ROMA - Temos vários relatos de que o ator e dublê Federico Boido, que trabalhou com vários pseudônimos, incluindo Rick Boido, Rico Boido, Rich Boyd e Rick Boyd, veio a felecer em 7 de outubro 2014 em Ostia, Roma, Itália. Ele teria 74 ou 76 anos, dependendo de qual das duas datas conhecidas esteja correta.
Ator Italiano, dublê, autor, roteirista e poeta Rick Boyd, estava com 76 anos.
Boyd, cujo nome verdadeiro era Federico Boido, nasceu em Novi Ligure, Alessandria, Piemonte, Itália, em 08 de março de 1938. Ele começou sua carreira no cinema em Roma em 1957, onde ele era um dublê sem créditos durante o boom do gênero “espada e sandália” [Épicos, como é conhecido no Brasil].
Sua carreira começou com uma aparição em 1964 em "Sansone e il Tesoro degli Incas” com Alan Steel dirigido por Piero Pieroti (Um faroeste exótico com mistura épica), no Brasil intitulado como “O Tesouro Perdido dos Aztecas”.
Ele usou o nome de Rick Boyd, quando ele apareceu em "Por Um Punhado de Dólares", onde muitos dos nomes reais dos atores italianos foram americanizados e Federico Boido tornou-se Rick Boyd.
Rick viria a aparecer em mais de 60 filmes e aparições na TV. Ele apareceu em mais de 40 Euro-Westerns e foi um dos principais vilões italianos do gênero. Depois que se aposentou do negócio começou a escrever poesia e em 2011 escreveu o livro "A Verdade sobre a morte de Mussolini (na visão de uma criança)".
Abaixo está uma das raras entrevistas com Rick feita por Umberto Cabell em sua casa na sua cidade natal, Novi Liguria em 2012.
"Você Umberto? Prazer, sou Rick Boyd." Assim começa o meu encontro fantástico com Federico Boido, 74, o grande ator italiano que teve seu início em Novi Liguria que possui centenas de filmes, incluindo "Por Um Punhado de Dólares", "La Dolce Vita", "Titanic", "Piratas do Caribe "," O Código DaVinci ", "Anjos e Demônios", só para citar alguns de seus créditos.
A personalidade multifacetada, para defini-lo como um ator é muito simplista, porque ele também era um jornalista, escritor, roteirista, diretor de teatro, pintor e miniaturista. Decidimos reunir-se em Roma nos belos jardins da área de Eur, na companhia de seu amigo Joan D'Urso, artista histórico make-up e também um escritor do show de seu último livro, além da vida que estava se mostrando um grande sucesso.
Federico Boido, na arte Rick Boyd, pedimos quais lembranças que ele de Novi Ligure: "Bem, vivi ali por muitos anos, diz ele. Eu me lembro de passar muito tempo na banca de jornal com as minhas tias na estação. Eu também tenho um tio lá.
Como já comente, começei a ser chamado Rick Boyd quando atuei no filmei "Por Um Punhado de Dólares", porque ele foi o primeiro filme do gênero western a ser exibido nos Estados Unidos, muitos membros do elenco e equipe assumiram nomes americanos.
Federico Boido muitas vezes era o vilão, acrescenta o fato: É que a minha cara, minha
expressão facial é que me levou a interpretar os papéis desse tipo. Eu
tenho cara de mau e eu nunca me importei com isso.
“Acho
que provavelmente foi por ela, a minha sorte!"
Então ele contou alguns episódios curiosos: "Eu ofereci um sorvete ao Papa Wojtyla, diz ele.
Eu
o conheci quando ele ainda era um cardeal na Cracóvia no set de "Os Três
Mosqueteiros" em 1969, então eu o
vi de novo em Roma, na Piazza Santa Maria
in Trastevere. Estava sentado
no bar "Benito" quando
ele chegou, ele me viu e disse,
referindo-se ao meu chapéu "Que bom, mas quem sabe o quanto custa." Então, eu fiz-lhe
uma piada e posso dizer que a partir de então formamos uma amizade muito forte".
"Eu nunca pensei que ele iria se tornar Papa, ele acrescenta, mas mesmo quando ele era cardeal, foi entendido claramente a sua intenção de tentar unir as religiões. Um grande homem."
Depois falamos dos atores com quem trabalhou e aqueles que tiveram o maior impacto.
"Eu gostava de trabalhar muito com Leonardo DiCaprio e James Cameron, ele disse.
Eu os
conheci, quando trabalhávamos em "Titanic".
"Eu nunca pensei que ele iria se tornar Papa, ele acrescenta, mas mesmo quando ele era cardeal, foi entendido claramente a sua intenção de tentar unir as religiões. Um grande homem."
Depois falamos dos atores com quem trabalhou e aqueles que tiveram o maior impacto.
"Eu gostava de trabalhar muito com Leonardo DiCaprio e James Cameron, ele disse.
Entre as pessoas mais irritantes que eu conheci foi Klaus Kinski. Digo que nunca consegui vê-lo como um gênio. Vamos dizer que foi um daqueles que cuspiram no prato onde ele tinha acabado de comer.
Me incomodei muito com ele."
Então ele fez uma revelação: "Um episódio de destaque, conclui: Foi Marlon Brando, com quem eu trabalhei em 1960 quando eu fiz,"Reflexos num Olho Dourado", havia uma cena em que ele tentou tocar minhas partes íntimas. Ele tinha claramente uma sexualidade controversa."
Rick Boido (Federico Boido) Data de Nascimento: 10 Março de 1940 em Novi Ligure, Alessandria, Piemonte, Itália (Data suposta: 08 de Março de 1938)
Morreu: 07 de Outubro 2014 em Ostia, Roma, Lazio, Itália
Filmografia Westerns de Rick Boyd como ator [American´s Tittle]
Lost
Treasure of the Aztecs – 1964 (Tex)
Djurado -
1966 (Tucan/Duncah henchman)
Hallelujah
for Django - 1966 (Jarrett henchman)
Ace High
- 1967 (Foster)
The Bang
Bang Kid - 1967 (Six-Finger Sykes)
Cjamango
- 1967 (El Tigre henchman)
Face to
Face - 1967 (Sheriff of Purgatory City)
Payment
in Blood – 1967 (Fred Calhoun)
Run, Man,
Run – 1967 (Steve Wilkins)
The
Ruthless Four – 1967 (Hal Brady)
And for a
Roof a Sky Full of Stars - 1968 (Roger Pratt)
I Want
Him Dead - 1968 (Steve)
Once Upon
a Time in the West – 1968 (man at way station)
Sartana
the Gravedigger – 1969 (Bill Cochran)
Adios,
Sabata - 1970 (Geroll)
Ballad of
Death Valley - 1970 (Slim Craig/Slim Douglas)
Chapaqua’s
Gold - 1970 (Billy George Black)
Django Defies Sartana - 1970 (Singer henchman)
Fistful
of Lead - 1970 (Joe Fossit)
Have a
Nice Funeral - 1970 (Jim Piggot)
Roy Colt
and Winchester Jack – 1970 (Boida)
Blazing
Guns - 1971 (Vern Crow/Crohn)
Bullet
for a Stranger - 1971 (ambusher)
Drummer
of Vengeance - 1971 (Deputy Burt)
Guns for
Dollars - 1971 (Frank/Duke Slocum)
His Name
was King - 1971 (Sam Benson)
His Name
was Pot... They Called Him Allegria - 1971
Holy
Water Joe - 1971 (gunman)
Joe Dakota
- 1971 (Chuck)
Return of
Sabata – 1971 (McIntock henchman)
Vendetta
at Dawn – 1971 (Peter Fargas)
Everything
for a Friend - 1972
Jesse and
Lester, Two Brothers in a Place Called Trinity - 1972 (Blondie)
They Call
Him Veritas – 1972
Where the
Bullets Fly – 1972 (Capone henchman)
Another
Try, Eh Providence? - 1973 (bandit)
Hallelujah to Vera Cruz – 1973 (Caquete)
Shanghai
Joe – 1973 (Slim)
The
Return of Shanghai Joe – 1974
Apache
Woman - 1976 (Gary)
Westerns,
Italian Style – 1968 [archive footage]
Colaboração: Tom B.
Anaheim, California, United States
Acaba indo todomundo .............Que pena
ResponderExcluirEste ator nunca era escolhido para protagonizar papeis de destaque nos filmes, mas na minha humilde opinião, sem estes atores, estes filmes nunca teriam sido os mesmos.
ResponderExcluirAs suas aparências sempre os colocavam em papéis de perversidade.
Sem estas expressões faciais no que ficou conhecido o Espaghetti Western, talvez ele não teria se firmado como gênero cinematográfico que é hoje.
Concordo com você Edelzio e como você já disse há se não existisse os interpretes dos vilões. gostei muito da sua atuação em Quem Dispara Primeiro/E Per tetto un Cielo de Stelle como Roger Pratt.
ResponderExcluir(Luiz Carvalho)
Ele ajudou a fazer com que os filmes criassem grandes heróis.
ExcluirSem grandes vilões não existem grandes heróis.