Em Torno Dele Rondava A Morte - Brasil
...E Intorno A Lui Fu Morte - Itália
Pagó Cara Su Muerte - Espanha
Autour De Lui Que Des Cadavres - França
Tierra Brava - Grécia e USA
Death Knows No Time - USA
Produção: Espanha e Itália 5 de Março de 1969
Direção: León Klimovsky
Escrito: Miguel Cussó, Odoardo Fiory e Eduardo Manzanos
Brochero
Produtor: Eduardo Manzanos Brochero e Luigi Mondello
Duração: 99 minutos
Música: Carlo Savina e “I Cantori Moderni di Alessandroni”
Harmônica: Franco de Gemini
Fotografia: Emilio Foriscot
Edição: Antonio Gimeno
Decoração do Set: José Luis Galicia e Jaime Pérez Cubero
Diretor Assistente: José Ulloa
Locações: Colmenar, Madrid, Espanha
Co Produção: Estela Films [Madri] e Nike Cinematografica
[Roma]
Guglielmo Spoletini (William Bogart) - Martín "Lupo" Rojas
Wayde Preston - Xerife Federal Johnny Silver
Agnès Spaak - Mary Andrea/Sra. Rojas
Eduardo Fajardo - Trevor
Pilar Cansino - Sra. Stacy/Mãe adotiva de Juan
Sydney Chaplin - Red Stacy
Fabrizio Mondello - Juan
Fernando Sánchez Polack - Andrés Carranza "Yuma"
Miguel del Castillo - Diretor do Banco
Ángel Menéndez - Juiz
Alfonso de la Vega - Marlon/Chefe dos bandoleiros
e com Luis de Tejada, Manuel Tejada, Alberto Gadea, Jaime de Pedro e Juan Fairen.
O xerife Federal Johnny Silver de passagem por um pequeno rancho pergunta ao velho fazendeiro se havia passado alguém pelo local e o velho responde que sim, enterrando dois corpos em duas sepulturas e complementa: Ele acabou de passar por aqui e fez isso.
Seguindo em frente, o xerife aproxima-se da cidade de “Quemados”, ouvindo tiros e ao chegar depara-se com cadáveres espalhados pelas ruas e pelo saloon. Ele está à procura de um foragido mexicano e adivinha quem acaba de deixar o local? Ele mesmo, o seu foragido, Martin Rojas.
Este é o início da história que seria contada ao xerife Johnny Silver por um dos amigos e comparsas de Martin Rojas que após o tiroteio foi ferido e capturado. É Yuma, o braço direito de Rojas. Para esse desfecho, Yuma narra ao xerife o que aconteceu para que seu amigo Martin chegasse a esse massacre.
Martin Rojas foi atacado por um grupo de bandoleiros que trabalham para fazendeiros ricos e o capataz é Marlon (Alfonso de la Vega), rosto conhecido dos maldosos do Espaghetti. Ele tem sua casa incendiada pelos homens de Marlon, junto com outros camponeses mexicanos e são forçados a se defender e com essa reação, matam estes bandoleiros.
Com toda a violência e para defenderem suas famílias, eles são forçados a abandonar as suas terras vendidas aos Estados Unidos pelo General Santana em um acordo assinado no tratado de Getzville.
Toda essa tragédia é no dia em que comemorava a notícia da gravidez de sua esposa Mary Andrea (Agnès Spaak) que por sorte sobrevive ao ataque e despedindo-se de Martin partindo para o México com a caravana de refugiados.
Um grupo de compatriotas mexicanos liderados por Martin, armam-se e começam a cumprir assaltos e saques em toda a região para compensarem um pouco das suas perdas e com o premio de recompensa à Martin Rojas subindo a cada ataque promovido pelo bando.
Depois de planejar o maior golpe roubando $ 300.000 dólares do banco de Black Barry proposto por seu velho amigo Trevor (Eduardo Fajardo), um gringo, Martin é capturado e condenado a trabalhos forçados por duros vinte anos confinados em uma pedreira. Red Tracy (Sydney Chaplin – filho de Charlie Chaplin), o xerife que realizou a prisão de Martin no dia do falecimento de parto da esposa de Rojas, adota voluntariamente o seu filho recém nascido, Juan Rojas [Fabrizio Mondello] em seu único filme em sua carreira.
Depois de ter cumprido dez anos, o tempo de prisão de seu amigo e meio irmão Andrés Carranza "Yuma" (Fernando Sánchez Polack - muito bem neste papel), Martin recebe uma carta do xerife Tracy pedindo-lhe para desistir do seu direito de seu filho Juan e propõe em conceder-lhe a legalização da adoção. Rojas recusa-se e inconformado foge da prisão com o desejo de reaver o garoto de volta agora com mais de dez anos de idade.
Rojas muda de ideia em reaver o garoto pelo seu passado cheio de crimes. Martin muito magoado com tudo parece estar meio perdido em toda a situação quando de repente aproveitando-se do momento de fraqueza e depressão, Trevor reaparece, propondo um recomeço na carreira do crime e o leva a seu refúgio para conhecer seu novo bando mas tudo não passou de um golpe para capturá-lo e torturá-lo para confessar onde escondeu os $ 200.000 dólares restante do assalto ao Banco de Black Barry, seu grande golpe.
Sem sucesso na confissão, o bando de Trevor sequestra o garoto Juan e levam o garoto até Rojas convertendo a tortura física em tortura psicológica aumentando ainda mais a sua dor em ver seu filho ter seu peito queimado por Trevor com um charuto aceso impiedosamente.
Martin em "Desvantagem" como ele diz, é forçado a se render e se dispõe a entregar o dinheiro escondido em troca da liberdade do garoto. Durante a viagem para mostrar o esconderijo do dinheiro a Trevor, Rojas, escapa juntamente com o menino e um dos homens de Trevor que o trai com a intenção em ficar com todo o dinheiro para si.
Ao apoderar-se do dinheiro e matar o traidor de Trevor, é iniciada uma grande fuga inevitável pelo deserto para Martin e Juan escaparem do bando de Trevor. A amizade do garoto durante a viagem sofrida vai aumentando com Martin Rojas e ele passa toda a história sem saber que ele era o seu verdadeiro pai.
Em um extremo de sobrevivência, são salvos no deserto pelo velho fazendeiro e Martin e Juan após se recuperarem aos cuidados do fazendeiro partem em viagem. Martin deixa Juan em sua casa com sua mãe (Pilar Cansino) e que, contudo, não se atreveu a dizer-lhe que era seu verdadeiro pai.
Martin tem apenas um pensamento: a vingança de Trevor e seus homens mas na batalha que se segue, depois que o bando é separado, Trevor e Rojas matam-se entre sí em uma desesperada conclusão: Um pelo dinheiro e outro pela vingança.
Leon Klimovsky que, além do ótimo Western que funciona como um triller de suspense “Quinto non Ammazzare” [Seu Mandamento era Matar] (1969) com Steven Tedd e Germán Cobos sempre conseguiu bons resultados filmando Westerns sempre com histórias que envolvem o cotidiano de todos independe do tempo e tornaram-se filmes memoráveis por seus temas abrangidos.
Aqui certamente percebe-se isso. Ele dirige grandes atores, com um bom e experiente diretor de fotografia, Emilio Foriscot "Faccia a Faccia" [Quando os Brutos se Defrontam - Brasil] (1967) dirigido por Sergio Sollima com Tomas Milian e Gian Maria Volontè entre outros.
Como protagonista principal, um ator incomum, William Bogart, que aqui desempenha talvez o seu maior sucesso, que é representar o caráter de Martin "Lobo" Rojas, um camponês honesto e batalhador como todo o seu povo que é forçado a se transformar em um sangrento bandido mexicano que tem as suas recaídas de melancolia e coração frágil.
O vilão é o maldoso e frio Eduardo Fajardo, enquanto Wayde Preston desempenha o papel do Agente Federal que procura a verdade em nome do bandido mexicano. Klimovsky é muito realista mostrando várias situações de injustiça que os pobres tiveram que se submeter aos poderosos gringos para traçarem seus destinos procurando por liberdade e prosperidade.
Os tristes acontecimentos em sua vida levou Martin Rojas [Alguns momentos lembra "Cochillio" (La Resa dei Conti)] de homem de paz a um bandido sanguinário e cego por vingança.
Klimovsky também valoriza o filme enriquecendo-o com poucas mas boas cenas de ação e uma igualmente grandiosa montagem. Além disso, os diálogos melodramáticos tornou um dos filmes favoritos nessa categoria dentro do Espagheti Western. A dramaticidade tem seus momentos mais profundos que causam maior impacto talvez pela melhor fase de interpretação de William Bogart (William Spoletini) contracenando com um jovem ator Fabrizio Mondello.
O filme é interessante pelos elementos dos Westerns políticos que estavam sendo feitos na Europa na época, e na maior parte Martin Rojas é o protagonista sofredor, condenado e perseguido por todos e por tudo. A violência é retratada como uma doença que passa de homem para homem. Todos atraem para si a perversão e a auto -destruição. Começa tudo como uma auto-defesa e termina num banho de sangue.
Esta visão pessimista presumivelmente surge a partir da experiência da Guerra Civil Espanhola e Espanha Fascista ao contrário de outros filmes como “Garringo” (1969), Rojas mantém sua humanidade através de seu amor por seu filho e sua falecida esposa. Este elemento humano das relações familiares que se ligam a uma pessoa da comunidade é outro aspecto importante destes filmes.
Toda a remissão dos pecados de Martin Rojas é demonstrada na cena final quando se despede de seu filho Juan. Um herói atípico para um Western.
A representação do racismo na América, também tem seu espaço neste filme que não passa despercebido para os fãs mais assíduos e técnicos que conseguem observar em uma única vez por segundos a presença de um Afro-Americano em trabalhos forçados nas cenas da colônia Penal.
Sempre entre os prisioneiros, os diretores incluem pessoas de cor para lembrar que o preconceito existe. O maestro Carlo Savina fornece uma bela soundtrack com apenas cinco ótimas sequências musicais com parceria do Coral dos “Cantores Modernos de Alessandroni” e a participação da harmônica de Franco De Gemini, entre outras que construiu com muita inspiração como "Johnny Oro" [Ringo e Sua Pistola de Ouro - Brasil] (1966) de Sergio Corbucci e "Joko Invoca Dio... e Muori" [Joko Invoca Deus... e Mata - Brasil] (1968) de Antonio Margheriti entre outras.
Leon Klimovsky sempre foi mais conhecido pelos fãs no cinema "Eurotrash" por seus filmes de terror como "Vampire Night Orgy" (1974), no entanto, ele dirigiu vários Westerns.
"Pochi Dollari per Django" [Poucos Dólare para Django] (1966), Rattler Kid: Se Queres Viver... Atira (1967) com Richad Wyler e Brad Harris e Fedra West (1968) com James Philbrook e a brasileira Norma Bengell que são os melhores aceitos por críticos.
Aqui em espanhol "Tierra Brava" é feito com competência e muito interessante. As cenas da fuga no deserto entre pai e filho são memoráveis.
No começo a história parece confusa, mas logo se percebe que é um flash back que esta sendo narrado e com o belo trabalho de edição de Antonio Gimeno, as cenas enigmáticas e os diálogos começam a se encaixar resultando num belo e bem definido final.
Emilio Foriscot fotografou muitos filmes "Eurotrash", incluindo o de Sergio Martino "Lo Strano vizio della Signora Wardh" (1969) e "La coda dello scorpione" (1971) e entre seus Westerns incluem-se ainda "Anda Muchacho, Spara! [O Pistoleiro do Inferno – Brasil] (1971) e "Due Croci a Danger Pass" [Passagem Para o Inferno – Brasil] (1967), todos considerados muito bons pelos fãs.
Mesmo com tanta experiência de Emilio Foriscot na fotografia e a edição de Antonio Gimeno algumas falhas são observadas como já mencionei por fãs mais fervorosos como a filmagem de uma única explosão da pedreira na colônia penal feitas com o sistema de edição com zoom da câmera e multiplicando a cena, fizeram com que uma única tomada multiplicada, se transformasse em cinco explosões. Será que foi para economizar dinamite?
Um Espaghetti Western muito agradável para relembrar e inédito na TV Brasileira.
Infelizmente não se tem notícia de uma cópia remasterizada em DVD mas estamos esperando que apareça alguma e quem tiver informações por favor deixe mensagens em comentários.
Guglielmo Spoletini (William Bogart) - Martín "Lupo" Rojas
Wayde Preston - Xerife Federal Johnny Silver
Agnès Spaak - Mary Andrea/Sra. Rojas
Eduardo Fajardo - Trevor
Pilar Cansino - Sra. Stacy/Mãe adotiva de Juan
Sydney Chaplin - Red Stacy
Fabrizio Mondello - Juan
Fernando Sánchez Polack - Andrés Carranza "Yuma"
Miguel del Castillo - Diretor do Banco
Ángel Menéndez - Juiz
Alfonso de la Vega - Marlon/Chefe dos bandoleiros
e com Luis de Tejada, Manuel Tejada, Alberto Gadea, Jaime de Pedro e Juan Fairen.
O xerife Federal Johnny Silver de passagem por um pequeno rancho pergunta ao velho fazendeiro se havia passado alguém pelo local e o velho responde que sim, enterrando dois corpos em duas sepulturas e complementa: Ele acabou de passar por aqui e fez isso.
Seguindo em frente, o xerife aproxima-se da cidade de “Quemados”, ouvindo tiros e ao chegar depara-se com cadáveres espalhados pelas ruas e pelo saloon. Ele está à procura de um foragido mexicano e adivinha quem acaba de deixar o local? Ele mesmo, o seu foragido, Martin Rojas.
Este é o início da história que seria contada ao xerife Johnny Silver por um dos amigos e comparsas de Martin Rojas que após o tiroteio foi ferido e capturado. É Yuma, o braço direito de Rojas. Para esse desfecho, Yuma narra ao xerife o que aconteceu para que seu amigo Martin chegasse a esse massacre.
Martin Rojas foi atacado por um grupo de bandoleiros que trabalham para fazendeiros ricos e o capataz é Marlon (Alfonso de la Vega), rosto conhecido dos maldosos do Espaghetti. Ele tem sua casa incendiada pelos homens de Marlon, junto com outros camponeses mexicanos e são forçados a se defender e com essa reação, matam estes bandoleiros.
Com toda a violência e para defenderem suas famílias, eles são forçados a abandonar as suas terras vendidas aos Estados Unidos pelo General Santana em um acordo assinado no tratado de Getzville.
Toda essa tragédia é no dia em que comemorava a notícia da gravidez de sua esposa Mary Andrea (Agnès Spaak) que por sorte sobrevive ao ataque e despedindo-se de Martin partindo para o México com a caravana de refugiados.
Um grupo de compatriotas mexicanos liderados por Martin, armam-se e começam a cumprir assaltos e saques em toda a região para compensarem um pouco das suas perdas e com o premio de recompensa à Martin Rojas subindo a cada ataque promovido pelo bando.
Depois de planejar o maior golpe roubando $ 300.000 dólares do banco de Black Barry proposto por seu velho amigo Trevor (Eduardo Fajardo), um gringo, Martin é capturado e condenado a trabalhos forçados por duros vinte anos confinados em uma pedreira. Red Tracy (Sydney Chaplin – filho de Charlie Chaplin), o xerife que realizou a prisão de Martin no dia do falecimento de parto da esposa de Rojas, adota voluntariamente o seu filho recém nascido, Juan Rojas [Fabrizio Mondello] em seu único filme em sua carreira.
Depois de ter cumprido dez anos, o tempo de prisão de seu amigo e meio irmão Andrés Carranza "Yuma" (Fernando Sánchez Polack - muito bem neste papel), Martin recebe uma carta do xerife Tracy pedindo-lhe para desistir do seu direito de seu filho Juan e propõe em conceder-lhe a legalização da adoção. Rojas recusa-se e inconformado foge da prisão com o desejo de reaver o garoto de volta agora com mais de dez anos de idade.
Rojas muda de ideia em reaver o garoto pelo seu passado cheio de crimes. Martin muito magoado com tudo parece estar meio perdido em toda a situação quando de repente aproveitando-se do momento de fraqueza e depressão, Trevor reaparece, propondo um recomeço na carreira do crime e o leva a seu refúgio para conhecer seu novo bando mas tudo não passou de um golpe para capturá-lo e torturá-lo para confessar onde escondeu os $ 200.000 dólares restante do assalto ao Banco de Black Barry, seu grande golpe.
Sem sucesso na confissão, o bando de Trevor sequestra o garoto Juan e levam o garoto até Rojas convertendo a tortura física em tortura psicológica aumentando ainda mais a sua dor em ver seu filho ter seu peito queimado por Trevor com um charuto aceso impiedosamente.
Martin em "Desvantagem" como ele diz, é forçado a se render e se dispõe a entregar o dinheiro escondido em troca da liberdade do garoto. Durante a viagem para mostrar o esconderijo do dinheiro a Trevor, Rojas, escapa juntamente com o menino e um dos homens de Trevor que o trai com a intenção em ficar com todo o dinheiro para si.
Ao apoderar-se do dinheiro e matar o traidor de Trevor, é iniciada uma grande fuga inevitável pelo deserto para Martin e Juan escaparem do bando de Trevor. A amizade do garoto durante a viagem sofrida vai aumentando com Martin Rojas e ele passa toda a história sem saber que ele era o seu verdadeiro pai.
Em um extremo de sobrevivência, são salvos no deserto pelo velho fazendeiro e Martin e Juan após se recuperarem aos cuidados do fazendeiro partem em viagem. Martin deixa Juan em sua casa com sua mãe (Pilar Cansino) e que, contudo, não se atreveu a dizer-lhe que era seu verdadeiro pai.
Martin tem apenas um pensamento: a vingança de Trevor e seus homens mas na batalha que se segue, depois que o bando é separado, Trevor e Rojas matam-se entre sí em uma desesperada conclusão: Um pelo dinheiro e outro pela vingança.
Leon Klimovsky que, além do ótimo Western que funciona como um triller de suspense “Quinto non Ammazzare” [Seu Mandamento era Matar] (1969) com Steven Tedd e Germán Cobos sempre conseguiu bons resultados filmando Westerns sempre com histórias que envolvem o cotidiano de todos independe do tempo e tornaram-se filmes memoráveis por seus temas abrangidos.
Aqui certamente percebe-se isso. Ele dirige grandes atores, com um bom e experiente diretor de fotografia, Emilio Foriscot "Faccia a Faccia" [Quando os Brutos se Defrontam - Brasil] (1967) dirigido por Sergio Sollima com Tomas Milian e Gian Maria Volontè entre outros.
Como protagonista principal, um ator incomum, William Bogart, que aqui desempenha talvez o seu maior sucesso, que é representar o caráter de Martin "Lobo" Rojas, um camponês honesto e batalhador como todo o seu povo que é forçado a se transformar em um sangrento bandido mexicano que tem as suas recaídas de melancolia e coração frágil.
O vilão é o maldoso e frio Eduardo Fajardo, enquanto Wayde Preston desempenha o papel do Agente Federal que procura a verdade em nome do bandido mexicano. Klimovsky é muito realista mostrando várias situações de injustiça que os pobres tiveram que se submeter aos poderosos gringos para traçarem seus destinos procurando por liberdade e prosperidade.
Os tristes acontecimentos em sua vida levou Martin Rojas [Alguns momentos lembra "Cochillio" (La Resa dei Conti)] de homem de paz a um bandido sanguinário e cego por vingança.
Klimovsky também valoriza o filme enriquecendo-o com poucas mas boas cenas de ação e uma igualmente grandiosa montagem. Além disso, os diálogos melodramáticos tornou um dos filmes favoritos nessa categoria dentro do Espagheti Western. A dramaticidade tem seus momentos mais profundos que causam maior impacto talvez pela melhor fase de interpretação de William Bogart (William Spoletini) contracenando com um jovem ator Fabrizio Mondello.
O filme é interessante pelos elementos dos Westerns políticos que estavam sendo feitos na Europa na época, e na maior parte Martin Rojas é o protagonista sofredor, condenado e perseguido por todos e por tudo. A violência é retratada como uma doença que passa de homem para homem. Todos atraem para si a perversão e a auto -destruição. Começa tudo como uma auto-defesa e termina num banho de sangue.
Esta visão pessimista presumivelmente surge a partir da experiência da Guerra Civil Espanhola e Espanha Fascista ao contrário de outros filmes como “Garringo” (1969), Rojas mantém sua humanidade através de seu amor por seu filho e sua falecida esposa. Este elemento humano das relações familiares que se ligam a uma pessoa da comunidade é outro aspecto importante destes filmes.
Toda a remissão dos pecados de Martin Rojas é demonstrada na cena final quando se despede de seu filho Juan. Um herói atípico para um Western.
A representação do racismo na América, também tem seu espaço neste filme que não passa despercebido para os fãs mais assíduos e técnicos que conseguem observar em uma única vez por segundos a presença de um Afro-Americano em trabalhos forçados nas cenas da colônia Penal.
Sempre entre os prisioneiros, os diretores incluem pessoas de cor para lembrar que o preconceito existe. O maestro Carlo Savina fornece uma bela soundtrack com apenas cinco ótimas sequências musicais com parceria do Coral dos “Cantores Modernos de Alessandroni” e a participação da harmônica de Franco De Gemini, entre outras que construiu com muita inspiração como "Johnny Oro" [Ringo e Sua Pistola de Ouro - Brasil] (1966) de Sergio Corbucci e "Joko Invoca Dio... e Muori" [Joko Invoca Deus... e Mata - Brasil] (1968) de Antonio Margheriti entre outras.
Leon Klimovsky sempre foi mais conhecido pelos fãs no cinema "Eurotrash" por seus filmes de terror como "Vampire Night Orgy" (1974), no entanto, ele dirigiu vários Westerns.
"Pochi Dollari per Django" [Poucos Dólare para Django] (1966), Rattler Kid: Se Queres Viver... Atira (1967) com Richad Wyler e Brad Harris e Fedra West (1968) com James Philbrook e a brasileira Norma Bengell que são os melhores aceitos por críticos.
Aqui em espanhol "Tierra Brava" é feito com competência e muito interessante. As cenas da fuga no deserto entre pai e filho são memoráveis.
No começo a história parece confusa, mas logo se percebe que é um flash back que esta sendo narrado e com o belo trabalho de edição de Antonio Gimeno, as cenas enigmáticas e os diálogos começam a se encaixar resultando num belo e bem definido final.
Emilio Foriscot fotografou muitos filmes "Eurotrash", incluindo o de Sergio Martino "Lo Strano vizio della Signora Wardh" (1969) e "La coda dello scorpione" (1971) e entre seus Westerns incluem-se ainda "Anda Muchacho, Spara! [O Pistoleiro do Inferno – Brasil] (1971) e "Due Croci a Danger Pass" [Passagem Para o Inferno – Brasil] (1967), todos considerados muito bons pelos fãs.
Mesmo com tanta experiência de Emilio Foriscot na fotografia e a edição de Antonio Gimeno algumas falhas são observadas como já mencionei por fãs mais fervorosos como a filmagem de uma única explosão da pedreira na colônia penal feitas com o sistema de edição com zoom da câmera e multiplicando a cena, fizeram com que uma única tomada multiplicada, se transformasse em cinco explosões. Será que foi para economizar dinamite?
Um Espaghetti Western muito agradável para relembrar e inédito na TV Brasileira.
Infelizmente não se tem notícia de uma cópia remasterizada em DVD mas estamos esperando que apareça alguma e quem tiver informações por favor deixe mensagens em comentários.
https://www.youtube.com/watch?v=y5AhjoybJnI
ResponderExcluirGOSTARIA QUE ESTIVESSE TORRENT PA BAIXAR
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