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12 dezembro 2020

Jeffrey Hunter * O último filme "Viva América: La Vera Storia di Frank Mannata" [1969] O Poderoso Frank Mannata (Brasil) subtitle/Legenda Exclusiva Ptbr srt


Ilustração Fantasia

O Poderoso Frank Mannata - Brasil 
¡Viva América! - Espanha 
Viva América: La Vera Storia di Frank Mannata - Itália 
Die Wahrheit Über Frank Mannata - Alemanha 
Le Clan des Frères Mannata - França 
Die Wahre Geschichte des Frank Mannata - Alemanha 
Tromokrates tou Chicagou - Grécia 
The True Story of Frank Mannata - Honk Kong 
Frank Mannata Igaz Története - Hungria 
The Mafia Mob - Irlanda 
La Vera Storia di Frank Mannata - Itália 
L'urlo di Chicago - Itália 暴力シンジケート/乱射!白昼のマシンガン戦争 - Japão 
Mafia Mob - UK 
Cry Chicago - USA 


Jeffrey Hunter - Frank Mannata 
Guglielmo Spoletini (William Bogart) - Salvatore Mannata 

Margaret Lee - Lucia Barrett 
Gogó Rojo - Rossella Mannata 
Pier Angeli - Bambi 
Eduardo Fajardo - Peter O'Connor 
Beni Deus - Timothy 
Miguel del Castillo - O'Brian 
Luis Induni - Inspetor Buchanan 
Víctor Israel - Dr. MacDonald 
Barta Barri - Matón 
Ricardo Palacios - Charlie Romero 
Armando Calvo - Senador Charles Temple 
E com Sun De Sanders, Paloma Cela, Antonio Pica, Lola Villar, Mike Brendel, Juan Olaguivel, Fernando Bilbao, Kathy Lagarde, Yamil Omar, Antonia Mas, Rafael Vaquero, Adolfo Thous, Manuel Bermúdez 'Boliche' e José Solís. 


Um filme raro e o último protagonizado pelo ator Jeffrey Hunter. Em 1930s, os imigrantes Italianos da Siscilia Frank Mannata, seu irmão Salvatore e sua irmã Rosella se estabelecem em Chicago em meio aos grupos mafiosos. 

Os mafioso O'Connor é um subordinado a outro poderoso mafioso Messina e eles administram juntos seus negócios ilegais com suas enormes gangues de bandidos. 

Uma guerra pelo poder dos negócios ilegais é iniciada por Frank Mannata, rescém chegado da Siscilia, visando concretizar o seu sonho de enriquecer na América nem que seja mesmo com muito sangue derramado. Um filme com uma trama intensa com muitas mortes, torturas, romance, traições e suspense com baixo orçamento e feito sem muitas pretenções. 


A Chicago criada nas locações espanholas são estranhas e pode se perceber que estes locais eram onde rodavam muitos Espaghettes Westerns europeus naquela década. A música "Wait and Dream" é interpretada por Pier Angeli e de autoria de Gianfranco Reverberi. Henry Herman McKinnies Jr., mas conhecido por seu nome artístico Jeffrey Hunter, nasceu em 25 de novembro de 1926 em New Orleans, Lousiana (USA) e atuou ao lado de John Wayne em "Rastros de Ódio" e considerava um marco em sua carreira. 


Durante as filmagens de "Um Beijo ao Morrer" em 1956, Hunter conhece sua segunda esposa, Joan Barlett, uma modelo que teve grande influência em sua carreira até o seu trágico e prematuro final. 

Em 1961 o ator interpreta Jesus Cristo em "Rei dos Reis" e alavancou sua carreira pelo belo rosto bonito. Interpretou o Capitão Pike em um episódio piloto de "Jorandas nas Estrelas” em 1964. Em 1967 o ator se envolve com o álcool que o acabaria envolvendo-se até mesmo com a polícia local. 

 
 
Sabe-se que Jeffrey Hunter sofreu lesões e queimaduras de pólvora no rosto durante as filmagens deste filme na cena do tiroteio entre os dois carros. 

Daí em diante passou a viver com vertigens e dores de cabeça. Isso ocorreu devido a uma explosão, cujos efeitos, suspeita-se que podem ter sido a causa com que ele caísse meses depois de um lance de escadas batendo com a cabeça em sua casa na Califórnia, levando-o a uma hemorragia cerebral fatal vindo a morrer em 27 de Maio deste mesmo ano. É um bom filme e marcante e especial envolvendo a carreira de Jeffrey Hunter. 

 
 
Elaborei uma legenda/subtitle no idioma português SRT para este filme com áudio alemão, pois não existia nenhuma para ele e a partir dela os fãs podem agora traduzi-la para outros idiomas. A minha homenagem a este grande ator. 
 
Link disponível do filme: 
Áudio Alemão
https://www.youtube.com/watch?v=nuiijaPH28Y&t=6904s&ab_channel=JEFFREYHUNTER
“ Viva América: La Vera Storia di Frank Mannata (1969) O Poderoso Frank Mannata (Brasil) Subtitles/Legendas Inéditas PTBR para vídeo com áudio Alemão. EXCLUSIVA”

23 março 2017

Os 4 Magníficos Pistoleiros [Lo Chiamavano Veritá...] Especial Brasil


Os 4 Magníficos Pistoleiros - Brasil
Lo chiamavano Verità - Itália
Le llamaban la verdad... - Espanha
Itan pio tolmiros kai ton elegan Verita - Grécia
Smartast i västern - Suécia
They Call Him Veritas - USA

Produção Itália e Espanha 1972
Direção: Luigi Perelli
Escrito: Oreste Coltellacci
Duração: 90 minutos
Música: Manuel De Sica
Fotografia: Mario Capriotti
Edição: Sergio Nuti
Locações: Almería, Andalucía, Espanha
Co Produção: Realizzazioni Telecinematografiche Roma e Medusa Distribuzione


Mark Damon - Verità/Veritas/Verity
Pasquale Nigro (Pat Nigro) - Gigante/Chiggerr
Pietro Ceccarelli - Jesse/Yesael
Guglielmo Spoletini (William Bogart) - Spencer
Enzo Fiermonte - Capitão Confederado
Franco Garofalo - Al/Miserável/Miséria
Maria D'Incoronato - Paquita
Luigi Bonos (Gigi Bonos) - Pierre/Garçon
Corrado Annicelli - William James
Giorgio Dolfin - Jovem Frade
Stefano Oppedisano - Mexicano Agonizando
Giuseppe Alotta - Xerife
Rick Boyd (Frederico Boido) - Segurança loiro de Spencer
Mauro Mannatrizio - Segurança de Spencer com barba
Pietro Torrisi - Homem grita no saloon
Fiorella Mannoia - Garçonete
E com Franco Scanni, Gilberto Galimberti, Tony Askin e Michele Basile.


Este é outro filme em que por falta de informações e material na internet, resolvi fazer uma explanação mais elaborada e pesquisada após assisti-lo algumas vezes.

Verità [Verdade], Jesse, Miséria [Al] e Chigger são quatro malandros desocupados que vivem de golpes pelo oeste. Aproveitando-se da confusão causada pela Guerra Civil, eles usam uniformes diferentes adequadamente dependendo da situação em que são envolvidos. Jogam no time que está vencendo.
Eventualmente, eles usam os uniformes errados e caem nas mãos dos sulistas, e tentam se consagrarem heróis mas são descobertos por um capitão sulista (Enzo Fiermonte) que os condenam à morte por deserção e traição mas logo em seguida são libertados pela anistia em consequência de ser declarada o fim da guerra. Sem dinheiro, desajeitados e estômagos vazios, os quatro vagueiam por comida a qual só conseguem através de suas apostas e trapaças em jogos pelas cantinas e saloons por onde passam.

Conseguem também uma refeição grátis dos monges de um mosteiro, e em seguida ainda trapaceiam os monges em um jogo com cartas e tomam suas mulas como prêmio no jogo. Verità aparentemente é o líder do bando que inseparavelmente de um livro, é quem planeja as várias maneiras e artimanhas por onde passam para conseguirem seu objetivo comida e dinheiro.


Casualmente um dia em um saloon descobre a trama em que alguns bandidos apoderam-se de um carregamento de ouro do Exército Confederado que era destinado ao Governo Federal ao fim da guerra.
Entre o Passo do Diabo, Sacramento e San Antonio, muita confusão irá acontecer, pois é o trajeto que farão para perseguirem pegar o ouro. Para isso, porém é necessário fazer com que a garçonete do saloon "Paquita" (Maria D'Incoronato) entre na jogada pois depende dela a ajuda para conseguirem o ouro, pois ela sabe em que quarto do saloon está escondido o ouro que pertence ao misterioso dono do lugar que vive recluso e que também possui uma metralhadora no quarto onde está o baú cheio de ouro.
Eles desenvolvem um plano para fugir da vigilância dos guarda-costas do militar para roubar o seu ouro. Conseguindo invadir o quarto, eles carregam o ouro em uma carroça enquanto uma violenta briga é provocada por Paquita, Verità e Jesse no andar de baixo do saloon para acobertar o roubo.


Quando eles estão prestes a tomar a estrada com todo o ouro na carroça, são por sua vez, surpreendidos por um personagem misterioso e Verità fica admirado quando pergunta o seu nome. Ele responde ser William James, coincidentemente é o autor do livro "Como ficar Rico no Oeste", que Verità vêm lendo durante toda a história e seguindo passo-a-passo o que nele está escrito confirmando a eficácia da história escrita por seu autor o ex-militar James para ficar rico no oeste.

Verità fica tão entusiasmado que pelo otimismo e sucesso do livro que permite a fugo de James com todo o ouro e parte com seus companheiros para um novo plano em ficar rico através deste livro. Situações curiosas e as vezes absurdas e pouco envolventes estão no roteiro como:

Verità (Mark Damon) ordena a seus amigos para fazerem uma corda com os lençóis e para juntos fugirem da prisão pela janela e diz "Porra, está curta", e pega então os cinturões dos amigos para completar o tamanho da corda e assim laçam-na ao pescoço de um cavalo em que puxa as barras de ferro da grade da janela após Jesse espantá-lo com um dardo lançado através de uma sarabatana de dentro da cela para que ele partisse à galope. O que o direto esqueceu é que o cavalo levou a corda no pescoço e mesmo assim eles descem pela mesma corda que o cavalo levara consigo.


Há um jogo de ferraduras em que são arremessadas em um pino de ferro, tradicional no oeste em que o baixinho Chiggerr (Pasquale Nigro) usa ferraduras magnéticas para trapacear seus adversários. Uma cena curiosa que na teoria até funcionaria mas aqui, muito fantasiosa. Miséria insiste em beijar a ferradura magnética para dar sorte, e não sabendo que é magnética, ao beijá-la tem um par de seus dentes arrancados da boca.

Ao lavarem pratos em uma cozinha como forma de pagamento por sua comida, travam uma guerra de pratos e comidas bem ao estilo Hill / Spencer. O baixinho Chiggerr também mantém em suas mãos um jogo de cartas estranhas falsas aplicando golpes em todos por onde passa. Até tem um bom elenco com rostos conhecidos, um bom figurino, bom número de extras e um belo cenário.

O problema é a falta de uma história mais convincente e ideias melhores e até a edição prejudicou no geral. O ambiente em que o filme é rodado é até confortável, transmite o clima para quem assiste, mas falta a ação que nunca vêm. Nem Fidani conseguiu fazer um filme assim. A música de De Sica não é ruim. Pietro Torrisi, astro também de épicos romanos está creditado no elenco mas não se consegue identificá-lo assim com Gilberto Galimberti.


Ao planejarem usar explosivos para bloquearem a passagem da carroça com ouro no Passo do Diabo, não conseguem êxito por dependerem de um cigarro de Jesse para acenderem o estopim da dinamite que é aceso com atraso pelo tempo perdido em procurarem pelo último cigarro aceso em meio a areia do deserto.

Além de Verità que não larga o seu livro, temos o escocês Jesse, citando provérbios de seu avô em várias situações desnecessariamente. Temos Chigger contando piadas estúpidas e sem sentido com suas cartas falsas e Miséria, carrancudo e estúpido, e os quatro vagueiam juntos sempre atrás de sua próxima tentativa de fraude. O diretor ainda conseguiu introduzir ao filme um saloon com cardápio de comida italiana e outro de comida francesa e um típico garçon francês que as vezes é até engraçado.


Um filme fraco e desprovido de boas ideias, onde os truques modestos não são o suficiente para encher as lacunas da narrativa. A inconsistência dos personagens e a inadequação de ritmo é realizada com apatia. Embora seja centrada sobre as façanhas fracassadas de quatro pobre andarilhos, o filme tem um ritmo lento e a diversão não vai além de gestos e apenas alguns poucos diálogos merecem alguma atenção.

Mark Damon consegue sacar seu revólver uma única vez para fazer com que o chapéu volte para cabeça de Jesse, trazendo aquela lembrança de sua consagrada atuação como Johnny em “Ringo e suas Pistolas de Ouro” (1966 de Sergio Corbucci). As piadas prontas, não causam efeito algum no roteiro. Infelizmente temos consideráveis atores que estão praticamente desorientados no filme pela falta de criatividade e ideias do diretor.


Este sem dúvida é um dos últimos Espaghettis produzidos e um dos mais baratos já realizados.
Parece que ele tem uma história e algum tipo de roteiro, mas sem inspiração alguma pelo diretor. É estranho que depois de tantos Espaghettis produzidos, este aqui tenha sido produzido sem nenhuma inspiração, pois a impressão que fica é que o diretor não assistiu a nenhum deles.

Distribuição nos cinemas brasileiros foi feita pela Seleção Ouro na década de 70 e inédito na TV brasileira. Tenho três versões deste filme sendo uma em áudio espanhol, uma em italiano e uma em inglês e esta última possui cinco minutos a mais que as anteriores, mas que não altera em nada o conteúdo das outras.


CAPA VHS LANÇADA NA ESPANHA


Versão áudio Inglês disponível no Youtube 
Tema original disponível no Youtube
Música: Manuel De Sica

18 novembro 2015

...E Intorno A Lui Fu Morte [Em Torno Dele Rondava A Morte] Especial Brasil


Em Torno Dele Rondava A Morte - Brasil
...E Intorno A Lui Fu Morte - Itália
Pagó Cara Su Muerte - Espanha
Autour De Lui Que Des Cadavres - França
Tierra Brava - Grécia e USA
Death Knows No Time - USA

Produção: Espanha e Itália 5 de Março de 1969
Direção: León Klimovsky             
Escrito: Miguel Cussó, Odoardo Fiory e Eduardo Manzanos Brochero
Produtor: Eduardo Manzanos Brochero e Luigi Mondello
Duração: 99 minutos
Música: Carlo Savina e “I Cantori Moderni di Alessandroni”
Harmônica: Franco de Gemini 
Fotografia: Emilio Foriscot          
Edição: Antonio Gimeno             
Decoração do Set: José Luis Galicia e Jaime Pérez Cubero          
Diretor Assistente: José Ulloa
Locações: Colmenar, Madrid, Espanha
Co Produção: Estela Films [Madri] e Nike Cinematografica [Roma]


Guglielmo Spoletini (William Bogart) - Martín "Lupo" Rojas
Wayde Preston - Xerife Federal Johnny Silver
Agnès Spaak - Mary Andrea/Sra. Rojas
Eduardo Fajardo - Trevor
Pilar Cansino - Sra. Stacy/Mãe adotiva de Juan
Sydney Chaplin - Red Stacy
Fabrizio Mondello - Juan
Fernando Sánchez Polack - Andrés Carranza "Yuma"
Miguel del Castillo - Diretor do Banco
Ángel Menéndez - Juiz
Alfonso de la Vega - Marlon/Chefe dos bandoleiros
e com Luis de Tejada, Manuel Tejada, Alberto Gadea, Jaime de Pedro e Juan Fairen.


O xerife Federal Johnny Silver de passagem por um pequeno rancho pergunta ao velho fazendeiro se havia passado alguém pelo local e o velho responde que sim, enterrando dois corpos em duas sepulturas e complementa: Ele acabou de passar por aqui e fez isso.

Seguindo em frente, o xerife aproxima-se da cidade de “Quemados”, ouvindo tiros e ao chegar depara-se com cadáveres espalhados pelas ruas e pelo saloon. Ele está à procura de um foragido mexicano e adivinha quem acaba de deixar o local? Ele mesmo, o seu foragido, Martin Rojas.

Este é o início da história que seria contada ao xerife Johnny Silver por um dos amigos e comparsas de Martin Rojas que após o tiroteio foi ferido e capturado. É Yuma, o braço direito de Rojas. Para esse desfecho, Yuma narra ao xerife o que aconteceu para que seu amigo Martin chegasse a esse massacre.

Martin Rojas foi atacado por um grupo de bandoleiros que trabalham para fazendeiros ricos e o capataz é Marlon (Alfonso de la Vega), rosto conhecido dos maldosos do Espaghetti. Ele tem sua casa incendiada pelos homens de Marlon, junto com outros camponeses mexicanos e são forçados a se defender e com essa reação, matam estes bandoleiros.

Com toda a violência e para defenderem suas famílias, eles são forçados a abandonar as suas terras vendidas aos Estados Unidos pelo General Santana em um acordo assinado no tratado de Getzville.

Toda essa tragédia é no dia em que comemorava a notícia da gravidez de sua esposa Mary Andrea (Agnès Spaak) que por sorte sobrevive ao ataque e despedindo-se de Martin partindo para o México com a caravana de refugiados.


Um grupo de compatriotas mexicanos liderados por Martin, armam-se e começam a cumprir assaltos e saques em toda a região para compensarem um pouco das suas perdas e com o premio de recompensa à Martin Rojas subindo a cada ataque promovido pelo bando.

Depois de planejar o maior golpe roubando $ 300.000 dólares do banco de Black Barry proposto por seu velho amigo Trevor (Eduardo Fajardo), um gringo, Martin é capturado e condenado a trabalhos forçados por duros vinte anos confinados em uma pedreira. Red Tracy (Sydney Chaplin – filho de Charlie Chaplin), o xerife que realizou a prisão de Martin no dia do falecimento de parto da esposa de Rojas, adota voluntariamente o seu filho recém nascido, Juan Rojas [Fabrizio Mondello] em seu único filme em sua carreira.


Depois de ter cumprido dez anos, o tempo de prisão de seu amigo e meio irmão Andrés Carranza "Yuma" (Fernando Sánchez Polack - muito bem neste papel), Martin recebe uma carta do xerife Tracy pedindo-lhe para desistir do seu direito de seu filho Juan e propõe em conceder-lhe a legalização da adoção. Rojas recusa-se e inconformado foge da prisão com o desejo de reaver o garoto de volta agora com mais de dez anos de idade.

Rojas muda de ideia em reaver o garoto pelo seu passado cheio de crimes. Martin muito magoado com tudo parece estar meio perdido em toda a situação quando de repente aproveitando-se do momento de fraqueza e depressão, Trevor reaparece, propondo um recomeço na carreira do crime e o leva a seu refúgio para conhecer seu novo bando mas tudo não passou de um golpe para capturá-lo e torturá-lo para confessar onde escondeu os $ 200.000 dólares restante do assalto ao Banco de Black Barry, seu grande golpe.


Sem sucesso na confissão, o bando de Trevor sequestra o garoto Juan e levam o garoto até Rojas convertendo a tortura física em tortura psicológica aumentando ainda mais a sua dor em ver seu filho ter seu peito queimado por Trevor com um charuto aceso impiedosamente.

Martin em "Desvantagem" como ele diz, é forçado a se render e se dispõe a entregar o dinheiro escondido em troca da liberdade do garoto. Durante a viagem para mostrar o esconderijo do dinheiro a Trevor, Rojas, escapa juntamente com o menino e um dos homens de Trevor que o trai com a intenção em ficar com todo o dinheiro para si.


Ao apoderar-se do dinheiro e matar o traidor de Trevor, é iniciada uma grande fuga inevitável pelo deserto para Martin e Juan escaparem do bando de Trevor. A amizade do garoto durante a viagem sofrida vai aumentando com Martin Rojas e ele passa toda a história sem saber que ele era o seu verdadeiro pai.

Em um extremo de sobrevivência, são salvos no deserto pelo velho fazendeiro e Martin e Juan após se recuperarem aos cuidados do fazendeiro partem em viagem. Martin deixa Juan em sua casa com sua mãe (Pilar Cansino) e que, contudo, não se atreveu a dizer-lhe que era seu verdadeiro pai.


Martin tem apenas um pensamento: a vingança de Trevor e seus homens mas na batalha que se segue, depois que o bando é separado, Trevor e Rojas matam-se entre sí em uma desesperada conclusão: Um pelo dinheiro e outro pela vingança.

Leon Klimovsky que, além do ótimo Western que funciona como um triller de suspense “Quinto non Ammazzare” [Seu Mandamento era Matar] (1969) com Steven Tedd e Germán Cobos sempre conseguiu bons resultados filmando Westerns sempre com histórias que envolvem o cotidiano de todos independe do tempo e tornaram-se filmes memoráveis por seus temas abrangidos.

Aqui certamente percebe-se isso. Ele dirige grandes atores, com um bom e experiente diretor de fotografia, Emilio Foriscot "Faccia a Faccia" [Quando os Brutos se Defrontam - Brasil] (1967) dirigido por Sergio Sollima com Tomas Milian e Gian Maria Volontè entre outros.


Como protagonista principal, um ator incomum, William Bogart, que aqui desempenha talvez o seu maior sucesso, que é representar o caráter de Martin "Lobo" Rojas, um camponês honesto e batalhador como todo o seu povo que é forçado a se transformar em um sangrento bandido mexicano que tem as suas recaídas de melancolia e coração frágil.

O vilão é o maldoso e frio Eduardo Fajardo, enquanto Wayde Preston desempenha o papel do Agente Federal que procura a verdade em nome do bandido mexicano. Klimovsky é muito realista mostrando várias situações de injustiça que os pobres tiveram que se submeter aos poderosos gringos para traçarem seus destinos procurando por liberdade e prosperidade.

Os tristes acontecimentos em sua vida levou Martin Rojas [Alguns momentos lembra "Cochillio" (La Resa dei Conti)] de homem de paz a um bandido sanguinário e cego por vingança.


Klimovsky também valoriza o filme enriquecendo-o com poucas mas boas cenas de ação e uma igualmente grandiosa montagem. Além disso, os diálogos melodramáticos tornou um dos filmes favoritos nessa categoria dentro do Espagheti Western. A dramaticidade tem seus momentos mais profundos que causam maior impacto talvez pela melhor fase de interpretação de William Bogart (William Spoletini) contracenando com um jovem ator Fabrizio Mondello.


O filme é interessante pelos elementos dos Westerns políticos que estavam sendo feitos na Europa na época, e na maior parte Martin Rojas é o protagonista sofredor, condenado e perseguido por todos e por tudo. A violência é retratada como uma doença que passa de homem para homem. Todos atraem para si a perversão e a auto -destruição. Começa tudo como uma auto-defesa e termina num banho de sangue.

Esta visão pessimista presumivelmente surge a partir da experiência da Guerra Civil Espanhola e Espanha Fascista ao contrário de outros filmes como “Garringo” (1969), Rojas mantém sua humanidade através de seu amor por seu filho e sua falecida esposa. Este elemento humano das relações familiares que se ligam a uma pessoa da comunidade é outro aspecto importante destes filmes.


Toda a remissão dos pecados de Martin Rojas é demonstrada na cena final quando se despede de seu filho Juan. Um herói atípico para um Western.

A representação do racismo na América, também tem seu espaço neste filme que não passa despercebido para os fãs mais assíduos e técnicos que conseguem observar em uma única vez por segundos a presença de um Afro-Americano em trabalhos forçados nas cenas da colônia Penal.

Sempre entre os prisioneiros, os diretores incluem pessoas de cor para lembrar que o preconceito existe. O maestro Carlo Savina fornece uma bela soundtrack com apenas cinco ótimas sequências musicais com parceria do Coral dos “Cantores Modernos de Alessandroni” e a participação da harmônica de Franco De Gemini, entre outras que construiu com muita inspiração como "Johnny Oro" [Ringo e Sua Pistola de Ouro - Brasil] (1966) de Sergio Corbucci e "Joko Invoca Dio... e Muori" [Joko Invoca Deus... e Mata - Brasil] (1968) de Antonio Margheriti entre outras.

Leon Klimovsky sempre foi mais conhecido pelos fãs no cinema "Eurotrash" por seus filmes de terror como "Vampire Night Orgy" (1974), no entanto, ele dirigiu vários Westerns.

"Pochi Dollari per Django" [Poucos Dólare para Django] (1966), Rattler Kid: Se Queres Viver... Atira (1967) com Richad Wyler e Brad Harris e Fedra West (1968) com James Philbrook e a brasileira Norma Bengell que são os melhores aceitos por críticos.

Aqui em espanhol "Tierra Brava" é feito com competência e muito interessante. As cenas da fuga no deserto entre pai e filho são memoráveis.

No começo a história parece confusa, mas logo se percebe que é um flash back que esta sendo narrado e com o belo trabalho de edição de Antonio Gimeno, as cenas enigmáticas e os diálogos começam a se encaixar resultando num belo e bem definido final.
Emilio Foriscot fotografou muitos filmes "Eurotrash", incluindo o de Sergio Martino "Lo Strano vizio della Signora Wardh" (1969) e "La coda dello scorpione" (1971) e entre seus Westerns incluem-se ainda "Anda Muchacho, Spara! [O Pistoleiro do Inferno – Brasil] (1971) e "Due Croci a Danger Pass" [Passagem Para o Inferno – Brasil] (1967), todos considerados muito bons pelos fãs.

Mesmo com tanta experiência de Emilio Foriscot na fotografia e a edição de Antonio Gimeno algumas falhas são observadas como já mencionei por fãs mais fervorosos como a filmagem de uma única explosão da pedreira na colônia penal feitas com o sistema de edição com zoom da câmera e multiplicando a cena, fizeram com que uma única tomada multiplicada, se transformasse em cinco explosões. Será que foi para economizar dinamite?

Um Espaghetti Western muito agradável para relembrar e inédito na TV Brasileira.
Infelizmente não se tem notícia de uma cópia remasterizada em DVD mas estamos esperando que apareça alguma e quem tiver informações por favor deixe mensagens em comentários.

13 janeiro 2012

Sartana é seu nome - “Lo Irritarono... E Santana Fece Piazza Pulita” - Brasil

Sartana Mata Para Não Morrer - Brasil
“Lo Irritarono... E Santana Fece Piazza Pulita”
“Un Par De Asesinos – Espanha”
"And Sartana Killed Them All - USA"
“Et…Sabata les tua tous – França”

Produção: 1970
Itália - Espanha
Direção: Rafael Romero Marchent
Música: Marcello Giombini
Duração: 98 Minutos
Fortografia: Guglielmo Mancori
Distribuição Original VHS no Brasil: Reserva Especial
Escrito: Mario Alabiso, Santiago Moncada e Santiago Moncada
Estudios interiores de Cinecittà – Roma
Almeria, Andalucia. La Pedrizza, Manzanares, Titulcia - Espanha
Co-produção – Tritone Filmindustria – Rome &
Producciones Cinematográficas Dia - Madrid

Elenco
Gianni Garko (John Garko) - Sartana / Santana
Guglielmo Spoletini -(William Bogart) – Marcos/Mike
María Silva – María Anderson
Luis Induni – Xerife Laughton
Raf Baldassarre - Rock e Fred Burton (Perkins)
Frank Branã – Sr. Lester (Jogador de Poker e dono do Saloon de Blackwood)
Francisco Sanz (Paco Sanz) - Juiz Parker
Cris Huerta - Xerife Smithy
Jesús Guzmán - Logista
Joaquim Parra - Sam – Pistoleiro no Saloon
Cristina Iosani – Carmelita/Carmen
María Martín – Passageira da Diligência/Refém na pousada
Andrés Mejuto – Richard Kirby (pai dos quatro maníacos)
Carlos Romero Marchent – Donald Kirby
Charly Bravo (Carlos Bravo) – Aron Kirby
Álvaro de Luna – Patrick Kirby
Alejandro de Enciso – Franklyn Kirby
Lorenzo Robledo – Assistente do xerife Laughton
Jesus Aristu e José Antonio Lopez.
Ao participar de ação criminosa em uma operação para roubar 10.000 dólares, Sartana e Marcos abandonam o ouro deixando com o cúmplice Burton, durante um encontro com homens do xerife.
Sartana foge de uma captura e Marcos é preso libertando-se com estratégia.
Juntos novamente, os dois saem à caçada de Burton matando-o, quando surge Maria, uma jovem que é a única que sabe onde está escondido o ouro. No caminho, Marcos e Sartana recuperam o dinheiro. Decidido a possuir todo o dinheiro, Marcos trai Sartana e foge levando Maria, pretendendo trocá-la pelos 10.000 dólares e algum tempo depois, Marcos, Sartana e Maria reconciliam-se e Maria revela ser proprietária de um grande saloon. Marcos fica com Maira e Sartana parte sozinho para novas aventuras. Resumidamente a história é basicamente a disputa pelos dólares fruto de um roubo, mas oficialmente este é um filme bem distante do personagem Sartana originalmente criado por Parolini com os truques alá-James Bond do Velho Oeste e o que torna um pouco diferente neste é que ele não se veste e nem se comporta como o Sartana conhecido.
Em outras versões de vários paízes Sartana também nete filme aparece como Santana e até mesmo Sabata. Em tom de comédia, Sartana age com um trio de bandidos com Guglielmo Spoletini como Marcos, o ator português e sempre gordinho Cris Huerta como Smithy e Maria Silva como Maria Anderson.
O filme tem seu início um pouco não convencional, com Sartana e Marcos encurralados escondidos em uma cabana em algum lugar no meio de um tiroteio com a lei. Eles disputam em jogo de cartas em meio aos tiros para determinar quem vai sair da emboscada e quem vai ficar. Marcos acaba ficando para trás e é feito prisioneiro. Eles estão tentando colocar as mãos em 10.000 dólares que está vindo para a cidade com um amigo Fred Perkins (Raf Baldassarre) que também esteve envolvido no assalto
com eles. Na prisão, Marcos convence o xerife que ele pode ter uma parcela do dinheiro se ele o libertá-lo o qual concorda e encontram Sartana. Em seguida Sartana e Marcos traem Smithy deixando o pobre pendurado em uma árvore. Infelizmente, a gangue do velho sádico e bêbado Richard Kirby (Andrés Mejuto), pai dos quatro maníacos apoderam-se do saque, matando todos os passageiros da diligência na parada em uma pousada. Em meio a toda a trama existe a bela Maria que aparentemente é seduzida por Sartana mas também tem uma certa queda por Marco e ao longo do caminho ajuda-os em sua busca também de olho no dinheiro. Ao eliminarem o bando de Kirby, eles não conseguem encontrar o tesouro. Marcos vai até a cidade com a carroça de suprimentos, e ocasionalmente descobre o dinheiro escondido no vagão e não revela aos outros. Maria descobre o dinheiro e consegue fugir sozinha traindo os dois amigos.
Após várias situações, Sartana e Marcos encontram Maria agora dona de um luxuoso salloon que possuiu com todo o dinheiro fruto do roubo.
Para quem conhece Sartana logo vai perceber que não tem muito a ver com ele, mas a dupla com William Bogart é agradável de se ver e parece que dividem tudo mesmo; A mulher na cama, no jogo de cartas e Garko está mais alegre neste papel que nos anteriores.

Você realmente tem a impressão de que a dupla gostou e se divertiu fazendo esse filme. Além disso, as cenas com a gangue de Kirby ficaram bem tensas, com o pai Richard Kirby aleijado bêbado e seus meninos Aron, Patrick, Franklyn e Donald Kirby indisciplinados dando a todos o azar de cruzar o caminho de Sartana e Marcos.
Os momentos mais tensos do filme.
Curiosidade é ver Raf Baldassarre neste filme executando dois papéis como dois irmãos e se você não ficar atento não percebe. Um é no saloon com Rock Perkins (Burton) e outro é na pousada como Fred Perkins (Burton).
Uma das coisas mais estranhas que achei no filme: O que não é típico do Espaghetti Western é que com tanta amizade entre eles e tanta traição entre os quatro protagonistas principais, ao final o perdão foi simplesmente aceitável entre eles e tudo acaba em final feliz.
A atuação do elenco do filme na época foi excelente em todos os sentidos e bem aceito na América e Europa.
Cenas bem tomadas até com alguns tímidos movimentos “Travelling” de câmera de Guglielmo Mancori. Um trilha sonora típica de Marcello Giombini bem alegre e pode-se até perceber acordes de guitarras similares de “"Ehi amico... c'è Sabata, hai chiuso (1969)” com Lee Van Cleef.
Rafael Romero Marchent sempre fez bons Espaghettis e seria difícil desprezar este.

07 janeiro 2011

Carambola !

Produção 1974 – Itália e Espanha
Direção: Ferdinando Baldi
Música: Franco Bixio – Fabio Frizzi – Vincenzo Tempera
“You Can Fly e Milk Serenade” interpretadas Dream Bags
Fotografia: Aiace Parolin
Duração: 100 Minutos
História: Nico Ducci – Mino Roli – Ferdinando Baldi
Produção: Brc - Aetos - Roma
Distribuição em VHS Brasil: Betta Enterteinment – Studio T

Michael Coby (Antonio Cantafora) – Coby/Toby/Trinity
Paul L. Smith – Clem/Len/Lynn Butch
Horst Frank – Glydeson
Franco Fantasia – Professor Max Lager
William Bogart - Kelly
Pino (Giuseppe) Ferrara – Xerife/Capitão Howard
Luciano Catenacci – “Howard” Agente do governo
Pedro Sanchez – Revolucionário Mexicano
Pietro Torrisi – Prisão de Warden
Benjamin Lev - Barman
Pietro Ceccarelli - Roper
Nello Pazzafini – Segurança de Glydeson
Moisès Rocha – Browler
Melissa Chimenti - Pamela
Gaetano Russo, Carla Mancini, Giancarlo Bernini, Mike Morris (Amadeo Trilli), Luigi Antonio Guerra e Claudio Rufini.
Uma perfeita imitação de Trinity com elenco Ítalo Espanhol usando pseudônimos. O jogador de Sinuca Coby (Michael Coby) e seu amigo Gordo Len (Paul Smith), um brutamontes que só bebe leite, são contratados pelo exército americano por 50.000 dólares para desbaratar uma quadrilha de contrabandistas mexicanos de armas. Quem no final da década de 60 e início dos 70 não conhecia da dupla Terence Hill e Bud Spencer com seus filmes cheios de porradas do começo ao fim dirigidos por Enzo Barboni (E. B. Clucher) que tinha por objetivo levar alegria aos cinemas sem mortes. Uma de suas inovações foram essa; Um faroeste sem mortes apesar de muitos tiros. Os bandidos mereciam mesmo era apanhar da dupla.
Foi nesta época também que o diretor Ferdinando Baldi aproveitando-se da idéia da fama desta dupla conseguiu arrumar dois clones (sósias) destes atores que eram Michael Coby e Paul L. Smith. Mas quem eram eles?
Michael Coby é Italiano da Calábria e seu nome verdadeiro é “Antonio Cantafora”, que até hoje atuou em mais de 50 filmes e em 2004 atuou em inclusive em “Gabriela” com a atriz brasileira Sônia Braga. Hoje um consagrado artista da pintura na Europa assim com Giuliano Gemma para a escultura. Já Paul L. Smith é americano de Everett, Massachusetts mas concretizou sua carreira mesmo na Itália, apesar de ter uma participação marcante no personagem “Brutus” no filme Popeye em 1980 ao lado de Robin Williams e Shelley Duvall, uma produção totalmente americana.
Aqui em “Carambola” foi a primeira vez em que Smith e Coby atuaram juntos dirigidos por Ferdinando Baldi pegando carona no sucesso da série Trinity de Enzo Barboni não só em Westerns mas também em comédias de vários seguimentos com a dupla Hill-Spencer.
Muitos Westerns Italianos receberam nomes de “Tinity” e às vezes os personagens nem existiam nos filmes. Era a propaganda “enganosa” para encher os cinemas. Isso acontecia em todo o mundo. Todos queriam ver as palhaçadas mas na hora deparavam-se com Dean Stratford no papel de Trinity. A única imitação que realmente conseguiu confundir o público foram estes dois quando 1974 surge uma dupla de jogadores de sinuca (ou Carambola como o jogo é chamado na Itália). Na época um cartaz de propaganda para divulgar o filme saiu com o irreverente Slogan “Nem Trinity, Nem Bambino; Nos chamam Carambola”, ironizando o filme de Hill-Spencer “Trinity é meu nome”.
Que eu me lembre, muita gente foi ao cinema e saiu decepcionado em perceberem que ali assistiam a uma fraude. Até mesmo nos anos 80 na série Brasileira (Bang Bang à Italiana) da TV Record onde eram exibidos, confundiu muitos fãs, mas chegaram a cair no gosto do tipo de comédia que faziam pois a fórmula era rigorosamente a mesma: Um brutamontes barbudão, folgado, mal encarado que não gosta de perturbações e um loirinho (Blondi) do tipo galã, almofadinha sempre querendo levar vantagem e quando são provocados, desferem socos e golpes acrobáticos utilizando-se de tudo o que há em seu caminho para castigarem os bandidos como garrafas, panelas, sacos de farinha, sempre num clima de humor pastelão. Os bandidos também sempre bem representados como Claudio Ruffini que apanhou muito de Hill-Spencer, aqui também toma sua surra de Coby e Len. Só não achei tão engraçado e divertido a sequência de 1975 "Carambola filotto tutti in Bucca" (Trinity e Carambola) mas é uma outra história que comentaremos futuramente.
Depois de Carambola a dupla repetiu várias dobradinhas em comédias urbanas e um dos destaques foi o filme (Il Vengelo secondo Simone e Matteo) “O Evangelho segundo Simone e Matteo” de 1976 do diretor Giuliano Carnimeo com os personagens de Simone e Matteo que infelizmente não foi exibido no Brasil.
As músicas de Franco Bixio/Fabio Frizzi/Vincenzo Tempera e de Guido & Maurizio de Angelis sempre fizeram parte das trilhas sonoras dos Trinitys e dos Carambolas. Suas harmonias encaixavam perfeitamente no clima humorístico do filme e ajudaram estes filmes e personagens a serem lembrados para sempre para quem viveu a época. Músicos preferidos de Barboni, trabalharam muito em sua cinematografia. Carambola tem uma trilha sonora única e é impossível não lembrar a música na hora da correria da dupla Coby-Len. Filmes que ficaram para a história do cinema em toda sua ingenuidade e simplicidade muito cultuados principalmente no Brasil. Este primeiro filme “Carambola” Dublado ou Legendado é difícil de achar no Brasil. Existem cópias originais sem legendas e sem dublagens e se alguém souber, por favor postem o comentário no blog com E-mail para que outros fãs no Brasil tenham acesso. Este é um dos objetivos fundamentais do blog; Resgatar estes Cults que ficaram na retina de muita gente.
Exibido uma única vez em Bang Bang à Italiana da TV Record em 13/06/1984 e na CNT em 1996.