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28 julho 2010

O RETORNO DE RINGO

Giuliano Gemma aos 72 anos com sua segunda esposa.

“IL RITORNO DI RINGO”
“THE RETURN OF RINGO”
“BLOOD AT SUNDOWN - USA”

Produção Itália / Espanha 1966
Direção: Duccio Tessari
Música: Ennio Morricone, conduzida por Bruno Nicolai
Interpretada por Maurizio Graf
Duração: 95 min.
Fotografia: Francisco Marín
História: Duccio Tessari, Fernando di Leo e Alfonso Balcázar
Assistente de Diretor: Fernando di Leo
Estúdidos: P. C. Balcázar/Barcelona
Lançado pela Ocean Pictures no Brasil
Giuliano Gemma (Montgomery Wood) - Capitão Montgomery Brown
Fernando Sancho - Esteban Fuentes
Lorella de Luca (Hally Hammond) - Helen Brown/Hallu Fitzgerald
Nieves Navarro - Rosita
Antonio Casas - Xerife Carson
Manuel Muñiz (Pajarito) - Hipoméia/Morning Glory
George Martin - Paco Fuentes
Mónica Sugranes - Elizabeth Brown
Víctor Bayo - Jeremiah Pitt (Taberneiro)
Tunet Vila - Mimbreno (Médico Apache)
Juan Torres - Mimbres (Barman)
Jose Halufi - Gravedigging bandido
Fernando di Leo

No fim da Guerra de Secessão, Montgomery Brown, conhecido como Ringo, ex-capitão sulista volta para casa e encontra sua terra ocupada e sua família vítimas de bandidos mexicanos. Para piorar a situação descobre-se ouro no local.
Em “O Retorno de Ringo”, Ducci Tessari inspirado claramente na Ópera “Omero” consegue outro grande sucesso em sua odisséia fazendo a continuação à altura do primeiro episódio. Neste podemos já notar claramente o deserto árido do oeste spaghetti com a tradicional poeira e o fêno rolando pelas planícies e pela cidade de Ninbrace. Bem mais barroco do que “Uma pistola para Ringo” neste percebe-se logo na primeira cena que Giuliano Gemma está bem sujo e já está tomando um drink e não é mais aquele Ringo que mata por dinheiro, mas neste é por justiça pessoal e por valores muito acima do social; o emocional e o sentimental.


Tessari começava a se desgarrar definitivamente dos Épicos Romanos e Capa e espada que tanto dirigiu. Uma história emocionante e envolvente. Antonio Casas neste como xerife Carson está melhor ainda do que no primeiro assim como Nieves Navarro com sua beleza latino-espano aqui cantando e dançando e a atuação de “Lorella de Luca” divina como ex-mulher de Gemma.
Neste que já é também bem mais melancólico e sombrío, utilizou-se praticamente quase todo o elenco do anterior, pois a receita era simples; “em time que está ganhando não se mexe”. Mas pode-se notar que todos os personagens do primeiro exercem papéis diferentes nesta continuação. Escolhido por Tessari para desempenhar Ringo, Giuliano Gemma nunca faria idéia de que seria tão desejado pelas garotas do mundo inteiro nas década de 60 tendo sua popularidade sido comparada a dos Beatles. Realmente foi uma década de surgimento de grandes ídolos que se tornariam mitos. Assim como John Garko para “Sartana” Giuliano Gemma sempre será o Ringo oficial original.
As lutas mano-a-mano são um dos pontos fortes do filme, coisa que os italianos sempre fizeram melhor que os americanos e temos como um bom exemplo as lutas acrobáticas de Trinity e Bambino.

Lorella de Luca (Hally Hammond) aos 70 anos

Neste filme Giuliano Gemma teve sua cicatriz no rosto reforçada pela maquiagem disfarçando-a como um ferimento real ficando muito melhor nos close-ups, aqui mais explorados. O diretor sabia que ele carregaria esta cicatriz para todas as telas do mundo antecipando sua imagem com ela em outros vários filmes. O que ninguém sabia é que aos, 12 anos de idade quando brincava com os amigos em uma área rural na cidade de Réggio Emília na Itália, achou uma granada aparentemente desativada e ignorando o perigo, começo a brincar e ela explodiu em suas mãos e esta foi a causa da existência da cicatriz em seu rosto e por pouco hoje não teriamos o nosso Ringo.

Manuel Muñis (Pajarito), Giuliano Gemma, Hally Hammond e Tunet Vila

Neste segundo filme a trilha sonora é enorme, mas de todas elas a inesquecível mesmo acho que é a música tema do filme. Tudo neste filme é melhor que o primeiro. A história, a fotografia com ângulos mais bem elaborados com a mão de Fernando di Leo e Francisco Marín, a edição melhor planejada, as paisagens desérticas de Almería foram mais destacadas, um maior colorido nas roupas, e Morricone inovando sempre convidando pela segunda vez o cantor Maurizio Graf para interpretar a música tema assim como em “Uma Pistola para Ringo” que revelou a sua inesquecível e inconfundível voz.
Não é um filme perfeito, mas suas imperfeições e a falta de recurso aumenta o encanto do filme para o fã. Exibido na Brasil também com o título de “Ringo não discute... Mata!”. Recomendado a todos que gostam de uma boa e inocente aventura cult.

O ator Giuliano Gemma e esposa chegam para assistir à Kineo Diamanti al Cinema Award no Hotel Des Baines, durante o 65o Festival de Veneza em 31 de agosto de 2008 na Itália onde houve tambem um tributo a Sergio Leone exibindo vários westerns remasterizados com tecnologia de última geração.

9 comentários:

  1. Hola! Siento no saber portugués, pero espero que me puedas entender, ya que son idiomas parecidos.
    Me ha gustado mucho tu reseña de "El retorno de Ringo". Es más seria que la primera parte, pero con una escenografía y estética muy cuidada.
    ¡Giuliano Gemma está tan guapo como siempre a sus 72 años!
    Un saludo desde España.

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  2. Concordo plenamente com seu comentário e atualmente ele é celebridade importante na área da escultura, arte que vem se dedicando atualmente. Sempre muito respeitado na Itália e nos eventos pelo mundo. Acho que este deveria ser o tratamento com nossos astros do passado.
    Espero chegar tambem aos 72 anos de idade e ficar assim colo ele está e com uma bela esposa.
    Parabéns pelo trabalho em seu Blog. Tenho acompanhado de perto.
    Realmente muito bom

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  3. CONVITE - CONVENÇÃO
    Amigos fãs do Faroeste Spaghetti. Não percam a mostra Faroeste Spaghetti, O Bangue-Bangue à Italiana.
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    Apoio: Edelzio Sanches
    BangBangitaliana.blogspot.com

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  4. IL RITORNO DE RINGO é o melhor filme de Giuliano Gemma, apesar de muitos considerarem O DÓLAR FURADO. E é também a melhor realização de Duccio Tessari que usou a mesma equipe de base de UNA PISTOLA PER RINGO, do elenco ao elaborador da excelente trilha sonora. E Ennio Morricone, como sempre, dispensando apresentações. Ainda recordo quando ouvi no rádio o anúncio do filme quando foi exibido em minha cidade no final dos anos 60. Porém, só pude assisti-lo anos depois, e mesmo assim, ainda burlando a censura com uma carteirinha de idade alterada, pois ainda não tinha 18 anos... Algum tempo depois, percebi claramente as semelhanças com a "Odisséia" quando desenhava um cartaz com o tema e escutava o disco com a trilha sonora conseguida com muita sorte.

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  5. E."sabata"Sanches desta vez eu discordo de você, porque considero esse filme perfeito.As aparentes imperfeições no cenário e no vestuário se devem a uma tentativa de se aproximar do cotidiano das cidades da Grécia antiga.As vestimentas eram simples e despojadas. Tessari queria isso mesmo, além do que economizaria no orçamento do filme.Acho que a caracterização ficou boa daquela forma mesmo. Os penteados das personagens parecem realmente gregos

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  6. As vezes costumo mesmo fazer algumas indagações sobre alguns detalhes técnicos destes filmes propositalmente pra provocar pessoas sensíveis a obra como você.
    Aprigio, você é mesmo um observador fantástico e sincero e é bom te-lo com um participante e crítico fiel deste nosso blog.
    Todos os comentários que chegam a mim de alguma forma são construtivos.
    A opinião do leitor à postagem é o que vale.
    Grato mais uma vez.

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  7. Quanto a Giuliano Gemma quero dizer o seguinte: quem não gostaria de ser Giuliano Gemma com aquela pinta toda? Com certeza deixou as mulhreres do período, que acompanharam sua trajetóira,enlouquecidas.Acho que só encontrava rival na Itália em Franco Nero e fora de lá em Alain Delon. Possui um tipo físico diferente do modelo do americano. Muitos queriam ser igual a ele.

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  8. Considero O Retorno de Ringo um clássico, um filme sereno pelo motivo do Tessari se prevalecendo-se da literatura clássica Homérica, e ainda pega uma carona no grande tema clássico o Silencio do compositor Nini Rosso, fazendo jus ao filme.

    Luiz Carvalho

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    Respostas
    1. Serviu para muitos outros produtores da época como escola e caminho para outros bons Espaghettis.

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