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22 novembro 2011

Corre Homem, Corre


Corri Uomo, Corri
“Run Man, Run! - USA”
Produção 1968 – Itália e França
Direção: Sergio Sollima
Música: Bruno Nicolai e Ennio Morricone
Duração: 115 / 120 / 101 Minutos
Fotografia: Guglielmo Mancori
Escrito: Pompeu de Angelis e Sergio Sollima
Produção: Aldo Mancori, Anna Maria Chreitien e Aldo Pomilia
Edição: Tatiana Casini Morigi
Direção de Arte: Francesco Cuppini

Tomas Milian – Manuel Sanchez/Cuchillo
Donald O´brien – Nathaniel Cassidy
John Ireland - Santillana
Linda Veras – Penny Bannington
Chelo Alonso - Dolores
José Torres - Ramirez
Marco Gugielmi – Coronel Michel Sérvigny
Luciano rossi (Edwin G. Rossi) - Jean-Paul
Nello Pazzafini - Rizza
Gianni Rizzo - Prefeito
Dante Maggio(Dan May) - Mateo Gonzalez
Umberto di Grazia
Noè Muraiama - Pablo
Attilio Dottésio – Maneul Etchevaria
Orso Maria Guerrini - Raul
Fredercio Boido (ick Boyd) – Steve Wilkins
Calisto Calisti – Fernando Lopez
Osiride Pevarello – Blacksmith de Burton City
Goffredo Unger - Arthur/ Xerife de Burton City
José Marco – José Ramirez/Morto por Cassidy
Ricardo Palacios – Oficial Mexicano com Dinamite
Pietro Tordi – Sargento na cadeia mexicana

Terceiro filme da trilogia de Sergio Sollima, editado anteriormente como “Un Uomo e un Coltello”.
Depois de grande sucesso de “O Dia da Desforra”, Sollima afastado por dois anos, retorna com o personagem Cucchillo, novamente perseguido e acompanhado de um poeta revolucionário “Ramirez”.
Esta é outra obra do Spaghetti Western, na verdade, uma sequencia de The Big Gundown (O Dia da Desforra -1966), do mesmo diretor e praticamente do mesmo time de estrelas.
Sollima disse em uma entrevista que sentiu a força no personagem "Cuchillo” e que mereceria ter um tipo de continuação (O Caçador de recompensas Lee Van Cleef) foi digno de participar da criação de Cuchillo. O segundo foi “Face a Face - 1967”.
Neste, vemos o ator cubano Tomas Milian "Cuchillo" (quem Sollima admite ter sido inspirado pelo papel de Toshiro Mifune em “Os sete samurais de Akira Kurosawa” de 1954).
Um pobre “Peon” mexicano que é perseguido por um caçador de recompensas americano; Uma dupla de mercenários franceses; Sua amada mexicana extremamente zelosa e mal-humorada; Uma horda de bandidos revolucionários mexicanos liderados por Santillana (John Ireland) que tem uma atuação tímida durante dois minutos neste filme.
Há também a atenção a outra bela mulher, uma oficial do Exército da salvação muito ganânciosa! Tudo isso tende a fazer este filme inferior ao primeiro em virtude das ações não se articularem entre si como percebido no primeiro filme. Todos estão em busca de 3 milhões de dólares. Longo de mais, pouca finalidade e cansativo com pouca ação habitual necessária para um verdadeiro clássico do Western Spaghetti, mas os diálogos são bons e a abertura política que abrange a obra assegura um trabalho memorável de seus realizadores para a época.
A comédia, também, é mais acentuada do que em The Big Gundown.
O personagem de Milian foi para Sollima o que Clint Eastwood fora para Sergio Leone e sempre permanecerá na memória de quem foi ao cinema da década de 60. Um personagem diferente assim como em “Face a face” (Face to Face de 1967), também dirigido por Sollima e Django, Kill! (Django vem para matar de 1967) aparentemente todas as interpretações destes filmes baseiam-se em "Cuchillo”.

“Corre Homem Corre” trás ainda uma aliança instável entre o México e um ex-xerife americano interpretado desta vez por Donald O´Brien, coincidentemente uma mistura de Lee Van Cleef de The Gundown (O grande duelo) e William Berger de Face a Face. Até mesmo o duelo final da dupla não surpreende muito em virtude dos personagens adversários serem poucos reprenstativos na questão vingança-acerto-de-contas se compararmos ao filme anterior.
Estes elementos não dão muito impacto respeitando a opinião do diretor que evitou em fazer uma cópia do primeiro Cuchillo sem perder a classe. Além disso, depois de uma hora e meia, o filme chega ao seu final não resolvido, ou seja o ouro ficou sem dono; Sollima, no entanto, achou que seria o final certo para o filme!

Outro ponto forte do filme é a música de Ennio Morricone conduzida aqui por Bruno Nicolai. O tema inicial é interpretado pelo próprio Tomas Milian e o tema final pelo cantor americano Peter Boom. Músicas memoráveis. Infelizmente todo o trabalho de Tomas Milian feito na Europa não teve reconhecimento nenhum pelos produtores de Hollywood como ele mesmo revelou em entrevista em um documentário em um DVD mas está deixando um legado de suas atuações memoráveis de uma década.

7 comentários:

  1. Bela trilogia de Sollima. Gosto de todos sem excepção. Este talvez seja o mais fraco mas tomaram muitos chegar-lhe aos calcanhares.


    --
    Pedro Pereira

    http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
    http://auto-cadaver.posterous.com

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  2. Sergio Sollima deixou duas grandes obras que marcaram a lista do top 10 do Eurowestern: LA RESA DEI CONTI e FACCIA A FACCIA. E embora CORRI UOMO, CORRI seja um filme menor, com relação a esses, é ainda uma obra de valor excepcional, se comparada a muitos outros lançamentos do mesmo período. Leone, Sollima e Corbucci formaram uma trinca incomparável de 'Sergios' na Itália.

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  3. A trilha sonora deste é tão boa quanto ao do "Dia da Desforra" acho que até melhor.
    Este filme contem em sua trilha sonora 32 faixas em versão extendida contra 24 também extendida de "O Dia da Desforra" também ultrapassando as 31 faixas extendidas de "Face a Face".
    Acrescento ainda que se um filme não vai tão bem em seu resultado de mídia, o seu disco tambem pega carona.
    Esta trilogia musical de Sollima-Morricone-Nicolai é tão boa quanto a trilogia de Leone-Morricone-Nicolai.
    Infinitos acordes deliciosos ao ouvido sensível a uma boa qualidade muical bem observados pelo amigo e também músico Cayman Moreyra.

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  4. Caro mestre, E. Sanches
    Mais uma e justa merecida referência ao excelente e irreverente, Tomas Milian, um dos melhores atores do faroeste Italiano. Para mim, muito injustiçado, não vejo grande divulgação dos seus excelentes filmes. Esteve até no Brasil, filmando o cangaceiro(rebelião dos brutos), com Eduardo Fajardo.
    Talvez, se não fosse parceiro do Lee Van Cleff, no filme, o Dia da Desforra, falariam menos ainda dele. Em todos as suas atuações, foi espetacular e inesquecível.
    Mais uma vez parabéns. Creio que tenha mais, muito mais para divulgar.
    Joailton

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  5. Gostei quando assisti "Os quatro do Apocalipse"
    quando ele fez o papel de "Chaco" um bandido
    sanguinário, estrupador e abominável.
    Que é executado ano final por Fabio Testi.
    Uma outra grande interpretação no Spaghetti Western.
    Ele merece.

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  6. O Imdb esqueceu de mencionar o nome de Esmeralda Barros no elenco.Ela é que banha os pés do general interpretado por John Ireland.Está de saia amarela.Marcos Maurício(grande BH).

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  7. O Joailton está totalmente correto. Nunca em minha vida ouvi um meio de comunicação citar o nome de Tomas Millian, ou referir-se a uma interpretação sua em um filme. Um ator de grande versatilidade,que faz drama e comédia ao mesmo tempo e que conseguiu encarnar ao longo da carreira personagens fortes, profundas e carismáticas.É realmente algo triste constatar tal indiferença com tamanho talento.Mas se fosse de Hollywood... bem deixa pra lá. Estou preparando um comentário para "Corri uomo, corri", abordando um pouco do contexto histórico. Valeu turma e vamos muchachos, disparem.

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