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12 setembro 2011

O Matador de Aluguel - "Killer Calibre 32" - Especial Brasil

Killer Calibro 32
“32 Caliber Killer - USA”
Produção: Itália 1967
Direção: Al Bradley (Alfonso Brescia)
Música: Robby Poitevin
Duração: 90 minutos
Fotografia: Bob Roberts
História: Lorenzo Gicca Palli Produção Explorer Film ‘58
Distribuição Original Brasil VHS: Cineart
Century Vídeo/Poderosa Filmes

Peter Lee Lawrence - Silver
Hélène Chanel (Sherill Morgan) – Doll/Doly
Agnès Spaak - Beth
Cole Kitosch (Alberto Dell´Acqua) - Spot
Jenny Slade (Lucy Skay) - Janet
Andrew Bosich (Andrea Bosic) - Averel
Mirko Ellis – Xerife Bear
Max Dean (Max Dan) - Jud
John Barth - Parker
Robert Stevenson – Jovem na carroça
Red Carter (Nello Pazzafini) - Fitch
Stephen Wilde – Velho homem do saloon
Mike Bolt (Michael Bolt) - Carruthers
Gregory West - Ramirez
Joseph Holls - Doctor
Giovanni Ivan Scratuglia - Jogador de Pôker
Silvio Bagolini e Claudio Ruffini

Onde você estava em Abril de 1967 quando este filme foi lançado?
"Killer Calibro 32" de Alfonso Brescia é discreto e simpático, embora não seja excepcionalmente um deslumbrante Spaghetti Western, pois não consegue deixar o espectador perder a atenção da história.

Não consegue ficar chato por um minuto e não deve ser desprezado pelos fãs do gênero. O filme não tem inovação nenhuma, ou muita imaginação, mas é uma boa história de um anti-herói, um assassino de aluguel, que nesse caso, é dirigido magistralmente, embora o filme não seja nenhuma obra-prima do western italiano.
Este sempre foi um filme que nunca saiu da prateleira da locadora. Sempre trazendo satisfação em ver Peter Lee Lawrence com seu rosto de criança empondo a justiça contra os mal feitores nas cidadezinhas indefesas do Velho Oeste. É um pistoleiro assassino cheio de estilo contratado para limpar uma região infestada de bandidos.

Dirigido por Alfonso Brescia, um diretor que chegou a fazer mais de cinquenta filmes, Peter Lee Lawrence é um pistoleiro “Matador de Aluguel” como no título que trabalha sob encomenda e seu preço não é variável. É sempre 1.000 dólares por cabeça, independente de quem for desde que seja um bandido. Suas balas de prata são especialmente usadas para esse fim.

É um personagem de nobre requinte de quem os seus inimigos jamais suspeitariam de sua frieza. É loiro de olhos azuis e trata mesmo seus inimigos com muita classe e orgulhosamente diz que só mata as pessoas que merecem morrer. Exige que o chamem de Sr. Silver e não somente de Silver.

Seu plano é simples, mas arriscado, ele finge ser bandido para despertar o interesse e a atenção deles. Para cumprir sua missão ele tem que colocar sua própria vida em risco.

Na primeira cena do filme, Silver começa mandando para o inferno um sádico coronel explorador de um garimpo que trata seus empregados mexicanos como escravos. Em uma noite de azar, Silver acaba matando um jogador trapaceiro durante uma partida de pôker e vai parar na cadeia mas sempre alegando a legítima defesa, acaba sempre livre pela justiça , pois só saca sua arma após seu desafiante.

Depois de fazer um trabalho em uma pequena cidade, Silver é contratado pelos donos de um banco local para capturar o bando dos sete ladrões mascarados que assaltaram a diligência e levaram o dinheiro do banco de Carson City.

Uma gangue de bandidos que roubam constantemente as diligências, e que em sua última incursão matou todos os passageiros.
Em meio a seus clientes, os pobres trabalhadores mexicanos também querem que ele se livre de sádico latifundiário que vem escravizando-os; Um dono de saloon que precisa dele para matar um bandido brutal.

A bela Hélène Chanel, que interpreta "Dolly" a filha de uma vítima assassinada, também oferece um desempenho agradável que provocara certas insinuações por Silver.
O elenco, além disso, conta com Alberto Dell'Acqua, a quem os fãs Spaghetti Western lembram bem quando interpretou o irmão mais novo de Franco Nero em “Texas Addio” de Ferdinando Baldi de 1966.

Ao assistir pela primeira vez Killer Calibre 32, não tive tanta certeza de que Peter Lee Lawrence era o ator certo para desempenhar o papel de Silver (O Assassino de Contrato), uma vez que era ainda muito jovem (20 anos), no entanto, se saiu muito bem neste papel, e depois de ver o filme mudei minha opinião.

Aqui em seu terceiro filme rodado logo depois de “Por uns Dólares a mais” com o qual deve ter aprendido muito trabalhando tão pouco tempo com Leone.
Em “Killer” Os demais atores ajudaram com suas performances peculiares a tornar o filme dignos de suas menções. O que realmente gostei sobre “Killer” é o fato de Silver ser mesmo um anti-herói do começo ao fim, o seu olhar mostra isso, não dando preferencias e facilitações a quem quer que seja, mesmo feridos e caídos ninguém tem perdão.

A trilha sonora de Robby Poitevin também é muito boa, mais uma vez nos identificamos com músicas especiais e marcantes.
"Killer Calibre 32" é um Spaghetti consistente e divertido com uma boa dosagem de violência, nada espetacular, mas certamente um filme que os fãs do gênero sempre estarão tirando da prateleira pra dar uma relembrada.

Porque o ator Peter Lee Lawrence fez tão poucos filmes em sua carreira e, apesar de seu talento nato, não chegou ao completo estrelato, como muitos de seus colegas Anthony Steffen, Giuliano Gemma, Terence Hill, Franco Nero e outros contemporâneos seus? Falta de talento? Longe disso. Lawrence era um dos mais queridos rostos entre pistoleiros e foras-da-lei que o cinema europeu já produziu.


Peter Lee Lawrence era, na verdade alemão, nascido em 21 de fevereiro de 1945 na ilha Lindau, na região de Bodensee na Alemanha. Seu verdadeiro nome era Karl Hirenbach e começou bem no cinema no filme “Por uns dólares a mais” (1965) dirigido pelo respeitadíssimo Sergio Leone, diretor de clássicos como “Era uma Vez no Oeste e Era uma vez na América” entre outros.

Mesmo não tendo seu nome creditado, chamou a atenção por sua beleza natural que aparentava um tanto melancólica. Era loiro, feições que misturavam personalidades do rebelde ao carente no que facilitava aos diretores de incluírem-no em diversos personagens e em diversos papeis.

Sua carreira foi curta durante somente os nove anos em que trabalhou nos Westerns. Seus últimos trabalhos foram “Giorni d´amore sul filo di una lama” (1973), onde atuou com a atriz alemã Erica Blanc, com quem fez diversos filmes. No filme de terror “Bacio di una Morta” (1974) e no mesmo ano, sua aparição final em “Los Caballeros dei Botón de Ancla”.

Sua morte precoce ocorreu no dia 19 de abril de 1974, oficialmente por suicídio. Uma das teorias sobre sua morte diz que Lawrence teria tirado a própria vida, devido a um tumor no cérebro que ele já descobrira há algum tempo. Lawrence era casado com a atriz Crsitina Galbo, ultimamente professora de dança flamenca em universidades da Califórnia. Presto aqui minha homenagem a este grande ator que nos deixou grandes filmes em sua carreira e sempre será lembrado por seus fãs.








Disponível Youtube Áudio Porutugês

13 comentários:

  1. Assisti a alguns minutos da versão dobrada em português br deste filme e não pude deixar de reparar que a trilha sonora utilizada não é a original. Salvo erro era uma da trilogia dos dólares de Morricone. Confirmas Edelzio?

    Também escrevi uma resenha deste filme no Por um punhado de euros:

    http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2011/08/killer-calibro-32-1967-realizador.html

    --
    Pedro Pereira

    http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
    http://auto-cadaver.posterous.com
    http://filmesdemerda.tumblr.com

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  2. Peter [Arizona Kid] Lee Lawrence foi um dos meus primeiros ídolos do Eurowestern. Sua morte trágica me deixou muito triste. Os personagens que ele encarnou no western eram trágicos em sua maioria, assim como seu destino. Uma saudade imensa surgiu em mim com essa postagem.

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  3. Sempre gostei dele nos westerns e sempre tive vontade de prestar-lhe uma homengaem.
    Seu nome não figura muito entre a mídia quanto a outros atores como mencionado na postagem, mas sem dúvida ajudou a escrever a história do Euro-Western.
    Acho que todos vão gostar.
    Valeu Cayman

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  4. Comentário Via E-mail de Aprígio/História
    Feira de Santana - Velha Bahia - Brasil

    Ok Edelzio,
    Eu li a biografia do Anthony Steffen elaborada por você em três partes. A grande maioria dos brasileiros não sabem que um ator brasileiro foi um grande astro dos bang bang's italianos. Por que a Globo nunca levou ao ar um matéria sobre o assunto? Se fosse um ator que tivesse ido para Hollywood e ficasse famoso mundialmente aí ela iria comentar e idolatrar quase todos os dias; Como foi o caso de Carmem Miranda. A ideologia pró cultura americana pela Globo é realmente forte, chegando ao cúmulo de patrocinar a desinformação. A ideologia "A América para os americanos" foi também perversa e estrategicamente injetada na cultura do cinema como um ópio que lava os cerébros e elimina toda iniciativa para o senso crítico, de escolha. E todos repetem drogados: "Hollywood, Hollywood. É americano, é americano... Os americanos são isso, são aquilo e blá, blá ,blá.
    Quando a gente assistindo um western italiano diz para alguém que está ao nosso lado: "Este filme foi feito em Cinecittá, na Itália", ela nos olha incrédula, como se tivéssemos dito uma heresia, ou estivéssemos viajando na maionese. Cine o quê? Cinecit e tá? Como é mesmo? Mas, mas cinema é de Hollywood, não? E aí é preciso exercitarmos toda nossa santa paciência para contar toda a história.Pior ainda são os detratores doutrinados convictos da superioridade do grande império.
    Ok, amigo, até mais. Depois conto outra.

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  5. Vou ainda mais longe!!
    Se formos ver os filmes produzidos na Brasil como por exemplo os "Mazzaropis" no Estúdio "Vera Cruz" que era do lado da minha casa em São Bernardo do Campo, não ficam nada atrás das séries dos anos 50 feitas nos Estudios da RKO Pictures Americana.
    Fico imaginando como era difícil produzir filmes como Mazzaropi fez com aqueles recursos.
    Como você lembrou, Cinecità, De Paolis, Balcazar Estudios e muitos outros pequenos que surgiram na época se perderam no tempo assim como o nosso Vera Cruz, mas os espanhóis ainda conseguiram preservar este que é em Almería e agora se tornou um centro de convenções e turismo mundial.

    Mini Biografia de Anthony Steffen
    http://bangbangitaliana.blogspot.com/search/label/Anthony%20Steffen
    Biografia de Anthony Steffen por Daniel Camargo & Rodrigo Pereira
    http://www.colombo.com.br/produto/Livros/Anthony-Steffen

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  6. Mensagem via E-mail: lula-carvalho
    Olá Edezio... E voces fãs, o que achariam disto? Seria uma boa, os americanos ainda continuam a produzir filmes, uma vez eu li em uma entrevista com o ator Giuliano Gemma e ele disse que a Itália precisaria de muita coragem e ideias. Uma vez conversando com um amigo meu, ele falou que foi a mafia italiana que prejudicou o estudio da Cinecittà em Roma que fazia parceria com os Estudios de Madrí.
    Será?

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  7. Se a máfia prejudicou ou não o cinema italiano eu não tenho nenhuma fonte sobre isso. Pode até tido muita influência mesmo nesse aspecto, como teve em outras atividades da economia da Itália, prejudicando muito esse grande e heróico país. De fato o cinema italiano atual não parece despertar muito interesse, quando nos referimos a ele sempre estamos a relembrar grandes obras do passado.Mas fica muito difícil avaliar as obras cinematográfica atuais dele, já que as distribuidoras do Brasil não exibe mais seus filmes nos cinemas daqui.As resenhas e artigos de filmes italianos que ocupavam grande espaço nas revistas brasileiras de cinema nas décadas de 70 e 80, principalmente, desapareceram. Quando Giuliano Gemma fala em coragem eu consifo inferir que ele esteja se referindo às condições de produção, financiamento no caso, já que com a atual crise do euro, quem tem capital está procurando se proteger em outro setores menos arriscados; e tambem porque o mercado europeu é dominado pelos blockbusters americanos. Quanto ao aspecto das idéias acho que não é o caso como frisou Gemma. Idéias o italiano tem muitas e muitos diretores bons continuam a aparecer por lá; o problema mesmo é a disponibilidade de capital e a concorrência não muito leal do cinema americano.

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  8. A viúva de Peter Lee Lawrence, Cristina Galbo, desmente a versão de suicídio e dá como causa de sua morte um violento tumor cerebral.

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  9. Tem razão!
    Também li isso e acredito nesta versão.

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  10. Gosto muito dos filme com o Lawrence, se estivesse vivo tinha completado 70 anos recentemente dia 21 de fevereiro de 2014, foi um ator Alemão. o Lawrence era muito distinto Edelzio nos seus filmes parece que ele sabia que Deus tinha algo maravilhoso reservado pra ele. esse filme postado é muito bom tenho ele, o tema Amiga Colt cantada pelo Graf ótima. outro filme Edelzio com ele muito ótimo Killer Adios ele faz uma investigação espetacular sobre assassinatos misteriosos por um raro rifle, grande história do diretor Primo Zeglio.

    Luiz Carvalho

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  11. Gosto muito desta trama de Al Bradley.
    Achei uma postagem boa no Youtube.

    https://www.youtube.com/watch?v=8WLqhODDmPM

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  12. NÃO É AQUELE FILME CANSASATÍVO MAS MEXE COM NOSSA IMAGINAÇÃO INVESTIGAVA.O PERSONAGEM PRINCIPAL É FRÍO E INTELIGENTE.NOTA 10

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  13. Realmente Francisco Paulo da Silva.
    Grato pela participação e será sempre bem-vindo com seus comentários enriquecendo ainda mais as postagens.
    Grande Abraço.

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