“Ramon, Il Messicano”
A Vingança Do Bandoleiro (Brasil)
Onde Começa O Inferno (Brasil)
Ramon, The Mexican (USA)
Produção: Itália 1966
Direção: Maurizio Pradeaux
Música: Máximo Felipe Di Stefano
Fotografia: Oberdan Troiani
Duração: 93 minutos
Produção: Estudios De Paolis - Roma
Claudio Undari [Robert Hundar] - Ramon Morales
Wilma Lindamar (Vilma Lindmar) – Esmeralda
Jean Louis - Slim Baxter
José Torres - Lucas
Ferruccio Viotti [Thomas Clay] - John Baxter
Omero Gargano – Capanga de Ramon
Aldo Berti - Jack Carson/Castro
Mario Dardanelli [Mario Barnell] – Capanga de Ramon
Giovanna Lenzi, - Patty/Mary
Nino Musco – Pedro/Barman
Renato Trottolo – Joselito/Coveiro
Alfredo Zanni – Jogador de Cartas
Antonio Basile - Juan Morales
Claudio Biava - Kelton
Ugo Sasso [Hugo Harden] - Sr. Reed Baxter
Laura Nucci – Senhora Baxter
E com Honil Ranieri, Gualtiero Rispoli,
Bruno Arié, Luciano Rossi (Lucas Rossi)
Um Espaghetti Western importante para os brasileiros afecionados porque muitos não sabem que este filme conta com a participação de mais uma atriz brasileira carioca; Vilma Lindamar [Wilma Lindmar].
Assim como Anthony Steffen, Celso Faria, Florinda Balkan, Esmeralda Barros e Norma Bengell aventuraram-se no cinema Europeu na década de 60 e início da década de 70, Vilma também esteve por lá.
Dentre os seus poucos trabalhos na Europa temos: “Avventure di Maré e di Costa” uma série de TV italiana de 1966 interpretando a personagem Kokua, depois “Ramon Il Messicano” também de 1966 na personagem Esmeralda e talvez o seu trabalho de maior destaque tenha sido “Angélica e o Sultão” de 1968 com a personagem Leila, mesmo não sendo a protagonista principal que neste foi a atriz francesa Michele Mercier.
Sabe-se que Vilma é filha de outra atriz brasileira, Maria Ribeiro (de Vidas Secas).
Interessante que em registros cinematográficos não existam maiores referências sobre esta atriz e as informações sobre ela são muito escassas, mas têm-se notícias de que fez muito sucesso também na França. Presto aqui a minha homenagem a ela onde quer que esteja lembrando que ela também faz parte deste mundo representado aqui em seu único Western com sua participação memorável.
Mais um filme conhecido por dois títulos no Brasil. dirigido pelo italiano Maurizio Pradeaux em 1966, produzido pela produtora Magia Films, filmado nos Estúdios De Paolis em Roma, não é um clássico à altura de vários outros produzidos na época mas possui um tempêro com todos os clichês exigidos em um digno Espaghetti Western "puro sangue".
Tudo começa quando a bela mulata brasileira Esmeralda (Wilma Lindamar), garota de Slim Baxter, está banhando-se no rio e é atacada por Juan Morales e em sua defesa Slim intervêm e mata o agressor.
Temendo vingança por parte de Ramon Morales, irmão de Juan, um rico traficante de armas, Slim é induzido pelo pai a abandonar o seu “Rancho Yankees” e ficar afastado nas montanhas até as coisas esfriarem e ganhar tempo em conseguir um juiz para defendê-lo em tribunal, mas isso não impede que os Morales se vinguem e atacam o rancho da família Baxters matando o velho John Baxter (Ferruccio Viotti), sequestrando e aprisionando Esmeralda.
Informado da morte do pai por Joselito o coveiro (Renato Trottolo), um amigo da família, Slim retorna e desafia Ramon para um duelo justo e afastado da cidade mas cai em uma armadilha e é alvejado impiedosamente.
Slim e Esmeralda contam com ajuda do Barman Pedro (Nino Musco) e de Joselito para levar um médico e tratar dos ferimentos de Slim.
Recuperado agora Slim reúne um grupo de pistoleiros mercenários para enfrentar definitivamente os Morales, entretanto o rancho dos Baxters é novamente atacado de surpresa e os Morales matam os empregados e a mãe de Slim (Laura Nucci).
Para Slim enfrentar Ramon precisa ser mais rápido do que ele no gatilho e uma das cenas mais curiosas é quando Slim coloca sua mão direita sobre um tronco de madeira e Carson (Aldo Berti) um de seus pistoleiros, violentamente desfere golpes de machado sobre ela.
Como em uma roleta-russa, Slim deve retirar sua mão a tempo para não a tê-la decepada.
O truque é retirar rapidamente a mão para sacar mais rápido do que o golpe do machado, obrigando-o a ser rápido. Em meio o jogo de vinganças, Slim e seus mercenários ainda arrumam tempo para saquearem um carregamento de armas de Ramon Morales deixando-o ainda mais furioso.
Slim planeja concretizar sua vingança aparecendo na igreja da cidade travestido de roupas pretas como pastor no momento em que Ramon está para se casar forçadamente com Esmeralda, mas desta vez Slim não deixa os Morales escaparem da sua vingança.
Uma aventura com boa ação e muitas reviravoltas em clima de suspense, vingativo e violento na dosagem certa com final acima da média.
A vingança entre as famílias em alguns momentos lembra “Por um Punhado de Dólares” mas histórica e politicamente o diretor parece que tentou mostrar o contrário do que era o costume mostrado nos Espaghettis, ou seja, em 1850 vemos aqui um rico mexicano perseguindo americanos pobres.
Ramon (Robert Hundar) dá um show de como ser um mexicano mau até na tentativa de violentar Esmeralda (nesta cena acho que houve corte na época).
Filmado em 35 mm Anamórfico em Tecnomascope que para a tela grande era um show.
Exibido pela última vez na TV brasileira em 07 de março de 1984 em Bang Bang à Italiana da TV Record. Um filme que hoje no Brasil só se encontra DVD´s de cópias de VHS e está disponível também no youtube em uma versão com áudio italiano e pode ser assistido e entendido perfeitamente.
Youtube Movie – “Ramon, il Messicano”
Saiba também tudo sobre a morte de Aldo Berti, um grande expoente do Espaghetti Western, vítima de Câncer em 2010.
Dentre os 17 Westerns que atuou "Ramon, Il Messicano" foi o 4º deles.
Aldo Berti - Notícias
Aldo Berti - Notícias 1
Aldo Berti - Notícias 2
Versão áudio português disponível no Youtube
Mais um filme que preciso ver. O problema é conseguir, mas vamos ver.
ResponderExcluirAbraço!
vinícius Lemarc
Não se empolgue muito meu caro. O filme é simplesmente horroroso. Fraquíssimo e cheio de cenas toscas. Está no meu top 10 de PIORES FILMES que já assisti. Mas, cada um, cada um. Vai que tu gostas! Abraço!
ExcluirEdelzio,
ResponderExcluirAcabo de seguir o link para o youtube. A imagem está bem embaçada, mas dá pra assistir sem muito problema. Quem manda gostarmos desses filmes esquecidos. valeu!
Abraço!
Tenho esse filme dublado da TV (Cinema Especial) mas a imagem é a mesma.
ResponderExcluirPor acaso vi este filme neste final de semana. Infelizmente, só fui dar atenção ao Robert Hundar(Claudio Undari), quando ele morreu em 1998. Até então, por minha pura ignorância, ele não existia. A partir de então, tornei-me seu fã e tento comprar todos os filmes dele. Comprei com o título, A Vingança do Bandoleiro, cópia de televisão, Cine Aventura, boa por sinal.
ResponderExcluirGostei bastante. Muito movimentado e com aquelas cenas típicas do Spaghetti:
Um rastilho de pólvora inusitado, hilárico e a delicadeza do cocheiro da diligência com um passageiro e sua bagagem ao chegarem(acho que poucos percebem este detalhe subliminar, se não as empresas de ônibus fariam o mesmo com seus clientes).
Valeu mestre, ainda há muita coisa esperando para vir ao público.
Grato pela participação meu grande amigo Joailton.
ExcluirApenas uma correção; não sei qual a procedência da sua informação, mas Robert Hundar (Claudio Undari) nasceu em 12 de Janeiro de 1935 em Castelvetrano-Cicília-Itália e faleceu mais recentemente em 12 de Maio de 2008 aos 73 anos de idade em Lazio-roma-Itália.
Sou fã incondicional dele também.
ISSO MESMO, QUIS DIZER 2008, FOI UM LAPSO, DIRIA UM COLAPSO DE DATA. É A IDADE.
ResponderExcluirAcho que essa minha manía de perfeccionismo ajuda a corrigir muita coisa.
ExcluirQuero adiantar que quanto à "Ramon ,il messicano" eu tenho ele gravado do cine aventura da TV Bandeirantes com o título em português A vingança do bandoleiro que eu consegui com o Leandro do "Cinema del West".Deve ser o mesmo que vocês tem. Muito bom com dosagens boas de close-upes (como sempre digo western spaghetti de verdade não pode ficar com mais de1 min. sem planos em close up). Dá para ver que algumas sequências foram cortadas, ficando a sensação de cenas inconclusas ou interrompidas sem explicação. A cena do machado foi um grande achado (até rimou ou redundou me deixando meio apoquentado) com os closes alternados e superpostos (imagine ela sem esse recurso técnico-estético?), depois corta para a carne que está sendo realmente cortada por Ramon na festa em sua casa. No entanto a cena da explosão da carroça com o irmão de Ramon dentro foi um tanto forçada. Uma chama atingir uma carroça já distante através de um rastilho de pólvora, sempre pode ocorrer uma interrupção nele por uma poça d'água ou uma interrupção momentânea no derramamento da pólvora pelo buraco no do barril. Mas exageros ocorrem em todos os filmes já que acima de tudo são obras de entretenimento. nessa questão um especialista em explosivos poderia dar uma opinião mais abalizada. Todavia de um modo geral o filme dá conta daquilo que propõe no roteiro e em resumo pode-se dizer que é um bom filme. Existem sim cenas inspiradas em Por um punhado de dólares; a escolha do nome para a personagem de Robert Hundar (Cláudio Undari)- eu também cometi um erro amigo Joailton, digitando o primeiro nome do homem como Roberto em e-mail para Edelzio e ele prontamente me corrigiu,- Ramon e o sobrenome da família de Slim, Baxter, já são referências ao mitológico filme de Sergio Leone. O diretor Maurizio Pradeux para mim era desconhecido. Fez mais westerns além desse? Devemos ressaltar a interpretação da atriz brasileira Wilma Lindmar, um grande achado, e ainda bem que não foi vítima do corte do grande machado(rimou de novo) também do diretor Pradeux. Se saiu muito bem com uma interpretação acima da média. É isso aí o Brasil também esteve lá mostrando o seu talento.
ResponderExcluirCaro Aprígio, eu sou especialista em explosivos(desde pirritotinho) que solto bombas no São João, já queimei um dedo até. Então, do alto da minha experiência, afirmo sem gaguejar, que é impossível aquela cena, mas foi divertida.
ResponderExcluirPara dar uma ar científico, a velocidade de combustão de um ratilho é de aproximadamente, dependendo da compactação, de 2,0 a 3,0 metros por minuto, dando tempo suficiente para o irmão do Ramon atravessar a fronteira e se não desse, seria salvo pelo Rio Grande. Usando este conhecimento, coloquei muita bomba em latas, caqueiras e outras coisas dos vizinhas e dava tempo suficiente para picar o fogo e cair fora.
Também já fui um expert em explosões, pois em festas juninas fiz muitas peripécias e das grandes, mas a explicação científica descrita aqui tem um ponto ainda não levado em considerção para tal façanha que é a temperatura e o vento.
ExcluirQuanto maior a temperatura, maior é o poder de combustão da pólvora e se o vento estiver favorável, as lacunas de ar podem perfeitamente se unirem pelo calor fazendo com que o estupim se mantenha aceso, por tanto acho perfeitamente
possível a teoria.
Mas por que estamos discutindo isso?
Abraço aos amigos
O diretor poderia resolver essa cena de forma mais simples. Bastava que o personagem se posicionasse em um ponto protegido e atirasse no barril. A próprio temperatura da bala faria a combustão na pólvora, fazendo o barril explodir mandando a carroça pelos ares. Ele quis na verdade enfeitar a cena, alongando o tempo para criar expectativas. Muitos spaghettis usaram esses efeitos espetaculares. Mas vamos ao próximo...
ResponderExcluirEm todo e qualquer filme existe lá os seus momentos de fantasia e ficção.
ResponderExcluirSe você assistir a "Alleluia Chegou para matar" com George Hilton e
Roberto Camardiel, verá que ele lança um foguete para o ar com uma
pistola especial e durante o trajeto abre-se um para-quedas
com uma bola de pólvora com um estupim.
Enfim, ete depois usa outro revólver para atingir o estupim no ar
a poucos metros do chão, onde tem uma carroça de explosivos do
exército Francês que vai pelos ares.
A imaginação existia e bem pensada, o que não existia eram os
efeitos especiais virtuias que existem hoje.
O roteiro é bem interessante, os atores estão bem dirigidos, no entanto, o destaque maior é o bonito e angustiado fundo musical de Felice di Stefano. Nota 07.
ResponderExcluirConcordo com a nota da música Raimundo.
ResponderExcluirRealmente uma música distinta de muitas outras no Espaghetti!
ExcluirÉ marcante.
Esse filme foi um dos piores faroestes que já assisti. Cenas toscas aos montes, clichês e mais clichês sem noções, nem é digno de levar o status de Spaghetti Italiano. Está com certeza no meu top 10 de PIORES FILMES que já assisti. Mas, como dizia (e diz) o poeta Cláudio Zóli... "cada um, cada um!"
ResponderExcluirGrato pela participação meu amigo. Sim, cada um tem sua opinião e deve ser respeitada democraticamente. Abração.
ExcluirSim com certeza! Opiniões são irrelevantes, por isso cada um tem a sua e deve ser respeitada. Obrigado pela participação.
Excluir