
“32 Caliber Killer - USA”
Produção: Itália 1967
Direção: Al Bradley (Alfonso Brescia)
Música: Robby Poitevin
Duração: 90 minutos
Fotografia: Bob Roberts
História: Lorenzo Gicca Palli

Distribuição Original Brasil VHS: Cineart
Century Vídeo/Poderosa Filmes
Peter Lee Lawrence - Silver
Hélène Chanel (Sherill Morgan) – Doll/Doly
Agnès Spaak - Beth
Cole Kitosch (Alberto Dell´Acqua) - Spot
Jenny Slade (Lucy Skay) - Janet
Andrew Bosich (Andrea Bosic) - Averel
Mirko Ellis – Xerife Bear
Max Dean (Max Dan) - Jud
John Barth - Parker
Robert Stevenson – Jovem na carroça
Red Carter (Nello Pazzafini) - Fitch
Stephen Wilde – Velho homem do saloon

Mike Bolt (Michael Bolt) - Carruthers
Gregory West - Ramirez
Joseph Holls - Doctor
Giovanni Ivan Scratuglia - Jogador de Pôker
Silvio Bagolini e Claudio Ruffini
Onde você estava em Abril de 1967 quando este filme foi lançado?
"Killer Calibro 32" de Alfonso Brescia é discreto e simpático, embora não seja excepcionalmente um deslumbrante Spaghetti Western, pois não consegue deixar o espectador perder a atenção da história.
Não consegue ficar chato por um minuto e não deve ser desprezado pelos fãs do gênero. O filme não tem inovação nenhuma, ou muita imaginação, mas é uma boa história de um anti-herói, um assassino de aluguel, que nesse caso, é dirigido magistralmente, embora o filme não seja nenhuma obra-prima do western italiano.
Este sempre foi um filme que nunca saiu da prateleira da locadora. Sempre trazendo satisfação em ver Peter Lee Lawrence com seu rosto de criança empondo a justiça contra os mal feitores nas cidadezinhas indefesas do Velho Oeste.

Dirigido por Alfonso Brescia, um diretor que chegou a fazer mais de cinquenta filmes, Peter Lee Lawrence é um pistoleiro “Matador de Aluguel” como no título que trabalha sob encomenda e seu preço não é variável. É sempre 1.000 dólares por cabeça, independente de quem for desde que seja um bandido. Suas balas de prata são especialmente usadas para esse fim.
É um personagem de nobre requinte de quem os seus inimigos jamais suspeitariam de sua frieza. É loiro de olhos azuis e trata mesmo seus inimigos com muita classe e orgulhosamente diz que só mata as pessoas que merecem morrer. Exige que o chamem de Sr. Silver e não somente de Silver.
Seu plano é simples, mas arriscado, ele finge ser bandido para despertar o interesse e a atenção deles. Para cumprir sua missão ele tem que colocar sua própria vida em risco.


Depois de fazer um trabalho em uma pequena cidade, Silver é contratado pelos donos de um banco local para capturar o bando dos sete ladrões mascarados que assaltaram a diligência e levaram o dinheiro do banco de Carson City.
Uma gangue de bandidos que roubam constantemente as diligências, e que em sua última incursão matou todos os passageiros.
Em meio a seus clientes, os pobres trabalhadores mexicanos também querem que ele se livre de sádico latifundiário que vem escravizando-os; Um dono de saloon que precisa dele para matar um bandido brutal.
A bela Hélène Chanel, que interpreta "Dolly" a filha de uma vítima assassinada, também oferece um desempenho agradável que provocara certas insinuações por Silver.
O elenco, além disso, conta com Alberto Dell'Acqua, a quem os fãs Spaghetti Western lembram bem quando interpretou o irmão mais novo de Franco Nero em “Texas Addio” de Ferdinando Baldi de 1966.

Ao assistir pela primeira vez Killer Calibre 32, não tive tanta certeza de que Peter Lee Lawrence era o ator certo para desempenhar o papel de Silver (O Assassino de Contrato), uma vez que era ainda muito jovem (20 anos), no entanto, se saiu muito bem neste papel, e depois de ver o filme mudei minha opinião.
Aqui em seu terceiro filme rodado logo depois de “Por uns Dólares a mais” com o qual deve ter aprendido muito trabalhando tão pouco tempo com Leone.
Em “Killer” Os demais atores ajudaram com suas performances peculiares a tornar o filme dignos de suas menções. O que realmente gostei sobre “Killer” é o fato de Silver ser mesmo um anti-herói do começo ao fim, o seu olhar mostra isso, não dando preferencias e facilitações a quem quer que seja, mesmo feridos e caídos ninguém tem perdão.

"Killer Calibre 32" é um Spaghetti consistente e divertido com uma boa dosagem de violência, nada espetacular, mas certamente um filme que os fãs do gênero sempre estarão tirando da prateleira pra dar uma relembrada.
Porque o ator Peter Lee Lawrence fez tão poucos filmes em sua carreira e, apesar de seu talento nato, não chegou ao completo estrelato, como muitos de seus colegas Anthony Steffen, Giuliano Gemma, Terence Hill, Franco Nero e outros contemporâneos seus? Falta de talento? Longe disso. Lawrence era um dos mais queridos rostos entre pistoleiros e foras-da-lei que o cinema europeu já produziu.

Peter Lee Lawrence era, na verdade alemão, nascido em 21 de fevereiro de 1945 na ilha Lindau, na região de Bodensee na Alemanha. Seu verdadeiro nome era Karl Hirenbach e começou bem no cinema no filme “Por uns dólares a mais” (1965) dirigido pelo respeitadíssimo Sergio Leone, diretor de clássicos como “Era uma Vez no Oeste e Era uma vez na América” entre outros.
Mesmo não tendo seu nome creditado, chamou a atenção por sua beleza natural que aparentava um tanto melancólica. Era loiro, feições que misturavam personalidades do rebelde ao carente no que facilitava aos diretores de incluírem-no em diversos personagens e em diversos papeis.
Sua carreira foi curta durante somente os nove anos em que trabalhou nos Westerns. Seus últimos trabalhos foram “Giorni d´amore sul filo di una lama” (1973), onde atuou com a atriz alemã Erica Blanc, com quem fez diversos filmes. No filme de terror “Bacio di una Morta” (1974) e no mesmo ano, sua aparição final em “Los Caballeros dei Botón de Ancla”.


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