Dos cruces en Danger Pass - Espanha
Two Crosses at Danger Pass - USA
Duas Cruzes para o Diabo – Brasil
Passageiro para o Inferno - Brasil
Um Passo da Morte - Brasil
Produção: 1967 - Espanha/Itália
Diretor: Rafael Romero Marchent
Duração: 90 minutos
Escrito: Enzo Battaglia e Eduardo Manzanos Brochero
Fotografía: Sergio Martinelli e Emilio Foriscot
Música: Francesco De Masi, Alessandro alessandroni e The Mutiis.
Produção: Copercines, Cooperativa Cinematográfica, United Pictures
Produtores: Fulvio Lucisano
Locações: Colmenar Viejo, Madrid , Espanha.
Pietro Martellanza (Peter Martell) – Alex Mitchell (Adulto)
Mario Novelli (Anthony Freeman) - Charly Morane
Nuccia Cardinali - Edith
Luis Gaspar - Mark/Marty
Armando Calvo - Morane
July Ray - Graçonete
Mara Cruz – Judy Mitchell (Adulta)
Jesús Puente – Xerife T. Mitchell
Dyanik Zurakowska (Dianik Zurakowska) - Gloria
Antonio Pica - Doc
Miguel Del Castillo - Powell
Xan das Bolas - Bartender
Cris Huerta – Homem gordo morto no saloon por Charly
Eduardo Coutelenq e Emilio Rodríguez.
Mais um bom western dirigido por Marchent que tem um bom argumento e um Peter Martell em esplendida forma teatral. Uma história de vingança e justiça que é levada ao extremo e chega a ser superior a outros westerns produzidos naquele ano.
O protagonista é Alex Mitchell, um jovem que carrega a sede de vingança dentro de si.
Obscuro e violento que quando criança presencia o assassinato de sua mãe e seu pai, um xerife local (Jesús Puente) por tentar evitar o linchamento de um prisioneiro da justiça até então inocente.
O verdadeiro responsável pelo assassinato de uma criança é Morane (Armando Calvo), um dos poderosos latifundiários da região e tem como cúmplices a sua gangue de desalmados.
Após o ocorrido, Alex é adotado por uma família de ‘Quaquers’, uma religião que abomina a violência.
Em meio a isso é criado com seu meio-irmão Marty com uma profunda obsessão: Liquidar com todos os envolvidos na chacina dos pais.
Inescrupulosamente, após matar os rancheiros, Morane ainda apodera-se de sua irmã Judy Mitchell (Mara Cruz) ainda criança e a mantém como uma escrava em suas dependências.
Após oito anos de sofrimento traumatizado pelo fato, em uma de suas paradas de nômade Quaquer, Alex vendo-se próximo à cidade de Danger Pass sente que é chegado o momento de agir e tirar o peso da consciência.
Um argumento com reviravoltas e ambos os irmãos desejam a vingança da morte dos pais a todo custo.
Um filme de reflexão às conseqüências negativas de uma vida totalmente vivida por sentimentos de ódio e de vingança por Alex, o pistoleiro que é envolvido em um misto de mau e sofrido desde jovem.
Interessante é que toda uma cidade depende do desfecho entre as famílias Mitchell e Morane para continuarem suas vidas em paz, pois Morane é um senhor supremo e martiriza a todos no loca por anos.
Interessante é ver também o seu meio irmão Marty, com seus fortes princípios de “pacífico” que é, juntar-se a Alex e Judy acreditando que a justiça pode ser feita o uso de armas tal como a promessa que fizera ao pai para poder ajudar a proteger Alex em sua trilha de vingança e ao mesmo tempo tentar convence-lo que pela violência nada se consegue de bom.
Ao final, depois de muitos cadáveres pelas ruas da cidade de Danger Pass, Alex olhando nos olhos da jovem viúva Glória (a estonteante Dyanik Zurakowska) [Navajo Joe - 1966, Quem Grita Vingança -1968, Bang Bag Kid – 1967, Matarei um por um – 1968], recém casada com o xerife Doc (Antonio Pica), também morto consegue finalmente refletir e concluir que as armas só servem para a desgraça.
Romero Marchent dirigiu com conhecimento e experiência este western com grande elegância.
Ele usa muito neste filme os planos bem amplos que dão sensação de grandeza nas paisagens, um grande artesão e conhecedor dos rumos da história clássica.
Uma das cenas que provam a boa utilização dos planos largos é no tiroteio no rancho dos pais de Alex, destacando-se as belas panorâmicas.
A cena que envolve o tiroteio e o açoitamento de Judy por Chalie, o filho de Morane na rua, também tem um ponto alto mostrando belos e bem acentuados planos, pois se percebe que Marchent colocava a sua câmera no lugar mais adequado possível para captar a ação.
Cenas com câmeras objetivas também com bons resultados foram utilizadas como por exemplo: As cenas luta no Sallon e na cena em que Alex enfurecido tenta violentar Glória (a filha de Morane) no rancho e é impedido pelo irmão Marty que sofre golpes violentos de Alex.
Alex carrega consigo a arma que pertencera a seu pai e é com ela que define o desfecho da história em um grande duelo final com Charlie Morane. Escrito e produzido por Enzo Battaglia e Eduardo Manzanos Brochero, conseguem alem disto manter em todo momento um ritmo forte sem provocar o desinteresse de quem está assistindo, esperando sempre a cena seguinte.
Acho que no tiroteio final que envolve à todos na cidade após o duelo final, ou seja dezenas de corpos caídos dos telhados, dos cavalos, dentro dos cochos de água - sofre um corte abrupto, levando os protagonistas ao silêncio e as lamentações finais tirando um pouco os créditos das cenas de tiroteio no início do filme no Rancho dos pais de Alex.
Pena o filme ter alguns pequenos cortes por motivo de censura na época como por exemplo: Quando nos tiros de execução dos pais de Alex no Rancho mas não prejudica em nada a história.
Esse corte repentino na edição era muito costumeiro no espaghetti mas aqui deixou uma estranha impressão que acabara o elenco de mortos ou acabara o rolo de filme, mas enfim, coisas do Espaghetti.
Um filme feito com cuidado e uma boa direção de fotografia de outros célebres fotógrafos: Emilio Foriscot e Sergio Martinelli, com cores tênues árida do deserto causando sensação de local mórbido e desértico.
Atores muito bem postados em seus papeis. Um Peter Martell que atormentado e violento convencendo totalmente a atuação.
Jesús Puentes também é perfeito como o xerife honrado e justo e Armando Calvo, o impiedoso, sádico e ambicioso Morane.
Charlie (Mario Novelli), o filho de Morane, é perfeito no papel do filho mau e arrogante, lembrando muito Nino Castelnuovo como Jason “Junior” Scott em (Tempo de Massacre – 1966).
No geral um grandioso filme que merece estar na coleção de um fã.
Francesco de Masi mais uma vez caprichou alem do tema principal “Without Name” interpretada por Raoul usando a mesma base orquestrada de “Cuanto custa Morire” com outra letra e com parceira de Alessandro Alessandroni e o grupo vocal “The Mutiis” (que pertencia à esposa de Alessandroni), inclui mais duas músicas marcantes que são ouvidas no saloon com participações de July Ray (Garçonete) interpretando-as graciosamente: “What do you Think” e “Brings us joy and happiness” que você poderá fazer o download desta versão ripped do filme e relembrar pela primeira vez na Internet, um show à parte na maravilhosa voz de July Ray.!
Versão áudio Espanhol
Eu gostei deste filme. Marchent apesar de não ser génio conhecia o género. Bem bom.
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Pedro Pereira
http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
http://auto-cadaver.posterous.com
Como as atrizes do Espaghetti eram bonitas!
ExcluirPor isso presto homenagem a elas aqui no blog divulgando seus nomes e nacionalidades e em algumas vezes suas atuações especiais como aqui neste filme com July Ray cantando 2 canções sensacionais.
Sempre gostei de Marchent também.
Vi o início deste filme, tempos atrás. Vi este post anteriormente e não associei com este fato, acho que tive um apagão. Ontem, dando uma geral no meu armário, lembrei-me dele e dei continuidade. Realmente , acima da média, deixando uma mensagem, incomum nos spaghettis: Numa vingança, todos em geral perdem. Criativa aquela surra que o gordinho(Cris Huerta), apaixonado pela namarada do malvadinho leva. Peter Martell bem a vontade, sacando uma arma.
ResponderExcluirJoailton, realmente existem filmes bons poucos lembrados [vide Bandidos] é um show.
ResponderExcluirO que me fascína muito são as atrizes na época: Como essa Africana do Congo Dyanik Zurakowska (Dianik Zurakowska). Descobri um filme com Anthony Steffen
e vou abordar o tema em breve.
Ela estava mais bonita ainda.
As duas louras realmente lindíssimas. Mesmo de mentirinha o P. Martell e o
ResponderExcluirM. Novelli, ficaram com pena de bater nas duas. Lembremos que o Congo foi dominado pelos Belgas por um bom tempo. Daí a origem das louraças naquele fim de mundo.
Então está explicado.
ExcluirValeu Joailton!
Quando exibido no Brasil chamou-se "Passagem Para o Inferno".No passado eu fazia confusão com os dois atores Peter Martell e Rafael Baldassare.
ResponderExcluirRealmente e também "Um Passo da Morte" foi outro título alternativo posteriormente.
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