Buckaroo, Il Winchester Che Non Perdona - Itália
Buccaroo - El Winchester Que No Perdona - Espanha
Buckaroo Ne Pardonne Pas - França
Enas Pistoli Keravnos - Grécia
Buckaroo: The Winchester Does Not Forgive - USA
Buccaroo - Galgenvögel Zwitschern Nicht - Alemanha
Produção: Itália 28 Outubro de 1967
Direção: Adelchi Bianchi
Escrito: Antonio Romano e Romano Scucciuglia
Música: Coriolano Gori (Lallo Gori)
Fotografia: Oberdan Troiani
Edição: Enzo Alabiso
Assistente de Direção: Antonio Casale
Harmônica: Franco De Gemini
Duração: 89 Minutos
Músicas "Il Buckaroo" e
“For Tomorrow I May Die” Interpretadas por Dean Reed
Harmônica: Franco De Gemini
Dean Reed - Buckaroo/Al
Monika
Brugger - Annie/Christie
Livio
Lorenzon - Lash/Lash Bogard
Ugo Sasso - Johnny McKenzie
Omero Gargano - Don Miguel Montero
Jean Louis - Fazendeiro intimidado/Xerife Sandy
Gualtiero Rispoli – Xerife Corrupto de New Tuscosa
Angela De Leo – Dançarina/Linda
Gilberto Galimberti - Capanga de Lash - Webb
Valentino Macchi – Jim Skinner
Dino Strano - Capanga de Lash - Bill
Carla Petrillo - Filha do Barman – Jady
e com Antonio Basile, Ennio Pagliani, Virgilio Ponti e
Enrico Chiappafreddo.
Este é mais um filme que relembra o cantor americano Dean Reed que virou popstar comunista no final da década de 60 até meados da década de 70.
Quando a diligência em que viajam é atacada por Don Miguel Montero (Omero Gargano) e sua gangue de mexicanos, o viajante Lash mata o seu sócio que viaja com ele, apoderando-se dos documentos que lhe dão direito a uma mina de ouro. O ataque é feito em comum acordo com Montero que fica apenas com o saque da diligência, alguns poucos dólares como é de costume.
A localização da mina fica nas imediações da cidade de New Tuscosa, próxima a fronteira mexicana onde acontece tudo. Lash ao tomar posse de sua mina roubada após cinco anos, ele tem um vizinho e fazendeiro, o velho Johnny MacKenzie que também é dono de outra mina de supõe-se ser de ouro também. Todos os trabalhadores que o velho MacKenzie contrata para trabalhar na sua mina são mortos por Lash.
Lash incomodado com o vizinho imediatamente se põe a aumentar suas intimidações sobre a vida miserável do velho que vive com sua filha em um humilde rancho.
A intenção dele e apoderar-se também da mina do velho MacKenzie até mesmo fazendo-lhe boas propostas em dinheiro. Com a resistência do velho, Lash começa piorar as suas provocações além de se tornar o mestre indiscutivelmente mais poderoso da região.
Quando a situação local está ficando intolerável com mortes inacabáveis pelo bando de Lash, surge na cidade um forasteiro que apresenta-se como Al Buckaroo, um domador de cavalos selvagens.
Chegando na cidade e comprando uma briga do Velho Johnny MacKenzie com os homens de Lash no saloon, o jovem aceita a proposta de trabalho de Johnny dizendo que veio por ter interesse em investigar as minas no local. Buckaroo e o elho MacKenzie começam a recrutar homens para trabalharem em sua mina cobrindo os pagamentos dos trabalhadores de Lash e Lash começa ver a sua mina parar de produzir por falta de pessoal e deserção e por esse motivo muitas mortes e armadilhas são feitas por Lash.
Quando seu chefe, o velho Johnny é morto em uma emboscada, ele começa a descobrir os culpados e ele tenta fazer a sua própria justiça, mas Lash une suas forças à gangue de mexicanos de Montero e agora ele terá que lutar com verdadeiro exército de bandidos. Depois de algumas reviravoltas, Buckaroo se livra de ambos Monteiro e Lash, em quem ele acaba descobrindo ser o verdadeiro assassino covarde de seu próprio pai, o homem assassinado com os documentos da mina roubados no assalto da diligência.
Com paisagens de um verde mais acentuado neste western, filmado totlamente na Itália e com algumas passagens que são bem divertidas e as canções que Dean Reed interpreta são bem envolventes e a faixa-título, "Buckaroo", no entanto é bem agradável mas há também uma faixa romântica "For Tomorrow I May Die" que diz respeito a morte de seu pai e seu amor no filme. A música é cantada por Dean Reed num acampamento noturno, com os seus amigos num clima propício e que estão prestes a ação final do filme.
Não é um filme excelente, mas agrada aos fãs do Espaghetti e de Dean Reed. Alguns momentos possuem um pouco de humor e Dean Reed não está realmente em um de seus melhores filmes Westerns talvez pela pobreza de um roteiro elaborado sem muita inspiração mas presenciamos ótimas cenas de duelos de rua, no saloon e um final que culmina em um tiroteio na cidade entre Buckaroo com a ajuda de sua namorada Christine, filha do velho MacKenzie contra os bandidos de Lash e Montero.
Livio Lorenzon como o vilão principal, sempre competente e o orçamento também parece ter sido bastante apertado. Uma história média de justiça e vingança, atores em atuações medianas, mas uma boa música. Dean Reed é mais lembrado em "Sabata Adeus", no papel do artista Ballantine.
Depois de uma carreira medíocre nos EUA, Dean Reed acabou se tornando marxista ao fazer uma turnê pela América Latina em 1961, onde seu álbum “Our Summer Romance” fez bastante sucesso.
Na época, o artista teve contato com grupos oposicionistas na Argentina, no Chile e também no Brasil e se revoltou com a pobreza no continente. A partir daí Reed fez propaganda para o comunismo e ficou sendo o americano mais conhecido nos países socialistas da Europa do leste. Foi nessa época que ele ficou conhecido pelo apelido que dá nome ao filme: o "Elvis vermelho", em uma alusão a Elvis Presley.
O filme estreou no Brasil em 29 de dezembro de 1968 e um dos cinemas foi o Art Palácio, na Avenida São João, centro de São Paulo após o fechamento de um ano trágico para a democracia no Brasil por que em 13 de Dezembro 1968, a ditadura militar havia abolido a liberdade de expressão no país e emitiu o famigerado AI-5 (Ato Institucional n. 5), que mergulhou o país em completa escuridão e atraso.
Neste ano houve uma invasão do Espaghetti Westerns e "Buckaroo" (A Winchester que não perdoa) fez considerável Sucesso, acompanhado da carreira musical de Dean Reed que neste ano também fazia sucesso. Nunca exibido na televisão brasileira.
O cantor protestou contra a guerra do Vietnã e era amigo pessoal do presidente chileno Salvador Allende e do líder palestino Yasser Arafat. Depois de se casar com uma alemã, Reed foi morar na Alemanha Oriental, onde atuou em vários filmes e foi privilegiado e usado pelo regime.
Um filme documentário polêmico do diretor Leopold Grün mostra a ascensão e queda do cantor, que acabou morrendo afogado em 1986 em circunstâncias duvidosas em um lago nas cercanias de Berlim.
O título em alemão é "Der rote Elvis" [(O Elvis Vermelho), na tradução literal] e tira o artista Dean Reed do esquecimento e que fez sucesso durante a guerra fria com músicas que exaltavam o marxismo.
O filme com áudio em inglês pode ser assistido na integra em: "https://www.youtube.com/watch?v=81PlAQ1Sr38". Mostra a trajetória inusitada do cantor, que nasceu nos Estados Unidos e se tornou um superstar nos países comunistas antes da queda da cortina de ferro.
No fim de sua vida, pouco antes do comunismo desmoronar de uma vez por todas, Dean Reed estava depressivo e tinha caído no esquecimento. O documentário inclui depoimentos de ex-políticos alemães orientais e também da deputada Isabel Allende, filha do presidente chileno morto em 1973.
O ator americano Tom Hanks e o diretor Steven Spielberg também pretendem fazer um filme sobre a vida de Dean Reed com o título “Comrade Rockstar”. No entanto a pequena produtora de filmes Totho, de Berlim, chegou à frente de Holywood. Segundo o diretor Leopold Grün, ele já pesquisa o assunto desde 2002. A carreira do cantor também é contada em um livro cujo título traz o que muita gente pensa sobre a vida do artista: “A estória muito estranha de Dean Reed”.
Nunca assisti este Edelzio. Não posso opinar nesse caso.
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