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23 março 2017

Os 4 Magníficos Pistoleiros [Lo Chiamavano Veritá...] Especial Brasil


Os 4 Magníficos Pistoleiros - Brasil
Lo chiamavano Verità - Itália
Le llamaban la verdad... - Espanha
Itan pio tolmiros kai ton elegan Verita - Grécia
Smartast i västern - Suécia
They Call Him Veritas - USA

Produção Itália e Espanha 1972
Direção: Luigi Perelli
Escrito: Oreste Coltellacci
Duração: 90 minutos
Música: Manuel De Sica
Fotografia: Mario Capriotti
Edição: Sergio Nuti
Locações: Almería, Andalucía, Espanha
Co Produção: Realizzazioni Telecinematografiche Roma e Medusa Distribuzione


Mark Damon - Verità/Veritas/Verity
Pasquale Nigro (Pat Nigro) - Gigante/Chiggerr
Pietro Ceccarelli - Jesse/Yesael
Guglielmo Spoletini (William Bogart) - Spencer
Enzo Fiermonte - Capitão Confederado
Franco Garofalo - Al/Miserável/Miséria
Maria D'Incoronato - Paquita
Luigi Bonos (Gigi Bonos) - Pierre/Garçon
Corrado Annicelli - William James
Giorgio Dolfin - Jovem Frade
Stefano Oppedisano - Mexicano Agonizando
Giuseppe Alotta - Xerife
Rick Boyd (Frederico Boido) - Segurança loiro de Spencer
Mauro Mannatrizio - Segurança de Spencer com barba
Pietro Torrisi - Homem grita no saloon
Fiorella Mannoia - Garçonete
E com Franco Scanni, Gilberto Galimberti, Tony Askin e Michele Basile.


Este é outro filme em que por falta de informações e material na internet, resolvi fazer uma explanação mais elaborada e pesquisada após assisti-lo algumas vezes.

Verità [Verdade], Jesse, Miséria [Al] e Chigger são quatro malandros desocupados que vivem de golpes pelo oeste. Aproveitando-se da confusão causada pela Guerra Civil, eles usam uniformes diferentes adequadamente dependendo da situação em que são envolvidos. Jogam no time que está vencendo.
Eventualmente, eles usam os uniformes errados e caem nas mãos dos sulistas, e tentam se consagrarem heróis mas são descobertos por um capitão sulista (Enzo Fiermonte) que os condenam à morte por deserção e traição mas logo em seguida são libertados pela anistia em consequência de ser declarada o fim da guerra. Sem dinheiro, desajeitados e estômagos vazios, os quatro vagueiam por comida a qual só conseguem através de suas apostas e trapaças em jogos pelas cantinas e saloons por onde passam.

Conseguem também uma refeição grátis dos monges de um mosteiro, e em seguida ainda trapaceiam os monges em um jogo com cartas e tomam suas mulas como prêmio no jogo. Verità aparentemente é o líder do bando que inseparavelmente de um livro, é quem planeja as várias maneiras e artimanhas por onde passam para conseguirem seu objetivo comida e dinheiro.


Casualmente um dia em um saloon descobre a trama em que alguns bandidos apoderam-se de um carregamento de ouro do Exército Confederado que era destinado ao Governo Federal ao fim da guerra.
Entre o Passo do Diabo, Sacramento e San Antonio, muita confusão irá acontecer, pois é o trajeto que farão para perseguirem pegar o ouro. Para isso, porém é necessário fazer com que a garçonete do saloon "Paquita" (Maria D'Incoronato) entre na jogada pois depende dela a ajuda para conseguirem o ouro, pois ela sabe em que quarto do saloon está escondido o ouro que pertence ao misterioso dono do lugar que vive recluso e que também possui uma metralhadora no quarto onde está o baú cheio de ouro.
Eles desenvolvem um plano para fugir da vigilância dos guarda-costas do militar para roubar o seu ouro. Conseguindo invadir o quarto, eles carregam o ouro em uma carroça enquanto uma violenta briga é provocada por Paquita, Verità e Jesse no andar de baixo do saloon para acobertar o roubo.


Quando eles estão prestes a tomar a estrada com todo o ouro na carroça, são por sua vez, surpreendidos por um personagem misterioso e Verità fica admirado quando pergunta o seu nome. Ele responde ser William James, coincidentemente é o autor do livro "Como ficar Rico no Oeste", que Verità vêm lendo durante toda a história e seguindo passo-a-passo o que nele está escrito confirmando a eficácia da história escrita por seu autor o ex-militar James para ficar rico no oeste.

Verità fica tão entusiasmado que pelo otimismo e sucesso do livro que permite a fugo de James com todo o ouro e parte com seus companheiros para um novo plano em ficar rico através deste livro. Situações curiosas e as vezes absurdas e pouco envolventes estão no roteiro como:

Verità (Mark Damon) ordena a seus amigos para fazerem uma corda com os lençóis e para juntos fugirem da prisão pela janela e diz "Porra, está curta", e pega então os cinturões dos amigos para completar o tamanho da corda e assim laçam-na ao pescoço de um cavalo em que puxa as barras de ferro da grade da janela após Jesse espantá-lo com um dardo lançado através de uma sarabatana de dentro da cela para que ele partisse à galope. O que o direto esqueceu é que o cavalo levou a corda no pescoço e mesmo assim eles descem pela mesma corda que o cavalo levara consigo.


Há um jogo de ferraduras em que são arremessadas em um pino de ferro, tradicional no oeste em que o baixinho Chiggerr (Pasquale Nigro) usa ferraduras magnéticas para trapacear seus adversários. Uma cena curiosa que na teoria até funcionaria mas aqui, muito fantasiosa. Miséria insiste em beijar a ferradura magnética para dar sorte, e não sabendo que é magnética, ao beijá-la tem um par de seus dentes arrancados da boca.

Ao lavarem pratos em uma cozinha como forma de pagamento por sua comida, travam uma guerra de pratos e comidas bem ao estilo Hill / Spencer. O baixinho Chiggerr também mantém em suas mãos um jogo de cartas estranhas falsas aplicando golpes em todos por onde passa. Até tem um bom elenco com rostos conhecidos, um bom figurino, bom número de extras e um belo cenário.

O problema é a falta de uma história mais convincente e ideias melhores e até a edição prejudicou no geral. O ambiente em que o filme é rodado é até confortável, transmite o clima para quem assiste, mas falta a ação que nunca vêm. Nem Fidani conseguiu fazer um filme assim. A música de De Sica não é ruim. Pietro Torrisi, astro também de épicos romanos está creditado no elenco mas não se consegue identificá-lo assim com Gilberto Galimberti.


Ao planejarem usar explosivos para bloquearem a passagem da carroça com ouro no Passo do Diabo, não conseguem êxito por dependerem de um cigarro de Jesse para acenderem o estopim da dinamite que é aceso com atraso pelo tempo perdido em procurarem pelo último cigarro aceso em meio a areia do deserto.

Além de Verità que não larga o seu livro, temos o escocês Jesse, citando provérbios de seu avô em várias situações desnecessariamente. Temos Chigger contando piadas estúpidas e sem sentido com suas cartas falsas e Miséria, carrancudo e estúpido, e os quatro vagueiam juntos sempre atrás de sua próxima tentativa de fraude. O diretor ainda conseguiu introduzir ao filme um saloon com cardápio de comida italiana e outro de comida francesa e um típico garçon francês que as vezes é até engraçado.


Um filme fraco e desprovido de boas ideias, onde os truques modestos não são o suficiente para encher as lacunas da narrativa. A inconsistência dos personagens e a inadequação de ritmo é realizada com apatia. Embora seja centrada sobre as façanhas fracassadas de quatro pobre andarilhos, o filme tem um ritmo lento e a diversão não vai além de gestos e apenas alguns poucos diálogos merecem alguma atenção.

Mark Damon consegue sacar seu revólver uma única vez para fazer com que o chapéu volte para cabeça de Jesse, trazendo aquela lembrança de sua consagrada atuação como Johnny em “Ringo e suas Pistolas de Ouro” (1966 de Sergio Corbucci). As piadas prontas, não causam efeito algum no roteiro. Infelizmente temos consideráveis atores que estão praticamente desorientados no filme pela falta de criatividade e ideias do diretor.


Este sem dúvida é um dos últimos Espaghettis produzidos e um dos mais baratos já realizados.
Parece que ele tem uma história e algum tipo de roteiro, mas sem inspiração alguma pelo diretor. É estranho que depois de tantos Espaghettis produzidos, este aqui tenha sido produzido sem nenhuma inspiração, pois a impressão que fica é que o diretor não assistiu a nenhum deles.

Distribuição nos cinemas brasileiros foi feita pela Seleção Ouro na década de 70 e inédito na TV brasileira. Tenho três versões deste filme sendo uma em áudio espanhol, uma em italiano e uma em inglês e esta última possui cinco minutos a mais que as anteriores, mas que não altera em nada o conteúdo das outras.


CAPA VHS LANÇADA NA ESPANHA


Versão áudio Inglês disponível no Youtube 
Tema original disponível no Youtube
Música: Manuel De Sica

10 agosto 2016

La feldmarescialla “Rita Fugge... Lui Corre... Egli Scappa” [Trinity Vai à Guerra] Subtitle/Legenda Português ptbr.str Exclusiva


Trinity Vai à Guerra - Brasil
La feldmarescialla “Rita Fugge... Lui Corre... Egli Scappa” - Itália
The Crazy Kids of the War - USA
Die Helden der Kompanie - Alemanha
Hærens skøre Gutter - Dinamarca
La Pequeña Mariscal - Espanha
La Superjuerga - Espanha
Hurjat Sotasankarit - Finlância
La Grosse Pagaille - França

Produção Itália e França, 22 de Dezembro de 1967
Direção: Steno
Escrito: Franco Castellano e Giuseppe Moccia (Pipolo)
Música: Berto Pisano
Duração: 110 minutos para cinema e 99 minutos (video)
Fotografia: Riccardo Pallottini   
Edição: Sergio Montanari           
Produção de Design: Alberto Boccianti                
Decorador do Set: Claudio Cinini             
Produção: Edmondo Amati e Maurizio Amati
Co Production: Fida Cinematografica, Les Productions Jacques Roitfeld
Locações: Monsummano Terme, Pistoia, Tuscana, Itália


Rita Pavone - Rita
Francis Blanche - Capitão Hans Vogel
Terence Hill (Mario Girotti) - Prof. Giuliano Fineschi
Aroldo Tieri - Major Kurt von Baum
Jess Hahn - Major Bill Hocks
Michel Modo - Fritz, Assistente de Vogel
Teddy Reno - Frade Sevatino
Giampiero Littera - Michele
Antonio Anelli - Soldado Alemão
Omero Capanna - Soldado na Motocicleta
Pietro Ceccarelli - Guarda Alemão da Mercedez Benz
Giovanni Cianfriglia - Soldado Alemão
Gilberto Galimberti - Soldado Alemão Paraquedista
Veriano Ginesi - Motorista do Caminhão
Mimmo Poli - Soldado Alemão e com Claudio Trionfi 




Durante a Segunda Guerra Mundial, em plena ocupação nazista à Itália, provavelmente em Florença e no que sugere alguns cartazes no filme, em julho de 1944, os alemães abatem um avião de reconhecimento americano.
O piloto e comilão Major Bill Hocks (Jess Hahn) [O Dia da Lei] consegue escapar no último minuto
saltando de pára-quedas e aterrisando em um mosteiro a após sua queda nas dependências ele é acobertado pelos frades temporariamente para que os alemães não o capture.



Rita é a gerente e filha do proprietário de um restaurante italiano, ao conhecer o piloto americano, estará envolvendo-se em inúmeras e atrapalhadas aventuras, também na companhia do inventor, o Professor Giuliano Fineschi (Terence Hill) e agora um falso frade, o Major americano Bill, disfarçado.

O professor consegue inventar um foguete que causa chuvas e os alemães querem a todo o custo por as mãos no maravilhoso invento do professor que é protegido por Rita e o Major americano durante todo o tempo.


Uma divertida comédia aonde eles arrumarão inúmeras situações confusas nas perseguições pelos alemães, roubando carros, motocicletas, Rita disfarça-se de Hitler e até mesmo um porco é envolvido na história disfarçado de comandante da SS nazista.
Felizmente são perseguidos por um capitão antimilitarista que será a chave de suas salvações.

Um major fanático por seus carros presenteados por Himmler e Hitler.
"La feldmarescialla" como sugere o título em italiano fora exibido nos cinemas brasileiros como
"Trinity Vai a Guerra" aproveitando-se da fama mundial de Terence Hill. 


Infelizmente em algumas versões pelo mundo, o filme recebeu cortes de aproximadamente
vinte minutos, principalmente na parte em que Rita Pavone interpreta algumas músicas que
a princípio não comprometem a história do filme, mas artisticamente é prejudicado no
conteúdo cultural.

As músicas interpretadas por Rita Pavone são: "Rosamunda", "Camminando sotto la pioggia",
"Non dimenticar le mie parole", "Pippo non lo sa", "Un, due tre (se marci insieme a me)".



Uma versão completa com áudio alemão dublado sobre a versão italiana foi postada e está
Pode ser visualizada no Youtube a qual eu mesmo sem ter um bom conhecimento da língua alemã
e com a ajuda de uma versão compacta dublada em português no Brasil, consegui elaborar
uma legenda [Subtitle] para esta versão, satisfazendo assim o desejo de muitos amigos, fãs e colecionadores que me solicitaram para que eu trouxesse esse filme ao conhecimento de todos.



A imagem é bem razoável e consta com todas as músicas vocalizadas por Rita Pavone.
Espero que gostem de relembrar um filme que marcou época na década de 60, lembrando que
Terence Hill e Rita Pavone também estiveram juntos em "A Rainha do Gatilho" (Little Rita Nel West),
também de 1967.