
I Quattro Pistoleri Di Santa Trinitá
Four Gunmen Of The Holy Trinity - USA
Four Pistols For Trinity - USA
Produção: Itália 1971

Direção: Giorgio Cristallini
Duração: 97 minutos
Música: Roberto Pregadio
Fotografia: Alessandro D´Eva
Escrito: Giorgio Cristallini & Ted Rusoff
Produção: Buton Film – Russo di Pagliara
Distribuição Original Brasil: Reserva Especial
Peter Lee Lawrence - George Shelley
Evelyn Stewart (Ida Galli) – Julia/Lulie
Raf Baldassarè (Ralph Baldwin) – Líder dos Bandidos
Valeria Fabrizi - Adeline Martinez - Cantora
Salvatore Furnari - Ned - O Anão
Philippe Hersent - Xerife Thomas
Daniela Giordano - Sarah Baldwin
Antonella Murgia - India Ana
Daniele Vargas - Gomez/Thompson
Umberto Raho - Quinn Palladine
Raymond Bussières - Dr. Johnson/Gordon e com Tonino Pierfederici, Paul Oxon, Filippo Antonelli, Antonio Buonomo, Katia Cardinali, Bernadette Frank, Giglio Gigli, Mimmo Maggio, Luigi Mannoia, Alessandro Perrella, Aldo Sala e Marcello Tamborra.

Escapando por acaso do massacre de sua família por bandidos que desejam apossar-se dos documentos de suas propriedades inclusive de sua mina de ouro, Sarah Baldwin recebe a ajuda de um ex-soldado disfarçado de jornalista George Shelley (Peter Lee Lawrence) e do xerife Federal Thomas (Philippe Hersent) que viajam juntos para poder desmantelar um bando de traficantes de armas liderados por um certo "francês" conhecido como Quinn Palladine e seu sócio Gomez, além de estarem envolvidos também em outros negócios obscuros em uma região tomada por sangue e violência.

Um dos dois Westerns italianos dirigidos por Giorgio Cristallini, o outro “Sei jellato amico...hai incotratto sacramento - 1972” (You’re Jinxed, Friend you´ve met Sacramento - USA) estrelado por Ty Hardin conhecido no Brasil com o título de "Com a morte no Olhar".
Neste aqui percebe-se claramente a intenção em vender-se o personagem Trinity tanto afamado ainda no início dos anos setenta que nada tem a ver com Terence Hill e muito menos na história, onde não se ouve nem comentários sobre o personagem.
Após este filme ainda foram feitos alguns até melhores mas o Espaghetti Westerns começava a contar seus dias de glória.

Algumas cenas condenam o roteiro do filme como pôr exemplo, quando a jovem Sarah é perseguida por cinco homens e um simples jornalista consegue matar dois deles com uma Winchester-cano-curto logo na primeira cena. Com aquela eficácia daria para o Xerife ou até mesmo Sarah perceber que George ganha a vida matando e não escrevendo para jornais e todos presenciam e aceitam naturalmente aquela cena sem qualquer comentário.
Um oficial do exército que faz escolta a diligência avisa aos viajantes na parada da Pousada que "os índios estão prontos para atacar desde a noite de ontem". Ora se os índios vão atacar, não poderiam anunciar antecipadamente. Seria uma idiotice. Em outra situação Gomez diz que os índios atacam durante o dia. Dia ou noite?

Os scripts parecem caminhar em marcha lenta no andamento dos acontecimentos, sem uma lógica direcionada a ação. Faltou capricho do roteirista, faltou um diálogo mais envolvente, edição e montagem negligenciadas e descuidadas. Neste, um Peter Lee Lawrence fora de sintonia. Acho que o filme passa-se muito tempo parado na Pousada de “Papá Martinez” e seus arredores e como agravante tornando-o um pouco monótono na evolução das sequencias. Demofilo Fidani conseguia resultados até melhores em um Único Set.
Ao lado de Lawrence no papel principal feminino está Ida Galli (sob seu pseudônimo de Evelyn Stewart) desempenha Julia, uma antiga paixão, cuja relação ainda não se resgatou, e em relação a esse relacionamento o final do filme torna-se até surpreendente.

Uma aparição constrangedora de Daniele Vargas, (‘Will Rogers’ - Cemitério sem Cruzes - 1969) com uma peruca estranha em um western, é Gomez, um dos conspiradores em possuir as propriedades dos pobres. Infelizmente todos estes atores bem sucedidos no Western Europeu não conseguiram um efeito e um resultado muito positivo neste filme. Não foi por culpa deles e sim de inexperientes produtores por trás das claquetes.
Um pistoleiro maldoso vestido de preto, uma jovem ingênua e íntegra, o elegante líder, um aproveitador mulherengo e corrupto, todos com problemas de relacionamento formam uma quadrilha secreta que fora intitulada pelo diretor de "Os franceses".

As referências destes filmes mais fracos deste seguimento devem ser analisados também e merecem o respeito de diretores inexperientes como Cristallini de tentarem inovar e construir algo diferente e independente de ser um filme bom ou ruim ficam registradas aqui nossas homenagens a todos que fizeram parte desta história hoje considerados Cult que vem conquistando também as novas gerações.
A trilha sonora é algo que gosto de tratar à parte. Esta é de Roberto Pregadio, bem sucedido maestro do Espaghetti Western por exemplo nas composições feitas para os filmes (O Pistoleiro da Ave Maria - 1968 e o Último Matador - 1969).



São curiosidades que conseguimos hoje após tantos anos redescobrir e divulgar a uma grande massa de fãs e adeptos deste seguimento artístico.
Exibido em Bang Bang à Italiana da Rede Record de Televisão em 23 de Setembro de 1982 e 06 de Novembro de 1985.
Bang Bang à Italiana Vol 1 RCA Ripped LP 1966
Apesar das falhas do filme, posso dizer que é um filme inesquecível para mim, que o vi quando foi lançado aqui, na minha cidade. E foi o primeiro contato visual que tive de Peter Lee Lawrence, de quem me tornei fã. Sendo que, para mim, Arizona Kid é o seu melhor western. E a trilha sonora do filme 4 Pistoleiros de Santa Trinitá [Título nacional nos cinemas em que foi exibido na minha cidade, e que eu considero melhor que o confuso Pistoleiros de Trinity, que deve ter enganado a muitos fãs de Terence Hill]é algo de belíssimo para mim. A voz possante do saudoso Peter Boom em "Julie", me surpreendeu no final do filme. E como eu já escrevi num artigo que está no meu blog, não era raro o público sair comentando as trilhas belas dos westerns na entrada do cinema. Tempos dourados, público perceptivo e com sensibilidade a mil. E isso já era, hoje dia, com a geração atual, que não sabe o que significa.
ResponderExcluirGosto de postar estes filmes mais "pobres" pois os mais ricos e famosos todo mundo já conhece. É mais gostoso analisar a precariedade do que a grandiosidade. Avaliar o que já está consagrado é fácil portanto faço isso como homenagem aos protagonistas que muitas vezes são anônimos e nem creditados nos direitos eles foram. Faço como desafios a mim mesmo.
ResponderExcluirMuitos E-mails tem chegado a mim incentivando a analisar mais estes Cutls do Western Europeu e muita coisa vem por aí.
Aguarde.
LP VINYL RCA VICTOR LANÇADO NO BRASIL EM 1966 BANG BANG VOLUME 1
ResponderExcluirhttp://www.sendspace.com/file/vcghf2
Este LP foi ripado daqui e agora está disponível no Youtube:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=Vbbb4PbBODw