principalmente um clima de camaradagem e ajuda mútua entre nós;  Lembre-se Edelzio; Um Western é um mundo machista e nós meninas estavamos felizes de estarmos juntas e fazer parte deste mundo de maneira alegre e divertida, enquanto os “Caras” estavam cavalgando, discutindo, brigando, duelando, atirando com suas pistolas e muitas vezes por nossa causa.
Todos eram exigentes durante um filme, mas não de uma forma desagradável. Foi o primeiro filme de Burt Reynolds como protagonista, ele era quieto e muito profissional, manteve distante, talvez porque ele estivesse cercado por  empolgados agentes italianos.
Corbucci foi um diretor ótimo, mas foi humilde sobre sua arte. Eu não pude me expressar muito naquele tempo, mas eu sentia a sensação de que ele queria fazer também outros tipos de filmes.




10 - Aldo Sambrell (Duncan – Navajo Joe) nunca foi tão odiado nas telas desde de o momento em que é visto tirando o escalpo de uma índia Cherokee, apesar do filme ter sido batizado como Navajo.
Poderia falar deste grande homem e ator homenageado no Almeria Western Film Festival 2011.

Nicoletta: Sim, Aldo era uma  pessoa especial e muito útil nas cenas que fizemos juntos, “apesar de me arrastar pelos cabelos pra fora do saloon em uma das cenas”. Eu não o via além das filmagens. Ele era uma pessoa muito tímida também, e para mim era um grande ator. Ele pareceu tão feroz neste filme, mas era somente boa atuação.

11 - Sabe-se que você trabalhou em alguns Romances "Noir"  e tiveram sucesso.
Entre os vários seguimentos e gêneros cinematográficos que atuou, não existe nenhum em sua carreira clássificado como "Erótico". Você trabalhou em algum? Houveram propostas na época?

Nicoletta: Não lembro quantos foram, mas não tive problema em fazê-los.

12 - Como foi a experiência em trabalhar em 1971 na França, no filme de terror "L´homme au cerveau greffé" no papel de “Helena” com o Director Jacques Doniol-Valcroze e os atores Matheau Carriere e Jean-Pierre Aumont que se tornou um grande Cult filmado na França, Itália e Alemanha?

Nicoletta: Eu nunca vi esse filme e não me lembro muito bem da minha atuação e também não sei lhe responder quanto aos atores. Talvez eu só tivesse uma pequena cena, não sei.
Nesta época eu estava na França atuando em vários filmes com Tony  Arzenta e Alain Delon.
Eu era apenas um rosto bonito e uma atriz que sabia a língua francesa.

13-Dentre todos os seus trabalhos em sua carreira, qual o que mais lhe agradou e qual o que lhe decepcionou?

Nicoletta: Sinceramente, a única coisa que foi mais desagradável para mim foram a "Relações Públicas" .
Como atriz designadna  para conseguir um papel, tinha que ir a festas, coquetéis, enfim, era olhada de cima para baixo como um objeto. Isso era o que mais me decepcionava.



Os filmes que eu amei fazer parte, mas que nunca teve um grande sucesso foram:  "LA Cattura" [Do Ódio ao Amor - Brasil], (The Ravine - USA) um drama  de Paolo Cavara em 1969 com David McCallum (da séerie de TV  “O Agente da U.N.C.L.E” e John Crawford filmado na Itália/Yugoslavia/USA; É uma história ambientada durante a Segunda Guerra Mundial. Holman (David McCallum), é um soldado alemão e Anja (Nicoletta Machiavelli), uma "Partisan" (membro do movimento de resistência à dominação alemã). Holman rapta Anja em um desfiladeiro nevado, e, independente da ideologia de ambos, acabam por se conhecer mutuamente, onde um romance será inevitável.
“Mordi e Fuggi”, de Dino Risi em 1973, uma comédia romantica rodada na Itália e França com Marcello Mastroianni e Oliver Reed; "Scarabea" Hans-Jürgen Syberberg  (Johann Von Syberberg) rodado na Alemanha Ocidental em 1969 atuando ao lado de atores alemães como Walter Buschhoff e Franz Von Treuberg , “Giarrettiera Colt" (A Pistoleira Virgem – Brasil),  um sensual western espaghetti rodado na Itália em 1968 sob direção de Gian Rocco ao lado Claudio Camaso, Walter Barnes e Jaspe Zola. “Le Castagne Sono Buone" de 1970 foi uma comédia também filmada na  Itália com direção de Pietro Germi com o cantor e ator Gianni Morandi e Stefania Casini.

14 - E quais são os melhores que ficaram em sua memória?

Nicoletta: Os "Spaghetti Westerns", porque os locais e as pessoas eram aventureiros.
Scarabea, por causa da liberdade de expressão que me foi permitida pelo diretor alemão e pelo fato de que era um novo tipo de cinema, com uma pequena equipe, era desenvolvido como um documentário; .
“Mordi e Fuggi” porque os atores Marcello Mastroianni  e Oliver Reed eram grandes atores, e da liberdade que o diretor Dino Risi me deu para me expressar;


 

“Una questione D'onore” [Traído Por Uma Questão de Honra], (Itália/França – 1966), que foi o meu primeiro filme como papel de liderança junto com um grande ator, Ugo Tognazzi e dirigido por Luigi Zampa e muitos outros mais que eu não consigo lembrar...



17 - Você gostava de trabalhar nos Espaghetti Westerns ou você preferia fazer filmes de outros gêneros?

Nicoletta: Estávamos nos  60, as mulheres estavam acordando!
O Papel de uma mulher em Espaghetti Western durava poucos minutos. Geralmente você tem que esperar um longo tempo para ouvir uma mulher em um diálogo nestes filmes.
Essa era a impressão que eu tinha. Eu tinha um contrato de 7 anos com a De Laurentiis, e tive que fazer os filmes que a empresa decidia. Tive que romper o contrato depois de 4 anos (1968),  porque eu me senti explorada. Ele ganhou um monte de dinheiro alugando-me para filmes pagando somente o meu salário mensal que não condizía com o trabalho e depois disso fiz outros tipos de filmes e decidi então que o "mundo do cinema" não era para mim.
Portanto, a resposta é sim, eu preferia fazer outros filmes em que eu estivesse mais envolvida.
Depois de ter dito isso, não é engraçado que o "Período do Espaghetti Western” na minha vida é realmente o único seguimento cinematográfico que voltou para mim depois de todos estes anos, retribuindo-me em homenagens agora mais velha e sábia? E retornando a Espanha e participando do “Almeria Western Film Festival”, em 2011, percebi que não importa em qual parte eu estivesse sendo filmada, nessas cidades do Oeste, na poeira, o calor, o desconforto de tudo, foi uma experiência extraordinária na minha vida.

18 - Como se sentia atuando nos Espahetti Westerns, filmes em que na maioria das vezes você era barbarizada e sofria muito nas mãos daqueles bandidos violentos em meio a tanta luta, brigas e confusões?
Como era estar naqueles estúdios empoeirados e desérticos na Itália e Espanha/Alemanha?

Nicoletta: Era tão falso, você não pode mesmo imaginar. Ninguém tocava o outro nessas cenas.
Me sentia alegre, aventureira, às vezes chato, porque esperávamos muito tempo entre as cenas.
E eu,  SHHHHH, eu odiava maquiagem e cabelo! Até hoje eu raramente vou ao cabeleireiro e muito raramente uso de maquiar meu rosto; Só os olhos.

19 - Você pensa em deixar uma biografia ou algo deste tipo para os fãs?

Nicoletta: Por que não?




[Esses nossos Maridos (I Nostri Mariti) 1966 com Alberto Sordi, Nicoletta Machiavelli e Elena Nicolai com direção de Luigi Filippo D'amico. Polêmica comédia de costumes.]

20 - Como você vê o panorama do cinema hoje?

Nicoletta: Eu não sou uma especialista, isso é certo, e eu raramente vou ver um filme. Prefiro filmes documentários que lidam com a realidade, com pessoas de verdade.

21 - Os fãs poderiam esperar um retorno seu ao cinema algum dia?

Nicoletta: Quem sabe? Talvez se fosse presenteado a mim, com essa idade, eu não acredito que receba uma porposta; A vida é grande e inesperada, O importante é vivê-la plenamente.




22 - Sente falta dos artistas com quem contracenou?

Nicoletta: Onde eles estão? Eu não vejo-os na minha vida cotidiana assim facilmente.

23 – Por onde você esteve durante todos esses anos em que não havia a força da internet?

Nicoletta: Eu sei, a Internet é incrível. Eu mudei minha vida completamente pelo menos 4 vezes, eu “fechei portas  e queimei pontes”, eu viajei muito e até parei algum tempo na Índia para meditar por 3 anos, quando meu filho tinha 5 anos.
Quando cheguei nso ​​EUA eu tinha 36 anos e meu filho nunca tinha ido à escola. Então eu decidi que este
seria o lugar para parar por um tempo. Eu fiz todos os tipos de trabalhos, desde a limpeza de casas, restaurantes, e depois começei a ensinar língua italiana e Guia Turístico.

24  - Você sabia que sua biografia e filmografia está imortalizada em um dos maiores dicionários de cinema do mundo chamado “FILMLEXICON DEGLI AUTORI E DELLE OPERE” (de 1955 a 1975) e existe um exemplar no Brasil que pertenceu a um dos maiores pesquisadores brasileiros no assunto “Ivan Casasanta Dantas (1925-1995)?
Ivan foi um amigo pessoal do pesquisador  Marcos Mauricio Lima o qual tem esse exemplar em sua coleção particular, uma obra italiana raríssima a qual o Marcos orgulhosamente possui como a um tesouro.

Nicoletta: Fantástico, não, eu não tinha idéia.

25 - Em 2008, você produziu dois vídeos documentários sobre western em parceria com o diretor Federico Caddeo sendo “A History of Dollars” com pequena duração de 11 minutos e em 2009 “An Indian Named Joe” com duração de 30 minutos com participações de Nori Corbucci e Ruggero Deodato.
Como foi essa experiência para você?

 

Nicoletta: Eu não acho que tenha sido eu. Talvez eu tenha dado uma entrevista sobre o Vídeo de “Navajo Joe” quando eu estava viajando na Itália em visita a minha família.
Eu certamente não os produzi, nem me foi pago para fazer eles e a última vez que vi Nori Corbucci foi  no set de Navajo Joe.

26 - Existem informações no MDB.NET que recentemente, no início de 2012, você participou de um filme documentário “Eurocrime! The Italian Cop and Gangster Films That Ruled the '70s” com 1:37 minutos de duração com direção de Mike Malloy.
Uma co-produção USA/ITALIA/FRANÇA com locações em Beverly Hills, California, e USA.
Neste trabalho você representa as mulheres em uma grande galeria de atores participantes neste documentário com depoimentos fantásticos dos protagonistas neste seguimento que atuaram na Europa nesta época em sua trajetória cinematográfica e convidados como; Salvatore Borghese, Mario Caiano, Enzo G. Castellari, Jose Dallesandro, Ottaviano Dell´Acqua, John P. Dulaney, Michael Forest, Claudio Fragasso, Richad Harrison, Leonard Mann, Luc Merenda, Chris Mitchum, Franco Nero, Ted Rusoff, Antonio Sabato, John Saxon, Henry Silva, John Steiner, Aarron Stielstra, Fred Williamson e outros.
É com grande surpresa no Brasil, a notícia de Antonio Sabáto Bem Novack - O dia da Lei (Miguel) - Ódio por Ódio), John Steiner (Dr. Henry Price – Tepepa/Valler - Mannaja), Leonard Mann (Sebastian Carrasco – O Pistoleiro Esquecido/Ciakmull – Ciakmull, o Homem da Vingança) estarem vivos, que contraria muitas especulações sobre suas mortes aqui.
Como você vê a importância dessa iniciativa neste trabalho?

Nicoletta: No início de 2012 eu estava lecionando italiano em Seattle como eu costumo fazer!


27-Está casada atualmente?

Nicoletta: Não, eu não sou casada.

28 - Quantos filhos tem?

Nicoletta: Eu tenho um filho maravilhoso, Nirjo, e um neto de 2 anos, Alesio e sua mãe é Alicia.

29 - Já esteve no Brasil?

Nicoletta: País encantador!
Eu estive no Brasil em 1966 para um filme "Se Tutte le Donne del Mondo" [Operação Paraíso – Brasil].
Um filme de ação dirigido por Henry Levin e Arduino Maiuri com Mike Connors, Dorothy Provine e Raf Vallone e eu tinha uma parte muito pequena, um ou dois dias, mas fiquei muito mais tempo porque a equipe estava filmando algumas cenas em Brasília (ela ainda estava sendo construída) e houve enchentes devido as chuvas.
Então a produção foi temporariamente interrompida. Ficamos hospedados no Rio de Janeiro e tive a oportunidade de ouvir todos aqueles músicos fabulosos, ao vivo! João Gilberto, Elis Regina. Eu dançava samba e bossa-nova e eu podia ser eu mesma e me diverti muito. Eu também visitei as favelas situadas atrás da praia de Copacabana e fiquei chocada, comovida, e curiosa como aquilo poderia existir.

30 - O que pensa do Brasil?

Nicoletta: Eu acredito que Brasil mudou muito desde então para o exterior, mas o espírito do povo; Que sensação maravilhosa: De música e vida, bondade essencial, de generosidade e coragem na frente de adversidades e eu acho que ainda é assim. É muito atraente para  mim. O verdadeiro sal da terra.  
Eu vou estar ai um dia!!

31 - Poderia dizer corretamente onde nasceu, pois existem dúvidas se foi em Firenze (Florença) ou em    Stuffione, Ravarino, Emilia-Romagna – Itália em 01 de Agosto de 1944.

Nicoletta: Nasci em Ravarino Modena, em 8 de setembro 1944. (Portanto a data no IMDB.NET está incorreta).
Isso foi no fim da guerra, minha mãe era uma americana e teve que se esconder dos Fascistas e naquele tempo ainda pertencíamos ao campo. Eu cresci e fui para a escola em Florença.


32 - Como é sua vida hoje e como se sente fazendo o que faz?

Nicoletta: Agitada. Ensino e guia de turismo são quase a mesma coisa, os dois trabalhos são de estar  frente ao público e é divertido.
Az vezes o cenário muda, é claro, mas eu estou fazendo o que sempre fiz, basicamente. Eu amo muito o meu país, mas eu consigo ir lá de vez em quando, e isso é bom. Eu sinto falta das maneiras simples de pessoas com quem me sinto à vontade, e dos alimentos da minha infância.
É ótimo ser um estranho em uma terra estranha, porque você pode reinventar-se, às vezes é um pouco chato, mas alguns dias eu me sinto enraizada.

33 - Você participou do Almería Festival Film Western 2011  como convidada de honra. O que achou?

Nicoletta: Fabuloso! Foi incrível rever muitos rostos conhecidos, e também para conhecer os jovens produtores de Westers.  Os organizadores e sua equipe fizeram tudo o possível para os americanos se sentirem confortáveis e bem  à vontade. A muito tempo eu não me divertia tanto!


34 - Qual a sua expectativa  para o Almería Festival Film 2012 ?

Nicoletta: Eu estava na Itália para um trabalho para uma universidade de Seattle e eu não poderia ir! Eu perdi muito.


35 - Com tudo isso que aconteceu em sua vida, o que você gostaria de dizer aos fãs do Brasil e do mundo que acompanharam sua carreira por tanto tempo e não a abandonaram-na mesmo durante algum tempo no anonimato e estão ansiosos relembrando sua imagem e lendo agora estas suas palavras ?

Nicoletta: INACREDITÁVEL! Espero conhecê-los um dia, um por um,  e obrigado Edelzio, por me contatar e aproximar-me mais dos fãs brasileiros e da América do Sul !
Pretendo um dia voltar a dançar um Samba por ai.


Nota: No IMDB.NET está escrito queLa Fuite en Avant”  foi realizado em 1983, pois está incorreto.
Na verdade, este filme foi filmando em 1976 e acho que foi nesta data em que ele foi lançado.
Em 1983 eu estava nos EUA com meu filho e meu ex-marido, um italiano e éramos pobres demais para viajar, eu estava reiniciando a minha vida depois de muitas viagens. 

- Agradeço em nome de todos os seus fãs esta sua participação especialíssima em meu blog e realmente acho que é o melhor presente para o ano 2013 à todos.
Agradeço pelas fotos exclusivas de seu arquivo pessoal para complementação desta simples Entrevista e Tributo e Mini-Biografia sua e espero que continue participando ativamente com seus comentários e elogios aqui por que será sempre bem-vinda e o mais importante para todos é de sabermos que é feliz.

Grazie!
Edelzio Sanches - Editor

 
Os comentários são pessoais e não refletem a opinião do Editor. 
Colaboração Eespecial – Acervo de Marcos Maurício Lima – BH – MG - Brasil 

Nota: Como pudermos perceber em algumas respostas, existem algumas produções independentes que estão utilizando imagens e antigos comentários de artistas para produzirem documentários sem a respectiva autorização dos mesmos e isso é crime Autoral e é Universal.

22 dezembro 2011

Simone Blondell "Simonetta Vitelli" Entrevista Exclusiva Brasil 2011 Homenagem

Após aproximadamente um mês de trabalho pra resumir e compactar dezenas de questões que chegaram até mim, finalmente a participação de mais uma grande estrela do Western Espaghetti neste humilde espaço dedicado a estes astros e estrelas e confesso que nunca imaginaria um dia conseguir esse feito, sabendo-se que foram décadas assistindo a seus filmes e como a tantos outros fãs sempre achei impossível em saber notícias desta grande atriz e grande mulher, e acreditei que seria muito difícil mas não impossível.
E ai está, a sempre e maravilhosa Simonetta Vitelli ou Simone Blondell como ficou conhecida no cinema mundial e têm em sua carreira cinematográfica, dezessete filmes, trabalhos para a TV e possui também trabalhos como Assistente de Produção, Assistente de Designer e Editora em cinco outros filmes.
Em uma breve conversa, Simone havia falado anteriormente que seu primeiro trabalho com seu pai o diretor Demofilo Fidani havia sido em 1968 em “Prega Dio...e Escavati tua Fossa” (Sua Arma era o Colt - Brasil) mas descobri seu nome creditado anteriormente em 1967 em “Straniero...Fatti il Segno della Croce!”
(Gringo reza para Morrer - Brasil), este com uma pequena participação ainda menina no papel da filha de um rancheiro chamado Sullivan assassinado por bandidos.
Estes dois filmes seriam eternamente cultuado pelos seus fãs apesar de suas pequenas aparições que começava sua carreira dentro deste seguimento.

Viveu em meio a uma família de cineastas, pois sua mãe Mila Vitelli Valenza era escritora, produtora, diretora de figurino e trajes, diretora de arte, set decoradora, enfim trabalhou em 43 produções inclusive com outros diretores.
Podemos ver nos créditos dos filmes de Fidani o nome Mila Vitelli Valenza, às vezes sob pseudônimo de Maria Rosa Valenza, Mila Valenza, Mila Vitelli, Mila Vance, Mila, Milose.

Fidani também usou muitos outros pseudônimos em seus créditos como. Enzo Matassi, Lucky Dickinson, L. Dickson, Miles Deem, Sean O´Neal e Demophilus McFidan e usava isto como truque de marketing.
As atuações de Simone Blondell nos westerns foram importantes para o sucesso dos filmes de Fidani que com pouquíssimo orçamento conseguiu bons resultados no cinema italiano.
Sempre com aparência melancólica, sofrida e desprotegida em meio às injustiças e rebeldia dos bandidos mal- feitores no oeste selvagem e esta imagem ficaria para sempre na memória de seus fãs.
Foi peça central de muitos roteiros que fariam de seu personagem o motivo de justiça e vingança de seus amados justiceiros nos quais ela muitas vezes acabava nos braços deles em um final feliz.
Muitos foram os atores conhecidos com que trabalhou nos westerns como Jeff Cameron, Fabio Testi, Robert Woods, Charles Southwood, Hunt Powers, Gordon Mitchell, Franco Borelli (Chet Davis) Dino Strano (Dean Stratford), Klaus Kinski, Anthony Steffen, Riccardo Garrone e tantos outros.
Uma carreira de atuação nada fácil, pois as atrizes nos Westerns sofriam muito em meio ao cenário no deserto árido e esse é mais um motivo por ter um infindável número de fãs admiradores pelo mundo.
Simonetta Vitelli agora como é conhecida, nunca revelou muito de sua intimidade e privacidade ao longo de toda sua carreira, mas agora está mostrando todo o seu carinho e respeito com seus fãs nos vários cantos do mundo e muitos estão ansiosos e curiosos em ver suas perguntas respondidas realizando assim após tantos anos os seus desejos.

As perguntas foram criteriosamente selecionadas e compactadas, pois foram dezenas delas de várias partes do mundo e regiões do Brasil e ficaria impossível de responder a todas. Algumas perguntas são polêmicas, curiosas, reveladoras e importantes. Será mais uma página escrita para ficar para a história do cinema. É uma oportunidade única em ter essas informações desta grande e imortalizada atriz. É uma honra e privilégio para mim e para todos os participantes desta entrevista e seus cultuados seguidores.
Nesta entrevista acontece também pela primeira vez um encontro histórico que consegui sem muito esforço de outra lenda do Western, Nicoletta Machiavelli fazendo perguntas para Simonetta que também revelou a sua terra natal e sua data de nascimento em primeira mão para o Brasil. Estas duas maravilhosas e carinhosas atrizes estão aqui com muito carinho e respeito por todos que as adoram.
Também sobre a entrevista temos comentário e mensagem de Hunt Powers (Jack Betts) e Robert Woods à Simonetta Vitelli.
Um grande presente de Fim de Ano que presto aqui para todos os fãs do Brasil e do Mundo.

Vamos então a nossa Entrevista e Homenagem Especial:

Meu nome é Eldar , Almaty, Kazakhstan, “conhecido como Eda-88” (arhbclan@gmail.com), 23 anos e minhas perguntas são:
O que fez o Sr. Demofilo Fidani no tempo do fascismo? Ele foi membro do partido fascista?
Simone Blondell: Não, ele não fez parte do Partido Fascista, e não teve envolvimento a este movimento.

Será que ele tinha simpatia por alguma doutrina política?
Simone Blondell: Demofilo esteve entre os primeiros a carregar a bandeira do Partido Comunista.

Dizem que Demofilo Fidani também era famoso por gostar de esoterismo?
É verdade? Que doutrina metafísica ou algo parecido ele gostava ou tinha preferencia?
Simone Blondell: Sim, é verdade. Ele era um grande médium e também escreveu três livros sobre parapsicologia.

O seu pai fez de Jeff Cameron (Gioffredo Scarciofolo) uma estrela.
Quem foi este homem? O que seu pai sabia sobre ele? O que ele fez também exceto filmes?
Simone Blondell: O ator Jeff Cameron (Goffredo “Nino” Scarciofolo) foi um homem simples e sua profissão era a de açougueiro.
Demofilo ficou muito satisfeito em poder transformá-lo em um ator de destaque no cinema italiano da época.


Meu nome é Rustam, (Moscow - Russian Federation) 26 anos
Para o seu pai, os tiroteios nos filmes e sua profissão de diretor de cinema era apenas trabalho ou um caminho da auto-expressão na esfera da arte?
Simone Blondell: Rustam (Moscow), Quando ele estava começando seu trabalho no cinema ele teve muita influencia e inspiração de suas belas pinturas de arte.

Será que o Sr. Fidani tinha algum animal doméstico?
Simone Blondell: Ele tinha um pássaro "Thieving Magpie" e cães lobo (Rusky Siberiano).

Quanto dinheiro receberam os atores principais Jeff Cameron, Dino Strano e Klaus Kinski? E quanto ganhou o Sr. Fidani pelos seus filmes?
Simone blondell: Lamento Não sei.

Como o público e a crítica aceitaram os seus filmes?
Simone Blondell: Como em todos houveram críticas negativas e positivas mas sempre vendia seu trabalho muito bem.

Meu nome é Alexey – (Voronezh - Russian Federation) – meu site: (http://susperia.narod.ru/)
Na sua opinião, qual foi o melhor filme de Demofilo Fidani?

Simone Blondell: Eu não sou capaz de julgar, porque para mim cada filme é uma memoria, uma lembrança diferente e todos tiveram o seu significado.

Ele produziu filmes pornô?
Simone Blondell: Não, mesmo quando teve que executar cenas muito eróticas Aristide Massaccesi (Joe D´amato) fazia esta parte.

Quais os diretores italianos que você acha mais interessante? O que o seu pai pensava sobre eles? Quais diretores ele gostava?
Simone Blondell: Há muitos cineastas jovens e talentosos hoje, um dos meus favoritos é Paolo Virzi. Demofilo Fidani amou Visconti, Frederio Fellini e Sergio Leone.

Você poderia comentar quais os problemas mais importantes que você vê hoje na Itália moderna?
Simone Blondell: A Itália de hoje é cheia de problemas, estamos todos esperando algumas mudanças. Hoje o mundo todo tem confusão e problemas de todos os lados.

Meu nome é Le Marc - Brasil e meu site (http://www.sarrabulhadacult.blogspot.com/) e minhas perguntas são:
Você assistiu aos filmes do seu pai? Qual a sua opinião sobre eles em geral? E quais são os melhores que ficaram em sua memória?

Simone Blondell: Sim, eu vi todos os seus filmes mas não posso julgá-los. Bons ou ruins para mim são coisas de coração.

Quais dos atores e atrizes que trabalharam com você que você mais gostou?
Você também trabalhou com Klaus Kinski em "Per una bara Piena di dollari" (Por um Caixão Cheio de Dólares - Brasil) e em “Giù la testa...Hombre” (Minnesota...Caçado vivo ou morto – Brasil) ambos de 1971 e neste último você inclusive trabalhou como Assistente de Produção; Klaus Kinski era conhecido por seu caráter ingovernável. Você pode dizer se seu pai, o diretor Demofilo Fidani teve algum problema em trabalhar com ele?

Simone blondell: Meus atores favoritos são Hunt Powers (Jack Betts), Robert Woods os quais ainda mantenho contato frequente e sempre gostei do ator Gordon Mitchell que apesar da cara de homem mau era uma pessoa maravilhosa. O relacionamento entre Klaus Kinski e Fidani é de respeitabilidade recíproca, eram profissionais e se houvesse alguma divergência tudo terminava ao final de cada cena. Com outros atores sempre estabeleceu uma bela e mais longa amizade.


Sou Analy Sanches – São Paulo – Brasil - sou publicitária e meu site é (http://criacaoeartepublicidade.blogspot.com/). Minhas curiosidades são:
Você gostava de trabalhar nos Espaghetti Westerns ou você preferia fazer filmes de outros gêneros?

Simone blondell: Eu realmente gostei em fazer todos os Westerns. Cada um deles foi um prazer.

Você chegou a participar de atividades espirituais de seu pai? Ele era um médium? Você poderia nos dizer algo sobre essa parte de suas atividades?

Simone Blondell: Sim, participei de algumas "reuniões" e foi uma experiência fantástica. Como já disse Demofilo foi um grande medium. Seus três livros eram sobre a Parapsicologia e ajudou a todos que precisavam "conhecer", e tudo o que ele fez foi sem dinheiro.


Edelzio Sanches, 52 anos, Atibaia - São Paulo – Brasil – Redator e Editor (bangbangitaliana.blogspot.com)
Em WDjango! De 1971 Você atuou no personagem “Inez” e neste filme Haviam os brasileiros, Anthony Steffen no personagem “Django” e Esmeralda Barros no personagem “Lola” além de Stelio Candelli, Glauco Onorato, Chris Avran. Em uma cena inicial da chegada de Django na cidade quando ele está no balcão do saloon é engraçado ele olhando um quadro de uma mulher nua e olhando pra você repetidamente.
Você teve algum contato pessoal com eles. Chegou a conhecê-los.

Simone blondell: Eu era muito amiga de Anthony Steffen (Antonio de Teffé) Sinto muito que ele tenha morrido "sozinho" e distante. Tinhamos contato por e-mail.
Haviam outros brasileiros mas não tive contato.


É verdade que seu pseudônimo foi criado inspirado por seu pai na atriz americana Joan Blondell?

Simone Blondell: Sim é verdade, ele disse que eu a lembrava muito.

Como era sua mãe, a sra. Milla Vitelli Valenza?
como ela conseguia conciliar o cinema e família.
O que ela achava de seu trabalho

Simone Blondell: Mila foi uma mulher extraordinária, uma artista cheia de talentos e uma maravilhosa mãe, livre, moderna e doce.
Ela adorava o seu trabalho, e ela trabalhou com o meu pai Demofilo Fidani até o fim.
Infelizmente ela foi embora muito cedo, mas a sua luz brilhará para sempre nos corações de quem a conheceu.


Qual foi a realação de amizade entre Fidani e Coriolano Gori, o maestro regente preferido para as canções de seus filmes Westerns?

Simone Blondell: Demofilo e Coriolano Gori eram amigos muito próximos. Demofilo confiou completamente seu trabalho a este grande maestro.
Gori era livre para expressar seu talento aos temas musicais de cada filme.


Nesta foto estão Mila Vitelli Valenza, Demofilo Fidani e outra mulher elegantemente vestidos. Sabe quem é esta mulher e a ocasião em que foi registrada.

Simone Blondell: Acredito que eles estavam indo para uma festa, desculpe, mas eu não me lembro o nome da mulher ou maiores detalhes sobre ela, mas eu sempre amei essa foto.


Em 1973 você chegou a ter o pseudônimo de Mariangela Matania no filme “La legge della camorra”[Mafia Killer - USA], um "Criminal" com Reza Beyk Imanuverdi e Dino strano (Dean Stratford) Porque?
Simone Blondell: Houve um erro de interpretação na impressão dos créditos. Matania/Donna Carolina, deveriam ser os nomes dos meus personagens e não o nome de atriz, mas já era tarde demais para mudar os títulos, pois teriam que mudar todo o original e refazer tudo, então acharam melhor deixar a edição final desta forma. Naquela época havia dessas coisas.

Em “El Zorro Justiciero” de 1969 você fez a personagem “Perla Domingues” ao lado de Fabio Testi, Riccardo Garrone, Frank Branã, Piero Lulli sob a direção de Rafael Romero Marchant. Como foi trabalhar com este diretor. Existe uma cena em que você está dentro de uma cabana em chamas, como foi esta experiência?

Simone blondell: Rafael Romeo Marchant, uma excelente pessoa, achei muito bom diretor espanhol e tenho lembranças maravilhosas do filme e da Espanha.
Dentro da cabana foi divertido. Embora em um momento eu tive medo de não ser capaz de sair a tempo do fogo.


Não existe em local algum na mídia o registro de sua naturalidade e idade, você poderia revelar aos fãs?

Simone Blondell: Posso dizer tudo, não tenho problemas. Eu nasci em Roma em 16 de Junho de 1950.

Como foi a experiência em trabalhar em 1974 no filme de horror [Terror! Il castello delle donne maledette] no papel de “Maria Frankenstein” com o Director Dick Randall e atores como Edmund Purdom e Gordon Mitchell que se tornou um grande Cult mundial do cinema fantástico?

Simone Blondell: Ela foi uma experiência diferente e interessante, um pouco longe da minha verdadeira natureza. Eu sempre preferi a Luz!

Como se sentiu no thriller erótico romance de 1972 [A.A.A. Massaggiatrice bella presenza offresi...] no papel de “Paola” nas cenas de nudêz com Jerry Colman e Paola Senatore?

Simone Blondell: Honestamente eu não fiz muitas cenas de nudez, e eu acho que houve alguma confusão porque a maioria daquelas cenas foram feitas por Paola Senatore, que tinha muita semelhança comigo mas de qualquer maneira foi uma agradável experiência.

Meu nome é Clovis Arruda, 53 anos, Chavantes – São Paulo – Brasil. Meu site é (http://www.sospaghettiwestern.com/).
Um apaixonado por spaghetti western e também por Simone Blondell. Linda até hoje e ela faz parte da minha paixão e o meu site é testemunha.

Como se sentia atuando nos Espahetti Westerns, filmes em que na maioria das vezes você era barbarizada e sofria muito nas mãos daqueles bandidos violentos em meio a tanta lutas, brigas e confusões?

Simone Blondell: Foi tudo muito divertido. Eu gostava de estar no meio daqueles socos e pontapés que parecia ser tudo muito real e os dublês faziam um show. Era só encenação.

Você pensa em deixar uma biografia ou algo deste tipo para os fãs?

Simone Blondell: Seria bom. Vou pensar sobre isso.

Alô Simonetta, meu nome é Emanuel Neto de Portugal e meu site é (http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/).

Tendo em conta todos os filmes que fez com Demofilo Fidani e ter tido contato direto com bons atores, gostaria de saber a sua opinião pessoal sobre os atores Klaus Kinski, Jeff Cameron, Hunt Powers, Gordon Mitchell e Ettore Manni.

Simone Blondell: Só me lembro que todas estas pessoas eram grandes profissionais. Muito bom, fico feliz em que você tenha mencionado Ettore Manni, um bom ator e um grande amigo da família.

Meu nome é Aprigio de Oliveira – Feira de Santana – Velha Bahia - Brasil (aprigiohistoria@yahoo.com.br) Estudioso e Historiador de Cinema no Brasil e um grande fã e é lamentável que tenha parado muito cedo de filmar.
Em primeiro lugar eu queria dizer que o Demófilo caprichou. Que linda filha e atriz é Simone Blondell.

Minha pergunta: Foi fácil ou mais complicado trabalhar com o seu pai?

Simone Blondell: Aprígio de Oliveia, obrigado pelo elogio.
Sim, foi fácil trabalhar com meu pai.


O que você pensa dos filmes realizados pelo seu pai?

Simone Blondell: Sobre os filmes, como já mencionei, eu não posso julgá-los, eles são parte de um período bonito da minha vida.

Você pode comentar o que você pensa sobre o panorama do cinema italiano hoje?

Simone Blondell: É muito difícil falar de cinema italiano no momento, posso dizer que está cheio de jovens talentos, mas nem sempre eles têm a oportunidade de se expressar.

Os fãs poderiam esperar um retorno seu ao cinema algum dia?

Simnoe Blondell: Hoje há alguma crise na indústria cinematográfica, há muitos bons jovens diretores e atores, eu espero que ela venha a se recuperar em breve.
Quanto ao meu retorno...Você nunca sabe.


Meu nome é Marcos Maurício Lima - Minas Gerais – Brasil – Colecionador e Analista de Cinema no Brasil. (mlmlmarcoslima@gmail.com)
Você sente falta das filmagens em sua terra natal a Itália?

Simone Blondell: A maior parte dos filmes onde filmamos foram na Itália, e nós encontravamos localizações bonitas, a nossa natureza é cheia de lugares secretos e incrivelmente selvagens e lindos.

Sente falta dos artistas com quem ela contracenou?

Simone Blondell: É claro! Foi um momento especial de minha vida, boas vibrações e energia, mas sempre feliz com todos aqueles artistas ao meu lado.

Você viveu na América?
Simone Blondell: Estive em muitas vezes na América, mas eu nunca vivi lá. Eu amo New York.

Seu marido é americano?

Simone Blondell: Meu ex-marido era um produtor italiano, Paolo Lucidi e nós temos dois filhos bonitos, Francesca e Lorenzo.

Você pode dizer se é casada agora? Você pode dizer com quem é o seu relacionamento?

Simone Blondell: A cinco anos que eu estou noiva de um homem maravilhoso, um advogado brilhante, com uma alma muito especial, eu me considero muito sortuda. Eu mantenho o resto para mim!

Simone um beijo no coração.

Simone Blondell: Obrigado Marcos e beijos pra você também

Meu nome é Paulo e moro em Patrocínio - Minas Gerais – Brasil. Sou proprietário de uma Vídeo-Locadora e redator do site (www.eurowesternnobrasil.blogspot.com)
Simone Blondell, il piú belle ochi dei italian cinema!
Qual foi o legado que sua participação em inúmeros westerns italianos, lhe deixou em sua carreira de atriz?

Simone Blondell: Obrigado pelo elogio querido Paulo. Todos as experiências que tive nestes filmes me deixou uma grande sensação de liberdade e um espírito selvagem que ajudou-me a superar as "aventuras" da minha vida.

Como foi conviver naqueles estúdios poeirentos de filmagens em Cinecittà e Tirrenia em que foram filmados vários Clássicos Cults como em 1967 Straniero... fatti il segno della croce! (Gringo Reza para Morrer – Brasil), 1968 Prega Dio... e scavati la fossa (Sua arma era o Colt – Brasil), 1969 ...e vennero in quattro per uccidere Sartana! (Os Quatro Assassinos para Sartana- Brasil), 1973 Amico mio, frega tu... che frego io! (No Rastro do ouro Maldito – Brasil) e tantos outros.

Simone Blondell: Eu era jovem e cada um deles tinha uma história nova para viver e aprender. Cada um deles era uma nova emoção.



PARTIIPAÇÕES ESPECIAIS

Nicoletta Machiavelli – Seatlle – USA – Perguntas para Simone( SImonetta)
Simonetta Olá! temos um amigo em comum, Edelzio!

Eu sou uma ex-atriz de Westerns e queria saber de você:
Você sentia com a a experiência, excitação e entusiasmo, alguma transformação quando participava do Western?

Simone Blondell: Edelzio é fantástico,
É uma honra para mim responder a uma grande e bela atriz como Nicoletta.
Eu realmente gostei de tudo "era tudo muito lindo e divertido”, onde uma das minhas maiores alegrias era a de ser capaz de andar à cavalo em meio a tudo aquilo e sempre me sentir "em minha casa".

Que experiência você pode recordar com maior prazer no set de um filme de faroeste?

Simone Blondell: Em cada set de filmagem, haviam todos os tipos de homens (atores, acrobatas, artesãos), eu me sentia como uma rainha.
Uma memória especial no meu coração foi ter conhecido Gordon Mitchell e num dia de trabalho durante uma pausa, eu li a sua mão, e todas aquelas coisas que tinha acabado de ler se tornaram realidade.


Você teve sua parcela de contribuição representando as mulheres nos Filmes Westerns com muito louvor assim como eu. Eu tenho mencionado como somos diferentes, hoje, como mulheres não?
Espero não ter feito perguntas muito pessoais e espero um dia conhecê-la pessoalmente!
Um abraço, até breve de sua amiga Nicoletta Machiavelli.

Simone Blondell: Eu me cansei de ser seduzida, mas eu não tinha muita escolha. Tinhamos que ser seduzidas no saloon, pois os protagonistas absolutos eram homens !
Hoje tudo é diferente. (Felizmente)
Cara Nicoletta...Espero também conhecê-la, seria ótimo, eu te admiro muito!
Um grande abraço...Simonetta Vitelli




COMENTÁRIO ESPEIAL DE HUNT POWERS

Simonetta Vitelli, trabalhei em alguns filmes em Roma, dirigido por seu pai, o maravilhoso Demofilo Fidani.
Eu mantenho contato recentemente que é conhecida agora como Simonetta Vitelli.
Durante minha estadia em Roma por seis anos eu era conhecido como Hunt Powers e hoje Jack Betts.
Tenho recebido vários e-mails do Brasil, um país que eu sempre quis visitar e sempre apreciei e sei que ainda há muitos fãs brasileiros do faroeste italiano.
Parabéns Simone
Jack Betts (Hunt Powers) California - USA


COMENTÁRIO ESPECIAL DE ROBERT WOODS

Simone Blondell, eu realmente gostei muito de sua mãe.
Simone... Mila Vitelli foi o poder por trás de Demofilo, que também, apesar de um pouco desconfiado, era um amigo com boas intenções...Diria a você que seu começo como atriz no Western Espaghetti, com sua sensibilidade, tenho certeza que você tomou novas alturas, mas os bons velhos tempos como foram não parecem estar tão longe de você...Você ainda é encantadora, cheia de amor e vida...
Grande amiga...Parabéns
Robert Woods (Bob Woods) California - USA



Com tudo isso que aconteceu em sua vida, o que você gostaria de dizer aos fãs do Brasil e do mundo que acompanharam sua carreira por tanto tempo e não a abandonaram-na mesmo durante algum tempo no anonimato e estão ansiosos relembrando sua imagem e lendo agora estas suas palavras ?
Particularmente eu sinto em seus comentários que você está renascendo e isso é muito gratificante.
Agradecemos de coração sua participação neste espaço dedicado exclusivamente a vocês atores e atrizes que ficarão para sempre em nossas memórias e um agradecimento em especial por nos ceder também gentilmente fotos de seu arquivo pessoal inéditas para divulgação aos fãs.
Saúde, Paz e muitas felicidades.
Edelzio Sanches

Simone Blondell: Primeiro de tudo quero agradecer a todos vocês, por todo o calor, o amor e o interesse mostrado por mim até agora.
Viver é sempre renascer e quem sabe talvez um dia eu possa ir ao Brasil no meu cavalo branco!
Buon Natale
Simonetta Vitelli


Observação: Todos os comentários dos leitores serão respeitosamente bem vindos e encaminhados ao conhecimento da atriz.
Grato
Edelzio Sanches