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11 agosto 2014

Django Volta Para Matar [Mestizo] Django Non Perdona!


Django Volta para Matar – Brasil 1966
Django Não Perdoa!
Mestizo - Espanha
Django Non Perdona - Itália
Django Does Not Forgive - USA

Produção: Espanha 1966
Direção : Julio Buchs            
Musica: Antonio Pérez Olea
Fotografia: Francisco Sempere e Francisco Sánchez
Duração: 95 minutos
Escrito: Julio Buchs, Bautista Lacasa e José Luis Martínez Mollá  
Produção : José Frade e Luis Méndez
Edição:  José Antonio Rojo  
Decoração de Set: Román Calatayud            
Co Produção: Atlántida Films, José Frade Producciones Cinematográficas S.A.



Hugo Blanco (John Clark) - Peter Lembrock / Django
Susana Campos (Evelin Therens) - Helen Patterson
Gustavo Rojo - Lex
Luis Prendes - Capitão Dickinson
Carlos Casaravilla - Bunny, mascate
Armando Calvo – Lecomte/Lacombe
Alfonso Rojas - Sargento O'Neil
Nuria Torray - Paulette Renoir             
Ricardo Canales - Renoir
Ángel Ortiz - Brandon, pelotão de Lex
Luis Marín - Tallow, guia
Milo Quesada - Tenente
Luis Induni  - Bordeaux, Segurança de Lecomte
Alfonso de la Vega  - Montada do pelotão de Lex
Santiago Rivero – Agente Indígena/Delaine
Gonzalo Esquiroz, Juan Cortés,
Rufino Inglés – Sr.Patterson
Ángel Menéndez  - General Strange
Miguel de la Riva – Sentinela Montada/Bonito Ray
Frank Braña - Gangue de Lecomte escoltando Renoir
Fernando Sánchez Polack - Louis Riel
E com Antonio Moreno, Ricardo G. Lilló, Rafael Vaquero, Alfredo Santacruz, Juan de Haro, Rafael Ibáñez, Denis Heaton, Fernando Bilbao, Marcelino Pérez, Antonio Orengo, Manuel Miranda, Rafael Romero e Saturno Cerra.



A história se passa no ano de 1885 onde se dera a Revolta de Riel, uma das batalhas mais sangrentas do Canadá. Um Espaghetti Western filmado na Espanha e ambientado atrevidamente pelo diretor Julio Buchs no Canadá. 

É a trajetória de um caçador mestiço chamado Peter (Hugo Blanco), que ao retornar de uma temporada de caça à seu povoado conhecido como Lantwack, região dos índios Cree, chega a sua casa e encontra a sua irmã Carol a qual cometera suicídio por enforcamento e descobre que ela foi estuprada por um sedutor, um Casaca Vermelha, um soldado da Polícia Montada Canadense.
 

Por essa razão, ele, mestiço sai buscando a sua vingança a procura do malfeitor começando pelo Forte Pitt onde situa-se o regimento Noroeste da Polícia Montada. Ao chegar oferece-se como guia de campo e é contratado pelo Capitão Dickinson (Luis Prendes), homem duro e justo. Em sua primeira oportunidade na taberna do Forte ele acaba conhecendo um pelotão que acabara de voltar de uma missão e descobre que este pelotão passou por suas terras tendo a esperança de que o homem que matou sua irmã esteja por ali.



Antes, espião do lado mestiço e agora infiltrado no pelotão e trabalhando e apoiando o lado inimigo.
Um sacrifício enorme para obter a vingança. Desconfia do sargento Lex (Gustavo Rojo) e dos soldados de seu pelotão. Enquanto isso, acontece a Revolta de Louis Riel e apoiado por outros dois subordinados Lecomte (Armando Calvo) e Bordeaux (Luis Induni), todos mestiços e aliados aos índios.
Juntos, eles atacam o Forte Pitt do exército Britânico. Enquanto, o mestiço Peter se apaixona por uma garota linda (Susana Campos), a namorada do Sargento Lex, seu melhor e confiável amigo.
Mais tarde, Peter acaba prisioneiro dos índios em troca da liberdade dos sobreviventes de um ataque no Forte Pitt. É preso, sendo maltratado e torturado mas acaba sendo ajudado por Paulette, sua amiga de infância, filha de um fazendeiro mestiço, velho amigo seu.
A fuga só é bem sucedida com a ajuda de Bunny, um mascate que estava de passagem epla região em meio a confusão da guerra.



Um western similar da Cavalaria Monta do Canadá como em “Unconquered” de Cecil B. De Mille. Julio Buchs conseguiu encontrar algumas árvores idênticas as das florestas canadenses na Espanha para conseguir algumas tomadas e simular sua ambientação canadense. 

Deve ter se esforçado muito em conseguir um contingente acima do normal para os Espaghetti Western bem como o guarda roupas para exércitos Inglês, Escocês, Francês, Índios Hurones, Crees, Iroquis e Blackfeet procedentes de terras canadenses em 1885. 
O enredo é de vingança, normal em Spaghetti Western mas aqui a diferença é a presença do conflito racial e por território em meio a guerra. 



Não era costume apreciar conflitos raciais em Espaghetti Western, por isso o faz diferente abrangendo muito essa postura entre índios, mestiços e europeus, ricamente produzida, vale a pena conferir. Uma grande produção a ser considerada para um Espaghetti Western que logo seria esquecido com a chegada de “A Bullet for Sandoval” do mesmo diretor. 
Nas versões internacionais, quando no lançamento foi usado o nome de “Django” em suas variações de título para ajudar na venda do produto, aproveitando-se do sucesso dele, mas já não conseguia confundir muito os fãs. Mais uma prova do uso impensado do nome Django em que neste filme nada consta sobre ele. 



Os ataques índios, no entanto, seguem os modelos americanos em extensos campos abertos. A batalha final é emocionante e espetacular, com centenas de figurantes, quando o regimento do Capitão Dickinson está cercado pelos índios e tropas de Louis Riel. 
Bem realizada pelos produtores das cenas de ação graças a colaboração e contingente do Exército Espanhol mencionado nos créditos finais. Regularmente interpretado por Hugo Blanco, Gustavo Rojo, Luis Prendes convincente como o rígido capitão. 

Menção especial para Armando Calvo, um veterano do cinema espanhol, aqui agindo como um rebelde desagradável. Muitos outros rostos frequentes do Espagehtti aprarecem aqui em um grande time como: Alfonso Rojas, Rufino Inglés, Frank Braña, Rafale Vaquero, Luis Marin entre outros. 

A fotografia de Francisco Sempere poderia ter sido melhor, sendo necessário uma remasterização direta antes mesmo de ser lançado por causa da cópia de má qualidade. Filmado em Las Rozas, Manzanares, Navacerrada Madrid, o filme foi produzido com um bom orçamento pela Atlantida Films Produções e Jose Frade que financiaram vários outros de sucesso nos anos 60 e início dos anos 70, como: Desafio de McKenna, Os Violentos Vão para o Inferno, Vamos a Matar Companheiros. 
 

Um roteiro baseado em fatos históricos sobre A Revolta de Riel.
Louis Riel David era um político canadense, um dos fundadores da província de Manitoba, e um líder político e espiritual do povo Métis do Canadá. Ele liderou dois movimentos de resistência contra o governo canadense. Riel procurou preservar direitos e cultura de Métis enquanto suas pátrias no noroeste vieram progressivamente sob a esfera de influência canadense. 
Ele é hoje considerado por muitos como um herói popular canadense. A primeira resistência foi a Rebelião de Red River de 1869-1870. O governo provisório estabelecido por Riel negociou finalmente os termos em que a província moderna de Manitoba entraram na Confederação Canadense. Riel foi forçado ao exílio nos Estados Unidos, como resultado da execução controversa de Thomas Scott durante a rebelião.



Apesar disso, ele é frequentemente referido como o "Pai de Manitoba". Enquanto um fugitivo, ele foi eleito três vezes para a Casa dos Comuns canadense, embora ele nunca assumisse sua cadeira. Durante estes anos, ele estava frustrado por ter que permanecer no exílio, apesar de sua crença crescente de que ele era um líder divinamente escolhido e profeta, uma crença que viria a ressurgir e influenciar suas ações.


Riel voltou ao que é hoje a província de Saskatchewan para representar queixas Métis ao governo canadense.
Esta resistência se transformou em um confronto militar conhecida como A Rebelião Noroeste de 1885 a qual se retrata neste filme. Ela terminou em sua prisão, julgamento e execução sob a acusação de alta traição. Riel era visto com simpatia nas regiões francófonas do Canadá, e sua execução teve uma influência duradoura sobre as relações entre a província de Quebec e de língua Inglês no Canadá.

Se visto como um Pai da Confederação ou um traidor, ele continua a ser uma das figuras mais complexas, controversas e, finalmente, trágicas da história do Canadá. 

Um mestiço que busca vingança pela morte de sua irmã, que se mata depois de ter sido estuprada por um oficial da Polícia Montada do Canadá.

Ele se envolve na revolta histórica de mestiços e índios liderados por Louis Riel em 1885 contra o governo canadense.



Bem dirigido por Julio Buchs que era um especialista em “thriller” como: “Salario De Crimen”, “Alta Tension” e “Trumpets of Apocalypse” e com o Espaghetti em “Los Desesperados”, “I'll kill him and return alone”, “El Hombre Mató Billy Kid” e “Django does not forgive” mas o melhor deles considerado pela crítica foi “A bullet for Sandoval”, seria considerado um dos melhores de Buchs.

Outro filme de destaque em sua carreira foi “Encrucijada Una Monja”, com Rosanna Schiaffino interpretando uma freira. Julio Buchs teve sua morte prematura aos 46 anos de idade. Originalmente lançado nos cinemas brasileiros como “Django Volta para Matar” e mais tarde sendo rebatizado como “Django Não Perdoa!”.


4 comentários:

  1. Como sempre Edelzio muitos ainda não conheço,e esse deve ser bom. Abraço amigão e continue com essa belíssima cultura resgatando ótimas pérolas.

    Luiz Carvalho

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  2. Este filme passou desapercebido no Brasil, mas é um grande Espaghetti e diferente pela abordagem da guerra por território e racismo no Canadá, como explica a postagem.

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  3. Não é nada mau, não senhor.
    Comungo com essa opinião de que a mescla entre a história de vingança e os eventos históricos é o que mais eleva o filme. Gostava que fosse editado em DVD para poder apreciar essa batalha com maior afinco.

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    1. Gostaria dever também em uma versão remasterizada em HD se possível Pedro Pereira.

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