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09 agosto 2011

A morte anda a Cavalo



 

















“Da Uomo a Uomo”
“Death Rides A Horse - USA”
Itália 1967
Direção: Giulio Petroni
Música: Ennio Morricone
Duração: 114 minutos
Fotografia: Carlo Carlini
Distribuição Original no Brasil: Reserva Especial
Filmado em Tabernas - Almería – Andalucia - Espanha

Lee Van Cleef - Ryan
John Phillip Law - Bill Meceita
Mario Brega - Caolho (Paco)
Luigi Pistilli - Walcott - Lider dos bandidos
Anthony Dawson - Burt Cavanaugh
José Torres - Pedro
Franco Balducci - Xerife
Guglielmo Spoletini - Manuel - Bando de Walcott
Bruno Corazzari - Cúmplice de Walcott
Felicita Fanny - Garota da Vila
Ignazio Leone - Shepherd
Carlo Pisacane - Chefe da Estação de Holly Spring
Angelo Susani - Bando de Walcott
Vivienne Bocca - Bando de Walcott
Walter Giulangeli - Sr. Meceita, Pai de Bill
Elena Hall - Sra. Meceita, Mãe de Bill
Mario Mandalari - Bando de Walcott
Nazzareno Natale - Bandido
Ennio Pagliani - Bando de Walcott
Giovanni Petrucci - Bando de Walcott
Romano Puppo - Prefeito
Richard Watson - Bartender
Archie Savage - Vigro
Remo Capitani - Escolta do Ouro
Carla Cassola - Betsy, garota de Bill
Giuseppe Castellano- Xerife
Nerina Montagnani - Esposa de Shepherd
Claudio Ruffini - Diretor da Prisão
José Terrón - Bando de Walcott
Nino Vingelli - Jogador de Cartas
Ainda criança, Bill (John Phillip Law), escapa de um massacre e é a única testemunha do Assassinato de toda a sua família por quatro assaltantes. Traumatizado consegue memorizar algumas pistas deixadas pelos sádicos assassinos. Quinze anos depois, ele vai atrás dos assassinos em busca de vingança.
Durante a sua jornada, ele cruza o caminho de Ryan (Lee Van Cleef), um Ex-Confederado que acabou de sair da cadeia e que também de alguma forma ficara preso por causa dos mesmos bandidos. Os dois formam uma dupla nada comum em busca do mesmo objetivo, mas por diferentes razões.
Ryan de alguma forma se antecipa sempre às ações precipitadas de Bill, colocando um contra o outro. Dos seis westerns dirigidos por este diretor, este talvez tenha sido o mais sério e violento. Fez também duas comédias com o personagem "Provvidenza" com Tomas Milian (uma mistura de Trinity e Charlie Chaplin) e um outro de destaque foi "....E per tetto un cielo di stelle" (A Sky Full of Stars for a Roof - USA) de 1968 com Giuliano Gemma e Mario Adorf de muito sucesso.
O que foi muito chocante e brutal para o ano de 1968, foi o fato de que os homens brancos do Velho Oeste começaram a mostrar suas armas para crianças e mulheres. Muito inusitado para o cinema de Hollywood.
Mais uma ousadia e desafio para os Italianos nesta década que vinham quebrando todos os tabús a cada filme. A Aparência dos atores como Lee Van Cleef, Jack Palance, Gordon Mitchell, Bud Spencer, Gian Maria Volontè e tantos outros que não tinham seus rostos tão bonitos como os de príncipes como por exemplo Roger Moore, Tony Curtis e outros, mostrava que filme de faroeste não precisava ter um ator bonito mas sim justiceiro e que honrassem seu nome. Ainda não tão aparente no cinema, nunca fora feito a menos que fossem retratando com os índios que eram considerados selvagens sanguinários. John Wayne não gostava de ver esse tipo de Western, pois manchava o código do Cowboy-Mocinho disciplinado.
Os Espaghettis Westerns lotavam as salas de cinema e quanto mais feio era o ator, melhor era retratada a vida difícil do cowboy forasteiro que tinha que conviver em meio a bandidos o tempo todo. Estes atores se consagravam pela sua atuação e não pela sua beleza, pois o homem que era macho não precisava ser bonito; Ele tinha que resolver o problema com suas próprias mãos e seus próprios meios.
John Phillip Law participou de grandes clássicos do cinema Fantástico na década de 70e 80 em filmes como “Barbarella – 1968, As Novas Viagens de Simbad – 1973, Perigo: Diabolik – 1968, Rebelião Espacial – 1988” e muitos outros vindo a falecer em 2008.
Aqui ao lado de Van Cleef mostra sua única e inesquecível performance em um Faroeste Europeu.
A música de Ennio Morricone é outro ponto alto do filme especialmente em momentos como nas cenas onde Ryan (Cleef) acaba de sair pela porta da prisão e está comprando o cavalo e quando conhece Bill (Law) pela primeira vez como um adulto em sua fazenda.
Um agradável e grandioso filme, enfatizando a cenografia de Luciano Vincenzo.
Descobri uma música tema do filme cantada pela poderosa voz de Raoul que está disponível aos fãs.
Outro detalhe interessante é que Quentin Tarantino aproveitou parte da trilha sonora deste filme para as sequencias de ação do filme “Kill Bill”. Nada bobo ele.

8 comentários:

  1. Petroni roça aqui e ali a genialidade, mas este aqui apesar de ser acima da média, é um filme que não me entusiasma por aí além.

    O titulo A MORTE ANDA A CAVALO é um dos melhores que já vi. A banda post-rock americana Russian Circles têm um tema com o mesmo nome, muito bom diga-se.

    --
    Pedro Pereira

    http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
    http://auto-cadaver.posterous.com
    http://filmesdemerda.tumblr.com

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  2. Comentário recebido de Aprígio/História via Contato

    Magnífico trabalho. Fiquei sem fôlego ao descobrir o dollari rosso com os spaghettis da minha vida e os outros links. E. Sanches está de parabéns. É bom saber que tanta gente gosta desse gênero no Brasil. O primeiro spaghetti que eu assisti foi Chamam-me Trinity. eu tinha 12 anos e logo me apoixonei. Era tudo diferente do padrão americano. A fotografia com os planos quase sempre em close em combinação com um tipo de colorido dinâmico que nos puxava para dentro da tela; a música também era diferente: a voz, os instrumentos, o assobio; as locações com uma elaboração mais rústica que nos fazia acreditar que ali era realmente o velho oeste; as personagens sujas, suadas e sem se barbear; aquele charme das personagens principais: o jeito de mostar o cavalo de Terence Hill e o jeito de andar de Bud Spsncer. Algo que fazia a gente querer ser igual a eles, andar como eles,cavalgar como eles e até mesmo conhecê-los. inesquecível. Depois fiquei embasbacado com Três Homens em Conflito e paralisado ao assistir Minha Lei era a Vingança (o título original é I Vigliacchi non Pregono e e dvd foi lançado recentemente como Ódio e Vingança). Bem, pretendo estar em contato com você colaborando com sugestões e também se for possível enviando artigos escritos e resenhas dos filmes escritos por mim. Na minha opinião esse foi o gênero (não aceito bem o conceito de sub-gênero, depois falo a respeito)que mais influenciou o cinema como um todo. O cinema hoje é quase todo tributário das características criadas pelos diretores italianos daquele período. Sem a invenção do spaghetti western(e esta invenção foi coletiva e não só de Leone)o cinema contemporâneo não teria a configuração atual com muitas sequências em primeiro plano (close). O close e o zoom ainda estariam praticmente sem uso. Seriam recursos desprezados quase como eram no período anterior ao spaghetti. Wild Buncher (Meu ódio será tua herança)nunca seria filmado por Peckinpah. Esse diretor filmaria qualquer outro filme, mas nunca daquela forma nem com aquela violência e nem o título seria o mesmo. É preciso que se diga que ele bebeu nos spaghetti. Bem, obrigado,fico por aqui por enquanto. Espero que você aceite minha humilde colaboração.

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  3. ESTE FILME TAMBÉM ESTÁ NO GRUPO DOS MEUS SPAGHETTIS ESPECIAIS. NUNCA ENTENDI O POR QUÊ DESTE FILME ESPECIAL, NÃO TER SERVIDO DE TRAMPOLIM PARA O JOHN PHILLIP LAW, PARA NOVOS FAROESTES? TODOS SE LEMBRAM DO ELI WALLACH(O FEIO), DE TRÊS HOMENS EM CONFLITO, SE NÃO ME ENGANO, FEZ MAIS DOIS FILMES( O ÚLTIMO SAMURAI DO OESTE E VIVA A MORTE TUA), E ADEUS ITÁLIA. NÃO FOI MUITO LONGE. TEMPOS ATRÁS, ESTAVA REVENDO ESTE FILME, UM DOS MEUS FILHOS NA ÉPOCA, TINHA 04 ANOS, FICOU IMPRESSIONADO COM A CENA EM QUE VAN CLEFF TIRAVA A BARBA COM UMA FACA. ELE NUNCA ESQUECEU TAL FATO. EU DISSE A ELE QUE NO OESTE TINHA QUE SER MACHO E SE PALITAVA(OU FAQUEAVA?)OS DENTES COM ELA TAMBÉM.

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  4. Comentário de Aprígio/História via E-mail

    Magnífico trabalho. Fiquei sem fôlego ao descobrir o dollari rosso com os spaghettis da minha vida e os outros links. E. Sanches está de parabéns. É bom saber que tanta gente gosta desse gênero no Brasil. O primeiro spaghetti que eu assisti foi “Chamam-me Trinity”, eu tinha 12 anos e logo me apaixonei. Era tudo diferente do padrão americano. A fotografia com os planos quase sempre em close em combinação com um tipo de colorido dinâmico que nos puxava para dentro da tela; a música também era diferente: O som, os instrumentos, o assobio; as locações com uma elaboração mais rústica que nos fazia acreditar que ali era realmente o velho oeste; os personagens sujos, suados e sem se barbear; aquele charme das personagens principais: o jeito de montar o cavalo de Terence Hill e o jeito de andar de Bud Spencer. Algo que fazia a gente querer ser igual a eles; andar como eles, cavalgar como eles e até mesmo conhecê-los. Inesquecível. Depois fiquei embasbacado com “Três Homens em Conflito” e paralisado ao assistir Minha Lei era a Vingança (o título original é I Vigliacchi non Pregono e o dvd foi lançado recentemente como Ódio e Vingança). Bem, pretendo estar em contato com você colaborando com sugestões e também se for possível enviando artigos escritos e resenhas dos filmes escritos por mim. Na minha opinião esse foi o gênero (não aceito bem o conceito de sub-gênero, depois falo a respeito) que mais influenciou o cinema como um todo. O cinema hoje é quase todo tributário das características criadas pelos diretores italianos daquele período. Sem a invenção do spaghetti western (e esta invenção foi coletiva e não só de Leone) o cinema contemporâneo não teria a configuração atual com muitas sequências em primeiro plano (close). O close e o zoom ainda estariam praticamente sem uso. Seriam recursos desprezados quase como eram no período anterior ao spaghetti. Wild Bunch (Bando Selvagem) nunca seria filmado por Peckinpah. Esse diretor filmaria qualquer outro filme, mas nunca daquela forma nem com aquela violência e nem o título seria o mesmo. É preciso que se diga que ele bebeu nos spaghetti. Bem, obrigado, fico por aqui por enquanto. Espero que você aceite minha humilde colaboração.

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  5. BIEVENIDO FORASTEIRO
    Esteja a vontade para mandar suas idéias e sugestões quando quiser. O objetivo deste blog é este mesmo, fazer com que os que gostem deste seguimento, possam participar e relatar o que sentem. Temos um trabalhao de restauração e trocas de filmes sem fins lucrativos.
    Se procura algum filme em especial nos informe.
    Ou se possuir algum dos filmes perdidos entre em contato.(SEÇÃO WANTED FILMES PERDIDOS.)

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  6. Participação e Colaboração * Aprígio/História

    Bem, vamos agora à minha apreciação do spaghetti "A morte anda a Cavalo": devo dizer que assisti este filme na TV com os devidos cortes de sempre e confesso que não gostei muito. Achei as imagens muito claras e trilha sonora de Morricone destoante do ritmo e da temática do filme. As imagens muito claras lembravam as de outro spaghetti, O preço do Poder de Valerii, que eu também não gostei muito. Voltei a assisti-lo em VHS sem cortes (ou melhor, sem tantos cortes como na TV) e comecei a mudar de opinião. Na verdade não entendi muito bem a história e o motivO que impulsionavam os personagens para comportamentos ambíguos e dissimulados até o confronto final.
    Ryan ajudou Bill o tempo todo porque era na verdade o seu próprio pai. O filme mistura mistério terror (cuja representação é os pesadelos de Bill onde aparecem sempre a caveira, etc.)e drama. A trilha de Morricone é genial. Suas músicas podem ser ouvidas com a mesma empolgação e entusiasmo tanto combinadas com as imagens como fora do próprio filme e isso pode ser conferido na recente postagem de E. Sanches com duas versões.
    Preciso vê-lo ainda em DVD para poder fazer uma apreciação melhor.Ah sim, uma sugestão: se não der muito trabalho eu gostaria de ver postadas e disponibilizadas as trilhas de “Meu nome é ninguém” (não só a música tema, mas todas que eu nunca vi editadas em LP ou CD, principalmente a que acompanha o bando dos 150 que querem pegar Jack Beauregard, que é uma obra-prima e de "Ódio e vingança" cujo título original é “I vigliacchi non pregono” com John Garko e Sean Todd. Esse filme é muito negligenciado e não deveria ser assim por porque é uma das obras-primas do Spaghetti western.

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  7. Esse estar entre os ótimos Edelzio, alguns ispaghetti do Petroni não são de muita expressões, mais este sua nota é 10, mais o grande roteirista Luciano Vincenzoni foi também o grande responsável por elucidar esse grande filme. foi roteirista de grandes clássicos como O Bom o Mau e o Feio e Por uns Dólares a Mais. um bom roteirista faz valer um ótimo filme que é muito importante também.

    Luiz Carvalho

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