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11 julho 2015

Django Mata em Silêncio [Bill il Taciturno] Especial Brasil



Django Mata em Silêncio - Brasil
E o Chamavam o Matador - Brasil
Bill Il Taciturno  - Itália
Django Kills Softly - USA
Django Kills Silently - USA
Django, Le Taciturne - França

Produção: Itália e França - 29 de Abril de 1967
Duração: 108 minutos
Direção: Massimo Pupillo (Max Hunter) Música: Berto Pisano

Fotografia: Mario Parapetti
Produção: Alberto Puccini
Escrito: Lina Caterini, Paul Farjon, Marcello Malvestito e Renato Polselli (Leonide Preston) Edição: Lina Caterini e Marcello Malvestito
Co Produção: Avis Film (Roma), Europea Distribuzione di Salvatore Prignano & Les Films Jacques Leitienne (Paris)
Relançado nos cinemas brasileiros em Technicolor pela produtora “3 Poderes”, com o título "E o Chamavam o Matador".

George Eastman (Luigi Montefiori) - Django/Bill
Luciano Rossi (Edwin G. Ross) - Dr. Thompson
Liana Orfei - Linda
Mimmo Maggio - El Santo
Spartaco Conversi - Miguel
Federico Boido (Rick Boyd) - O nervoso
Paul Marou – Steve
Giovanna Lenzi - Dançarina Mesa Saloon
Antonio Toma - Pedro
Remo Capitani - Pedro
Mario Dardanelli - Popular
Alberico Donadeo - Bandido Mexicano
e com Peter Hellman, Claudio Biava, Martial Boschero, Ilona Drash, Enrico Manera e Federico Pietrabruna.


Quando se pensa em assistir ao filme na expectativa de ver um Django no estilo Franco Nero, você estará enganado. "Django Kills Softly" em sua abertura não é muito diferente do Django original. Durante um ataque de uma gangue de bandidos mexicanos a uma pequena caravana de colonos que encontram-se acampados, um forasteiro “Django”, testemunha o ataque intrometendo-se e elimina todos os bandidos. Apesar de uma criança entre os colonos receber um tiro no peito nesta cena, isto não está à altura em comparação a violência sangrenta visto em Django de Corbucci. Em seguida o pistoleiro conhecido aqui por Bill salva uma jovem mulher, cujo marido fora assassinado, por traficantes de armas e juntos lutarão contra Thompson e seu bando de assassinos.

Django chega na cidade de Santa Anna a mando de um homem chamado Sanders que estava tentando comprar uma passagem segura para a sua carga negociada com um bandido mexicano chamado El Santo. Django acha que Sanders foi morto e que seu rival, um homem chamado Thompson, agora está tentando lidar com El Santo. Django, depois de um breve envolvimento com uma bela jovem “Linda” que tem informações sobre uma mina de ouro Perdida, se envolve nessa situação por concordar em escoltar um carregamento através do território de El Santo.

Este seria um resumo básico e simples mas como relançado no Brasil na década de 70 e agora rebatizado como "Django Mata em Silêncio", foi exibido nos cinemas brasileiros também como “E o Chamavam o Matador”, o filme possui muitas reviravoltas e roteiro interessante onde pessoas levam tiros, mas elas caem completamente sem sangue. Bill fixa-se na cidade de Santa Anna, a qual é dominada por Thompson e seus homens a fim de descobrir toda a operação destes bandidos. O confronto entre Bill e os bandidos será inevitável e desigual, mas Bill, com uma série de truques, conseguirá eliminar todos e se apaixonará e ficará com a bela viúva.


O diretor Massimo Pupillo, pseudônimo Max Hunter, lançava aqui George Eastman, o italiano Genovês, Luigi Montefiori no gênero Western Espaghetti com um papel importante. Reviver Django. Em sua carreira repleta de filmes nos mais variados gêneros populares na época tais como da comédia erótica ao horror, alem, de escritor e diretor e muitos filmes-B na América, é também lembrado por sua proeza e agilidade semelhante a Giuliano Gemma.

Aqui ele é incumbido de tentar limpar uma área de fronteira nas mãos de um conjunto diversificado de gângsteres que enchem os bolsos com trabalho desonesto desses homens. Santa Anna, no Texas, é um buraco no país, abandonado e esquecido por todos e onde reina com supremacia o Dr. Thompson, apoiado por sua gangue de homens e de onde cargas de traficantes de armas são enviadas para o México e que são o seu principal negócio ilícito.

Durante várias sequências, George Eastman não mostra nenhuma aparência e não há nenhuma ligação com o personagem de Corbucci. Eastman aqui faz poses e sorri para a câmera, claramente satisfeito com a sua boa atuação na ação por ele desempenhada. Claramente é um Django diferente, que não é citado durante todo o filme a não ser na cena final deixando uma impressão de que o diretor quis corrigir a falha e lembrou-se de que era um filme de Django.

Mais uma vez o nome título "Django" é utilizado para comercialização sobre o sucesso do filme original e o seu poder de influência aos fãs do Espaghetti. O Django aqui não tem um caixão com uma metralhadora, é mais falador, canastrão e menos obscuro.

Há uma infinidade de clichês com grande quantidade de mortes, quedas de telhados, quedas de corrimões, brigas extenuantes, duelos, embora tudo sem sangue. Django circula pela cidade de Santa Anna controlada pelo implacável Thompson e os seus homens. Nesta história como não ha um outro grupo disputando o controle da cidade, é substituído por uma gangue de bandidos mexicanos liderada por El Santo, obsevando tudo para tirar proveito da situação. Teria alguma ligação com a história de Yojimbo? A base do roteiro sugere que sim.

Eastman faz um Django Light, mas é rápido o suficiente com a arma para sobreviver sozinho. A verdadeira força deste Django não está na força bruta ou em seus close-ups mortais e sim na sugestão do título "Silêncio", ou seja, suas habilidades noturnas como um ninja se esgueirando suavemente na noite e podemos presenciar isso em algumas cenas divertidas.

Uma das melhores é quando os homens de Thompson tentam surpreender Django à noite para matá-lo em seu quarto. Procuram ao redor e Django está longe de ser encontrado. Os homens ouvem algo atrás da porta do banheiro, mas Django está em outro lugar, no teto do quarto e surge repentinamente matando dois dos quatro intrusos. Em seguida ele salta pela sacada do hotel para a rua surpreendendo os dois outros intrusos alvejando-os enquanto cai, matando-os em uma boa e ousada sequencia.

Um Django acrobata, um gato, um ninja matando suavemente e silenciosamente. Este Django faz me lembrar de "Django o Bastardo" com Anthony Steffen. Parece até mesmo ter uma influência dele dominando a arte da sombra, matando bandidos na calada da noite.

Um consideravelmente bem editado e bem filmado com alguns excelentes zooms nos olhos e rostos para valorizar a habilidade de Django no tiro.
A cena do cantil jogado ao ar e Django disparando contra ele é a marca registrada do filme.
Os cenários interiores muito bem cuidados com pinturas e cores mais fortes.


Uma trilha sonora elaborada pelo Maestro Berto Pisano que conta com o título de abertura "La banda di El Santo", muito inspiradora com a trompa solo por Mario Di Fulvio e muito boa para os ouvidos e também conta com uma música vocal  "Chi non è con te" interpretada por Patricia no saloon.
As duas fazem parte de um compacto raríssimo em 45 rpm.

Toda a tensão mesmo fica para o Gran-finale e seus duelos, divertido e emocionante final. É alto em violência, mas a música contrapõe a isso fazendo com que ela não seja explícita e macabra. O resultado disso surpreende, funciona bem para as cenas mais sangrentas [sem sangue].

Antes de tudo acabar, quando tudo parece perdido para Django, eis que uma faca arremessada pelo jovem mexicano Pedro, atinge um de seus inimigos pelas costas salvando Django. Graças a um bom desempenho de Eastman e alguns bons momentos divertidos, o filme pode-se considerar salvo em comparação a outras tentativas de Djangos feitas na época.

Exibido na televisão brasileira com título de "Django Mata em Silêncio" em "Bang Bang à Italiana" da TV Record em 12 de agosto de 1982 e em "Segunda Sem Lei" da TV Bandeirantes em 23 de Setembro de 85, 09 de Fevereiro de 1987 e 03 de Março de 1988 pela última vez.

Música Tema Download

Áudio Italiano com legenda português no youtube

26 setembro 2013

Cada Bala, Uma Morte - Uno Dopo L´altro - Letra/Lyric

Uno Dopo L´Altro
Música: Fred Bongusto e Berto Pisano
Intérprete: Fred Bongusto

"Maybe One, Maybe Nine"

When the light of the rainbow is climbing down
There’s a man who is waiting for a man
But reason you don’t know
He wants to kill a man

Maybe one, maybe two or maybe three
Maybe four, maybe five or maybe seven
Maybe seven, maybe nine
He wants to kill a man

Maybe he wants to kill a man
Maybe he wants to kill a man
He wants to kill a man

[Instrumental]

Maybe he wants to kill a man
Maybe he wants to kill a man
He wants to kill a man
Maybe he wants to kill a man

A man, a man…
He wants to kill a man


Tradução para Português Brasil

"Talvez Um, Talvez Nove"

Quando a luz do arco-íris está descendo
Há um homem que está esperando por um homem
Mas a razão que você não conhece
Você quer matar um homem

Talvez um, talvez dois ou talvez três
Talvez quatro, talvez cinco ou talvez sete
Talvez sete, talvez nove
Você quer matar um homem

Talvez, você quer matar um homem
Talvez, você quer matar um homem
Você quer matar um homem

Você quer matar um homem
Talvez, você quer matar um homem
Talvez, você quer matar um homem
Talvez, você quer matar um homem
Talvez, você quer matar um homem

Tradução - Cortesia: Cayman Moreyra  

Clip Áudio Youtube

Cada Bala, Uma Morte - Uno Dopo L´altro


Cada Bala, Uma Morte  
Uno Dopo L'altro
One After Another (U.S.A.)

Produção: Itália e Espanha - 13 Agosto de 1968
Direção: Nick Nostro (Nick Howard),
Nicola Nostro [21 Abril, 1931 - Gioia Tauro, Calabria, Itália]
Duração: 99 minutos
História: Mariano de Lope e Nick Nostro (Nick Howard)
Escrito: Mariano de Lope, Nick Nostro, Giovanni Simonelli
(Simon O'Neil) e Carlos E. Rodriguez
Fotografia: Mario Pacheco
Musica: Fred Bongusto  e Berto Pisano
Canção: "May Be One, May Be Nine" interpretada por Fred Bongusto
Produção: Marco Vicario e Bino Cicogna
Locações: Cinecittà Studios, Roma, Lazio, Itália
Co-Produção: Atlantica Cinematografica Produzione Films - Itália
e  Euroatlantica, Midega Film - Espanha
Edição: Renato Cinquini
Produção de Arte e Design: Enrique Alarcón,  Dario Micheli,
Rosalba Menichelli  e Giuliana Serano 




Richard Harrison - Stan
Pamela Tudor - Sabine
Paolo Gozlino (Paul Stevens) - Glenn
José Bódalo - Coronel Jefferson
Jolanda Modio - Tina
Hugo Blanco - Miguel
José Manuel Martín - Espartero
Fortunato Arena - Trent
José Jaspe - Pablo
Eugenio Galadini (Eugenio Galatini)
María Saavedra – Mulher de Espartero
José Canalejas - Frank
Luis Barboo - Hud
Mirella Pompili – (Mirella Pamphili) Mexicana assistindo a dança
Goffredo Unger (Freddy Unger) - Burt
Emilio Messina - Herb
Roberto Messina - Barman
Gilberto Galimberti – Capanga de Espartero  e Dario Micheli,  





Este é um Espaghetti Western pouco conhecido aqui no Brasil a não ser quando exibido nos nossos cinemas e que chega agora com fácil acesso através de fontes na internet.
O enredo do filme é mais ou menos como (Por um Punhado de Dólares) de Sergio Leone.
Jefferson é um ex-coronel, que junto com Espartero e seu bando de mexicanos mercenários planejam roubar o ouro de seu próprio banco, depositado por pecuaristas em Canyon City, encenando o assalto.
No momento do assalto algo sai errado e Bill Ross, caixa do banco, tenta bloquear o suposto bandido, mas Jefferson traiçoeiramente o executa.
Logo após o ocorrido, um homem solitário passeia na cidade onde o banco foi assaltado e ele fica sabendo que uma grande quantidade de ouro foi levada e demonstra muito interesse em descobrir as circunstâncias em que Bill Rosso fora morto.
Acaba envolvendo-se  com duas facções, infiltrando-se entre as duas gangues rivais e por sua vez, é espancado por ambas.
A princípio o nosso homem, Stan, é um improvável herói porque usa óculos.
Seus óculos serão, evidentemente, quebrados e prevendo que isso acontecerá frequentemente durante toda sua sina, Stan mantém um estoque deles no interior de sua jaqueta.



Jefferson faz ele acreditar que o assalto e o assassinato do caixa do banco são o trabalho do bando de Espartero, mas uma vez que Stan chega ao esconderijo do bandido, descobre que a verdade é bem diferente. 
Escapando de uma emboscada de Espartero, Jefferson envia seus homens para destruir a aldeia mexicana. Depois de conseguir lutar para convencer Espartero de sua lealdade, Stan começa sua vingança, matando uns após os outros os homens que tinham sido envolvidos no momento do falso assalto ao banco. 
É interessante que a cada morte anunciada por Stan, o agente funerário faz a entrega do caixão antecipado ao próximo defunto. Um deles é entregue dentro do saloon e o bandido realmente é morto dentro do saloon.



Durante os acontecimentos, Stan revela que Bill Ross, funcionário do banco seria seu irmão e durante o filme é possível acreditar que ele não seja, tamanha a sua sede de vingança, mas ao final já com posse da fortuna e da bela Sabine diz que ele trabalhava no banco e esperava a sua chegada a cidade pra que fizessem o roubo do ouro juntos. Fica ao espectador, tirar as conclusões quanto a essa revelação e ao sair do cinema você iria com a dúvida pra casa. 





Uma fotografia impecável e cenários bem elaborados com um  guarda-roupas escolhido por uma equipe de especialistas em Design e produção de Cena.  Percebe-se pela riqueza nos vestidos das mulheres.
Este filme teve uma grande parte rodado por Ignacio F.Iquino  mas atribuiu à Nick Nostro
(que filmou algumas sequências, além de escrever o script). 
É um Western construído de acordo com alguns padrões para produtos de grande comercialização para a época.




A história às vezes simples, mas coberto por excelentes atores e algumas sequências de  ação.
violência e ritmo agradáveis, cuidadosamente delineando os seus personagens em grau de importância dentro da história.
Uma bela música composta pela parceria de Fred Bongusto e Berto Pisano.
No geral é um western gostoso de assistir, mas sem nenhuma inesperada surpresa.