Após 42 anos de existencia, volta "Em Cartaz" nas salas dos cinemas brasileiros no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília na Mostra de Cinema Western Spaghetti com parcerias do Centro Cultural Banco do Brasil, Instituto de Cultura Italiano do Rio de Janeiro, Instituto Italiano de Cultura de São Paulo e Segunda-feira Produções sob a Produção Executiva e Curadoria de Alexandre Sivolella. Orgulhosamente revivendo momentos memoráveis do cinema em sua sala original de exibição merecidamente.
O Bang Bang Italiana Blogspot presta esta homenagem aos realizadores deste evento.
“C´era una volta il west”
"There Was Once the West - USA"
Produção Itália / Espanha / EUA – 1968
Direção: Sergio Leone (1929-1989)
Duração: 190 min. (Original) 144 min. (Cinema) 159 min.(TV).
Música: Addio a Cheyenne - Ennio Morricone - Start Player N.13 deste Blog
Fotografia: Tonino Delli Colli
Co-Produção Rafran Productions – San Marco (Roma) - Paramount (Hollywood))
Prdutor: Fúlvio Morsella
Roteiro: Sergio Donati
Editor: Nino Baragli
História: Dario Argento – Bernardo Bertolucci e Sergio Leone
Custo: 5 Milhões de dólares
Distribuição no Brasil: Parbr – CIC
Elenco:
Henry Fonda (1905-82)- Frank
Claudia Cardinale (15-04-1938)– Jill McBain
Jason Robards (1922-2000)– Manuel “Cheyene” Gutierrez
Charles Bronson (1921-2003) - Harmonica
Gabriele Ferzetti – Mr. Morton (Barão da Ferrovia)
Paolo Stoppa - Sam
Woody Strode (1914-1994)- Stony – Membro do Bando de Frank (Estação de Trem)
Jack Elam (1920-2003)– Snake –Membro do Bando de Frank (Estação de Trem)
Al Mulock (1926-1968)- Knuckles – Membro do bando de Frank (Estação de Trem)Aldo Berti (Jogando Poker), Spartaco Conversi, Michael Harvey, Antonio Molino Rojo, Benito Stefanelli, Fabio Testi, Frank Braña, Claudio Scarchilli – “Pistoleiros do Bando de Frank”
Keenan Wynn – Xerife de Flagstone
Frank Wolff – Brett McBain
Simonetta Santaniello - Maureen McBain
Enzo Santaniello – Timmy McBain
Marcos Zuanelli - Wobbles
Linonel Stander (1908-1994)- Taverneiro
Luigi Ciavarro – Assistente do Xerife
John Frederick - Jim
Aldo Sambrell (1931-2010), Salvatore Basile – “Pistoleiros de Cheyene”
Claudio Mancini – Irmão de Harmônica
Luana Strode – Índia Squaw
Tullio Palmieri - Carpinteiro
Rentao Pinciroli - Leiloeiro
Riccardo Palacios (1940)- EngenheiroDino Mele – No enforcamento do irmão de Harmônica
Robert Spattord, Bill Crawley – Trabalhadores da Ferrôvia
Francesca Leone e Raffaella Leone – Garotas da Estação de Flagstone
Livio Andronico, Marilu Cartnev, Bruno Corazzari, Paolo Figlia, Stefano Imparato, Frank Leslie, Luigi Magnani, Umberto Morsella, Enrico Morsella, Sandra Salvatori, Conrrado San Martin, Giovanni Ivan Scratuglia e Dino Zamboni.Outra prova de Sergio Leone, o cineasta italiano que conseguiu fazer westerns tão bons quanto aos produtores americanos. Claudia Cardinale é uma prostituta de Nova Orleans que, ao voltar para casa, encontra o marido e filhos massacrados. Alem disso sofre a ameaça dos donos de uma estrada de Ferro que deverá passar pelo local. Com a ajuda de dois pistoleiros (Bronson e Robarts), ela tenta encontrar os assassinos da família.
Violência e humor pra ninguém botar defeito. Segundo Leone este filme é “Um balé da morte” em que todos os personagens sabem no começo, que poderão não chegar vivos até a cena final. Ele tentou capturar o que seria através de uma história bem convencional, a vida na América dos pioneiros na conquista do Oeste. O filme seguinte do diretor Leone, depois da trilogia de Western Spaghetti (Definido por ele) “Por um Punhado de Dólares -1964)”, “Por uns Dólares a Mais -1965” e “Três Homens em Conflito – 1967”. Com um custo total de 5 milhões de dólares, o filme foi rodado no Arizona e Utah nos Estados Unidos, em Guadix na Espanha e nos estúdios de Cinecittà em Roma na Itália. O Canion americano tinha que aparecer em alguma cena para justificar a América. A metragem total é de 190 minutos. A versão original nos Estados Unidos foi de 165 minutos e no Brasil com 144 minutos tendo 46 minutos de corte, e assim o público não conheceu por exemplo a cena do encontro inicial entre Frank e Morton (Gabriele Ferzetti) quando os dois combinam o massacre de Cheyene, bem como diversas passagens desenroladas nas reservas indígenas de Utah. A versão para a TV ficou com 159 minutos.
Como sempre Leone usou toda sua criatividade; Movimentos de câmeras originais (O Travelling como foi criado e batizado por ele) que por exemplo ficou marcado em uma cena de “Traveling Vertical” em que é mostrado a câmera viajando por cima do telhado da Estação de Trem terminando em uma panorâmica da evolução da cidade. As músicas envolventes com muito estilo por Morricone que dispensam comentários.
Leone faz ainda homenagem a atores europeus que atuaram em dezenas de Westerns Spaghetti de pouco sucesso e trouxe alguns deles para se consagrarem neste filme como Aldo Sambrell, Spartaco Conversi, Frank Wolff, Frank Braña, Lionel Stander, Fabio Testi e outros com humilde participação que aparecem nos créditos e ajudaram a fazer deste filme um clássico. Pouca gente sabe mas Leone, com os ensinamentos que aprendeu com John Ford fez um estágio na Biblioteca Nacional de Washington e realizou pesquisas nos arquivos da America Railways (Ferrovia) para se aprimorar nos detalhes.
Violento e realista, personagens sem a mínima moral, o filme traz uma das raras aparições de “Fonda” como o vilão, fascínora e mercenário homenageando o Clássico western de Nicholas Ray, “Johnny Guitar” e Charles Bronson quase sempre em trajes de vilão, surge como um forasteiro amistoso e simpático.Leone disse ter aversão a violência: “Creio que há uma importante lição nos faroestes realistas; quando alguém recebe um tiro, fica realmente coberto de sangue. Não se pode mostrar apenas aquele furinho antiséptico da bala na camisa. E quando é baleado, ele morre. Há portanto alguma coisa que deve apavorar, e eu devo transmitir aos outros o medo que tenho da violência... O western é uma forma de libertação do meu complexo de medo”. Um episódio muito triste foi o suicídio de Al Mulock saltando de uma janela em um hotel local em Guadix. Ironicamente ligado ao pensamento de Leone sobre o medo da morte, saltou para a morte vestindo as roupas que estava usando neste que seria seu último filme.Curiosamente há ainda a participação no roteiro Dario Argento nada mais nada menos do que Bernardo Bertolucci, o favorito ao prêmio Oscar 88 pelo “O último Imperador Da China”. Mesmo prejudicado pela metragem reduzida (que tira o sentido de algumas sequencias e referências de personagens e pelos enquadramentos perdidos na pequena tela da TV), é indispensável para qualquer público. Exibido pela primeira vez na TV (Globo) brasileira em 1985. Um filme mundialmente famoso que orgulhosamente voltou em cartaz no Brasil prestando homenagem a este genero cinematográfico que continua cada vez mais vivo no mundo inteiro.
BRAVO
ResponderExcluirAssisti a este grande Western pela primeira vez na pequena cidade de Passa-Tempo (MG), em
ResponderExcluir1971. Eu tinha apenas 11 anos e até hoje fico querendo entender como consegui entrar pra ver tal filme, uma vez que era proibido para menores de 16 anos.
Mas, falando do genial trabalho de Ennio Morricone; certa vez ele deu uma entrevista para a revista Studio (85), indagaram o motivo de ele usar tanto a "voz" em seus diversos trabalhos para o cinema, e no que ele respondeu categoricamente: "a voz do homem é o instrumento mais bonito, o mais perfeito, porque vem das profundezas de nosso corpo, é um pouco do rumor de um corpo, é mesmo o som arrancado da vida. Com a voz, não existe a mediação do instrumento, é o som diretamente enraizado nas nossas entranhas". Tudo isso revela minha admiração pessoal por este grande compositor italiano e, minha paixão pelo Western Spaghetti. Morricone esteve no Brasil, pela primeira vez em 2007, no mesmo ano que fôra reconhecido definitivamente pela poderosa Academia de Hollywood, neste caso, homenageado com um Oscar Honorário, que recebeu das mãos de outro grande cara: Clint Eastwood.
Morricone, nesta época, já tinha 48 de dedicação à Sétima-Arte, logo que recebeu o Oscar, foi convidado para vir em São Paulo. Lamento o fato de não ter podido estar lá para conhecê-lo pessoalmente; uma vez que o valor do ingresso era exorbitante (coisa de Brasil); parece até que os ingressos foram restritos a elite brasileira. Com todas as vicissitudes da vida, digo que a música de Ennio Morricone ainda mora em meu coração.
Marcos Maurício Mendes
Ibirité (Minas Gerais) - Brasil.
OBRIGADO
Curiosidade: Assistindo a um episódio da série:"OS INTOCÁVEIS",com Robert Stack,identifiquei Jack Elam(Paul Maldyn)e Frank Wolff(Tony Rio)no episódio:Selva Urbana/Syndicate Sanctuary(1960).Episódio da primeira temporada-Volume 1.direção de Paul Harrison.A série policial OS INTOCÁVEIS, foi uma das melhores séries já exibidas no Brasil.
ResponderExcluirUma pergunta: existe editada a metragem original com 190 min em algum lugar. As cenas cortadas nos 46 min existem em alguma parte de Cinecitá ou em alguma cinemateca, como a de Bologna? Se existe a metragem integral porque não lançam para colecionadores?
ResponderExcluirREPITO A PERGUNTA ACIMA, E GOSTARIA DE UMA RESPOSTA: Uma pergunta: existe editada a metragem original com 190 min em algum lugar. As cenas cortadas nos 46 min existem em alguma parte de Cinecitá ou em alguma cinemateca, como a de Bologna? Se existe a metragem integral porque não lançam para colecionadores?
ResponderExcluirComprei um DVD duplo, anos atrás, pensando estar comprando a versão original, sem cortes. Ma que nada!
Também desconheço essa cópia e foi divulgada aqui justamente pra saber se alguém manisfestaria o interesse em informar.
ExcluirEssa informação foi divulgada em uma reportagem da Folha do São Paulo nos anos 80.
Se conseguir alguma informção por favor me avise.
Obrigado
ExcluirFalou amigão. Forte abraço. Continuaremos investigando.
ResponderExcluirFalou amigão. Forte abraço. Continuaremos investigando.
ResponderExcluirUM HUMILDE TRIBUTO A UM GÊNIO DO CINEMA
ResponderExcluirUm dia foste enviado para nos surpreender
Com o teu jeito ousado e sutil de manipular
Manipular nossa imaginação, divertir e comover
A semear Imagens em nossa monótona alma
Encher de espaços cheios o nosso pensamento
Achar nosso espaço-tempo num momento
Adentrar nossas mentes, inventar diálogos
Ação eterna de nos projetar, rápido, lento
Em planos angulosos, fugidios, tensos,largos
Transportar para outros planos instáveis, suspensos
Cores em luxúria a transbordar da louca tela
Pintando em nossa almaTransgressora aquarela
E teu rosto imenso, enigmático a nos envolver com calma
E teus olhos em lente, brincalhões a nos hipnotizar
Ah!Que Deus te inventou, brincalhão inventor?
Hoje deve estar a correr, a brincar
A querer descobrir novos segredos nos corredores de cinecittá
Muito bom, parabéns amigão.
ResponderExcluirPalavras de quem tem amor e reconhecimento a tudo qu ele criou.