Parada no Inferno - Brasil
Stop Over in Hell - USA
Road to Hell - Alemanha
Parada en el Infierno - Espanha
Stop - Reino Unido
Produção: Espanha, 2016
Direção: Víctor Matellano
Escrito: Antonio Durán, Juan Gabriel García, Vitor Matellano e Eugenio Martín
Música: José Ignacio Arrufat
Fotografia: Daniel Salas Alberola
Duração: 92 minutos
Locações: Colmenar Viejo, Granada, Andalucía, Almería, Titulcia, Manzanares el Real, Mini Hollywood,
Tabernas, La Pedriza, Dehesa de Navalvillar, Madri, Espanha.
Elenco:
Fernando Valdivielso - Vítima no Assalto
Pablo Scola
- Coronel
Karlos
Klaumannsmoller - Fugitivo
Elvira
Moliterno - Garota
Maarten Dannenberg - Red
Armando Buika - Cuba
Marta Fenollar
- Mãe
Gabriel
Matellano - Kid
Denis Rafter - Ernest
Víctor Vidal - Chris
Tábata
Cerezo - Mestiça
Guillermo
Montesinos - Joe
Tania Watson - Liz
Veki Velilla - Anne
Larry Tayles
- Funcionário Diligência do Leste
Andrés
Guerrero - Pony Express
Conrado San
Martín - Pai na fotografia
Antonio
Mayans - Funcionário Diligência do Sul
Enzo G. Castellari - Zingarelli
Andrea Bronston - Sra. Withman
Nadia de
Santiago - Rose
Jorge
Quesada - Coachman
Manuel
Bandera - Tim Rogers
Ramón Langa
- Guarda do Ouro
Alguma coincidência com "Os 8 Odiados" é mera semelhança mas "Parada no Inferno" pode ser considerado como um bom, velho e tradicional Espaghetti Western contemporâneo ambientado logo após o fim da Guerra Civil, no momento em que a ferrovia chegava trazendo mudanças e progresso e os transportes e viagens através das diligências começavam entrar em declínio, também devido à constante ameaça representada por bandidos e rebeldes do pós guerra.
Totalmente filmado na Espanha, o Coronel é um destes maníacos sobreviventes do conflito racista e carrega com eles os seus parceiros de terror, Red e Cuba, inescrupulosos e sanguinários assim como ele e levam com eles uma mestiça índia refém.
O diretor Victor Matellano, não deixa muito a desejar frente a Quentin Tarantino na dosagem de sangue e violência em um faroeste tradicional renovado, totalmente temperado com esses ingredientes.
Já no início do filme, podemos constatar a crueldade da gangue do Coronel com seu sadismo, estupro, assassinato e ganância, motivos que moverão o roteiro da história violenta e cruel até o fim.
O Coronel é um vilão, que lembra um personagem interpretado por Lee Van Cleef em "For a Few Dollars More" como o próprio diretor Matellano admitiu em entrevista ao site espanhol "La Abadia de Berzano". Explicou que queria dar um traço dele a seu personagem principal como uma espécie de homenagem ao filme Cult de Sergio Leone, mas também adicionou um toque de psicopatia ao personagem e influenciando os outros membros de sua gangue de bandidos.
O Coronel é sarcástico, cruel, arrogante e sem compaixão que comete crimes horríveis e ele próprio imagina-se totalmente seguro de que nunca será punido por seus atos. Para este papel o ator Pablo Scola é um show à parte.
O cenário principal da história e um posto de parada de diligências da empresa Black Hell, onde Chris e o veterano Ernest
estão no comando, e naquela manhã, como sempre, esperam por viajantes.
O primeiro veículo do dia consiste em duas irmãs atraentes, Liz e Anne, que estão de luto pela morte de seu pai. Elas estão viajando para cumprir sua última vontade para que possam começar uma nova vida. Interessante destacar as locações e todas elas foram filmadas na mesma região em que Leone filmou a sua trilogia dos dólares e em seus outros trabalhos, como "Giù La Testa" [1971] e "Il Mio nome è Nessuno" [1973].
Logo após a chegada das irmãs, a gangue do Coronel chega na parada. Não chegaram por acaso, procuram algo muito específico e têm a certeza que alí vão encontrar. A quadrilha é recebida com desconfiança por suas aparências e atitudes, no entanto, eles não têm nenhuma intenção de fingir.
Eles aprisionam todos os presentes e começam um jogo macabro que só eles gostam de jogar. O Coronel, pede apenas uma coisa: que cumpram sua lei e esperar, mas a noite é longa e os abutres percebem o cheiro de morte que a parada da diligência emite.
No roteiro percebemos elementos do tradicional Western Epaghetti e é mais do que apenas uma história de cowboys e bandidos; é uma parábola da luxúria e do ódio dos homens.
No elenco encontramos o grande mestre Enzo G. Castellari (Keoma), interpretando Zingarelli, que esteve envolvido Diretamente no projeto deste filme. Há uma homenagem ao ator Conrado San Martin "Duke Buchanan" em "A Sombra de uma Arma" [1965] em uma foto De seu pai, mostrada pelas jovens irmãs.
Castellari admitiu que Stop Over in Hell é o melhor trabalho de Matellano, com uma história mais madura e melhor retratada.
A tensão e o suspense é bastante sustentado e a linha da história e o ritmo foram aprimorados.
O trabalho de imagem é incrível e o jogo resumido e reverso é lindamente jogado, valorizando também aos efeitos especiais de Colin Arthur, vital para este filme, pois está repleto de armas de mão, facas, carne e sangue.
É um marco, após algum tempo no esquecimento, bons faroestes voltarem às telas. Você gostará de apreciar este.
Atendendo a dezenas de pedidos, fiz a tradução, criei e disponibilizei uma subtitle/legenda em português brasileiro no formato SRT para este filme que achei muito interessante e curioso com uma postura diferente em mostrar a violência neste seguimento que nunca morrerá.
Oficial Trailer Youtubehttps://www.youtube.com/watch?v=_-ElE7CDzuw&ab_channel=Ma.ConchetaAlfeche
- Obrigado!
ResponderExcluirUm bom filme pra você.
ExcluirNão conheço este filme mas vou já tratar do assunto! Vou ver assim que puder.
ResponderExcluirUm pormenor: na primeira imagem deste post está Tania Watson a apontar um revólver. Talvez seja mera ilusão de ótica mas, quando olho para a imagem, recorda-me a atriz italiana Simone Blondell.
Grande abraço!
Já vi o filme e gostei bastante. É realmente muito violento e é claramente uma homenagem aos westerns italianos. Diria que é uma mistura entre "Prega il morto e ammazza il vivo" e "Quinto: non ammazzare", que são dois westerns cuja ação acontece num posto de diligências.
ResponderExcluirNo texto é referido que Lee Van Cleef em "Por mais alguns dólares" foi a inspiração para o personagem "o Coronel" devido ao seu sadismo. Mas nesse filme de Leone, Van Cleef não foi sádico; o sádico e o louco nesse filme foi Gian Maria Volonté. Lee Van Cleef fez, de facto, o papel de vilão sádico e cruel em "Il buono, il brutto, il cattivo".
Muito bom.
ExcluirObrigado pelo comentário.