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29 novembro 2011

Renegado - Um Osso Duro de Roer - Brasil


They Call Me Renegade - USA
Renegade, un osso troppo duro - Italy

Produção: EUA – Itália - 1987
Direção: Enzo Barboni (E. B. Clucher)
Duração: 110 Minutos
Música: Mauro Paoluzzi
Fotografia: Alfio Contini
Escrito: Marco Tullio Barboni, Sergio Donati, Terence Hill E Steven Siebert
Distribuição VHS Brasil - Reserva Especial

Terence Hill - Luke
Robert Vaughn - Lawson
Ross Hill - Matt
Norman Bowler - Moose
Donald Hodson - Ely
Beatrice Palme - Tallulha
Lisa Ann Rubin - Melody
Luisa Maneri - Petula
Valeria Sabel - Rachel
Cote S. Mckay - Caminhoneiro 1
Curt Bortel - Caminhoneiro 2
Jannel Robinson - Mulher Policial
Joe Krieg - Chickadee
Matthew Uriarte - Rico
Royce Clark - Xerife
Cyrus Elias - Rosson
Moe Mosley - Ryan
Sanford Gibbons - Joe Brown
Luigi Bonos (Gigi Bonos) - Bartender
Ennio Di Meo - Homem no Mercado
Carolyn Jacobs - Maud
Dick Alexander, Ron Althoff, Ron Briskman, Gaia D´onofrio, Bill Kanges, Murray Kramer, Ron Nix, Dusty O´dee e Curtis Thomas.

Renegado “Luke” (Terence Hill) é um sujeito tranquilo que anda pelos Estados Unidos Americano em companhia de seu cavalo Joe Brown. Certo dia um grande amigo, que está na prisão, pede sua ajuda numa perigosa missão: Acabar com os planos gananciosos de um gangster que quer destruir Green Heaven, um verdadeiro paraíso ecológico.
Para ajudá-lo Luke irá contar com Matt, o filho de seu amigo, que topa enfrentar qualquer encrenca. e encrenca é a especialidade do renegado! Uma bela comédia de Hill neste aqui sem Bud Spencer.

Renegado/Let me be the one - Letra/Lyric


"Un osso troppo duro - 1987"
“Renegado, um Osso Duro de Roer – Brasil”
“They Call Me Renegade – USA”
Música: Nicolette Leigh Larson / Mauro Paoluzzi

Let me be the One / Renegade

Why should it be so hard for a man
who only wants to do the best he can
it´s so easy to see, but why can´t they hear
freedoms just out of hand

So little faith, no rainbows end
but he keeps looking just around the bend
hold on to me, I can already see
in your eyes paradise

Let me be the one to take you to the sun
take this dream no one else can take away
you can hold the light of day

Be for me the one, be my only one
here I am, let me give my heart away
this is where I want to stay

How long can you run, can you hide it all inside
will you know the ending when it comes
i want to know you, I want to show you
the journey´s at an end
we´ve just begun to live, we have won

Let me be the one to take you to the sun
take this dream no one else can take away
you can hold the light of day

Be for me the one, be my only one
here I am, let me give my heart away
this is where I want to stay

- As canções “Simple Man” e “Call me the Breeze” que também fazem parte do filme são composições de autoria de Gary Rossington.
- “Let me be the one” do LP Shadowns of Love (Nicolette Larson)-1988
- “No Reason to Love" e "Rebel in the Rain" também músicas do filme são composições e interpretações de Giorgia

VEJA COMENTÁRIOS

Il Texano - Letra/Lyric Inédita



Ringo, Il Texano
"The Texican - USA - 1966"
"O Bandoleiro Temerário - Brasil"

Música: Nico Fidenco
Regência: Robby Poitevin
Coral: I Cantori Moderni di Alessandroni
Intérprete: Nico Fidenco

“Il Texacano”
"The Texican"


Texican, Texican, they called Texican
A man without fear
They know, they know, the bold Texican
He’s never afraid to face the men
And knew you are…a Texican

Every time he wants their word
Anything where you are
night and day
And he’s a silent breed
when you’re walking down the street
at all

They know, they know
The bold Texican
He’s never afraid to face the men
And knew you are… a Texican

Texican, Texican, the bold Texican
A man without fear

They know you are a man without fear
because you are a Texican!

Letra/Cortesia – Por um punhado de Euros - Portugal
Música Ripped Vinyl 1966 Re-Uploaded


28 novembro 2011

Maurizio Graf - I Knew I Loved You - Letra/Lyric

Música do filme "Era uma vez na América"
Dedicada a Sergio Leone

Música: Ennio Morricone
Interprete: Maurizio Graf

I knew I loved you
Before I knew you
The hands of time
Would lead me to you

An evening star
Was from afar
It guided me here
It knew you'd be here

Now wrapped in moonlight
At last together
Here in the incandescent glow
We are all we need to know
As we softly please each other
'Til the stars and shadow glow
And we sleep
With our dreams around us.

[Instrumental]

It guided me
It knew you'd be here

I knew I loved you
Before I found you
I knew I'd built my world around you
Now all my days
And all my nights
And my tomorrows
Will all begin
And end
With you...
With you.

Foto de Sergio Leone - Cortesia de Marcos Maurício Lima - MG / Brasil
Ripped-FM-Radio-2002- Re-uploaded Mediafire

22 novembro 2011

Corre Homem, Corre - Espanto en el Corazon - Letra/Lyric Inédita


Corri Uomo, Corri (1968)
Música de Bruno Nicolai e Ennio Morricone
Interprete: Tomas Milian e Cantores Moderni di Alessandroni

"Espanto en el Corazon"

Amigos míos, ya lejos me voy a esa guerra cruel.
Puede ser que el coraje vendrá, si ocurrirá.
Quién sabe si? Si esperanza no habrá o si el espanto vendrá?
Pero, pero están seguros que, que ése es un canto lindo lindo.
Y está aquí dentro de mi pecho, ya.

No hay miedo mis compañeros por quien busca la revolución
también la muerte nos gustará
y seremos contra el peligro y alegre estará el corazón
por la justicia y la hermandad.

[Instrumental]

La chiquitas se ven despojadas de la flor de la vida el amor
pues adoradas ya no son más.
Y para nosotros es la vida
más profunda la idea será
y sea la vida felicidad.

Nota: Narração inicial por Thomas Miliam

Tradução para Portugues Brasil

Meus amigos, já estou distante, essa guerra é cruel
O que vai acontecer? A ira virá?Ou vai desaparecer?
Quem Saberá?Haverá esperança ou haverá temor?
Porém existe uma certeza, que este é um lindo país, Lindo
E aqui dentro do meu coração agora

Não há medo meus companheiros por quem busca a revolução
Também a morte terá sabor
E seremos contra o perigo e alegre estará o coração
Pela justiça e a irmandade

As meninas se vêem roubadas da sua flor na vida e no amor
Elas não são mais adoradas
Para nós é a vida
Mais profunda a idéia será
Viver e ser feliz




Corri Uomo, Corri – Peter Boom – Tema Final
"Espanto en El Corazon"

Música de Bruno Nicolai e Ennio Morricone
Interprete: Peter Boom e Cantores Moderni di Alessandroni

ya lejos yo me voy para a guerra cruel.
que el coraje vendrá, si ocurrirá
que esperanza no habrá, el espanto vendrá
Y el canto está aquí de mi pecho está.

Compañeros mis Compañeros por quien busca la revolución?
también la muerte nos gustará
y seremos contra el peligro y alegre el corazón
por la justicia a hermandad.

[instrumental]

La chiquitas se ven despojadas de la flor de la vida el amor
pues adoradas ya no son más.
para nosotros es es la vida
más profunda la idea será
y sea la vida felicidad.


Anúncio de Cinema-Brasil - Cortesia - Cayman Moreira
Letra Cortesia de Belane Matheos - Espanha
Música Tema Riped Vinyl 1968- Re-uploade Mediafire

Corre Homem, Corre


Corri Uomo, Corri
“Run Man, Run! - USA”
Produção 1968 – Itália e França
Direção: Sergio Sollima
Música: Bruno Nicolai e Ennio Morricone
Duração: 115 / 120 / 101 Minutos
Fotografia: Guglielmo Mancori
Escrito: Pompeu de Angelis e Sergio Sollima
Produção: Aldo Mancori, Anna Maria Chreitien e Aldo Pomilia
Edição: Tatiana Casini Morigi
Direção de Arte: Francesco Cuppini

Tomas Milian – Manuel Sanchez/Cuchillo
Donald O´brien – Nathaniel Cassidy
John Ireland - Santillana
Linda Veras – Penny Bannington
Chelo Alonso - Dolores
José Torres - Ramirez
Marco Gugielmi – Coronel Michel Sérvigny
Luciano rossi (Edwin G. Rossi) - Jean-Paul
Nello Pazzafini - Rizza
Gianni Rizzo - Prefeito
Dante Maggio(Dan May) - Mateo Gonzalez
Umberto di Grazia
Noè Muraiama - Pablo
Attilio Dottésio – Maneul Etchevaria
Orso Maria Guerrini - Raul
Fredercio Boido (ick Boyd) – Steve Wilkins
Calisto Calisti – Fernando Lopez
Osiride Pevarello – Blacksmith de Burton City
Goffredo Unger - Arthur/ Xerife de Burton City
José Marco – José Ramirez/Morto por Cassidy
Ricardo Palacios – Oficial Mexicano com Dinamite
Pietro Tordi – Sargento na cadeia mexicana

Terceiro filme da trilogia de Sergio Sollima, editado anteriormente como “Un Uomo e un Coltello”.
Depois de grande sucesso de “O Dia da Desforra”, Sollima afastado por dois anos, retorna com o personagem Cucchillo, novamente perseguido e acompanhado de um poeta revolucionário “Ramirez”.
Esta é outra obra do Spaghetti Western, na verdade, uma sequencia de The Big Gundown (O Dia da Desforra -1966), do mesmo diretor e praticamente do mesmo time de estrelas.
Sollima disse em uma entrevista que sentiu a força no personagem "Cuchillo” e que mereceria ter um tipo de continuação (O Caçador de recompensas Lee Van Cleef) foi digno de participar da criação de Cuchillo. O segundo foi “Face a Face - 1967”.
Neste, vemos o ator cubano Tomas Milian "Cuchillo" (quem Sollima admite ter sido inspirado pelo papel de Toshiro Mifune em “Os sete samurais de Akira Kurosawa” de 1954).
Um pobre “Peon” mexicano que é perseguido por um caçador de recompensas americano; Uma dupla de mercenários franceses; Sua amada mexicana extremamente zelosa e mal-humorada; Uma horda de bandidos revolucionários mexicanos liderados por Santillana (John Ireland) que tem uma atuação tímida durante dois minutos neste filme.
Há também a atenção a outra bela mulher, uma oficial do Exército da salvação muito ganânciosa! Tudo isso tende a fazer este filme inferior ao primeiro em virtude das ações não se articularem entre si como percebido no primeiro filme. Todos estão em busca de 3 milhões de dólares. Longo de mais, pouca finalidade e cansativo com pouca ação habitual necessária para um verdadeiro clássico do Western Spaghetti, mas os diálogos são bons e a abertura política que abrange a obra assegura um trabalho memorável de seus realizadores para a época.
A comédia, também, é mais acentuada do que em The Big Gundown.
O personagem de Milian foi para Sollima o que Clint Eastwood fora para Sergio Leone e sempre permanecerá na memória de quem foi ao cinema da década de 60. Um personagem diferente assim como em “Face a face” (Face to Face de 1967), também dirigido por Sollima e Django, Kill! (Django vem para matar de 1967) aparentemente todas as interpretações destes filmes baseiam-se em "Cuchillo”.

“Corre Homem Corre” trás ainda uma aliança instável entre o México e um ex-xerife americano interpretado desta vez por Donald O´Brien, coincidentemente uma mistura de Lee Van Cleef de The Gundown (O grande duelo) e William Berger de Face a Face. Até mesmo o duelo final da dupla não surpreende muito em virtude dos personagens adversários serem poucos reprenstativos na questão vingança-acerto-de-contas se compararmos ao filme anterior.
Estes elementos não dão muito impacto respeitando a opinião do diretor que evitou em fazer uma cópia do primeiro Cuchillo sem perder a classe. Além disso, depois de uma hora e meia, o filme chega ao seu final não resolvido, ou seja o ouro ficou sem dono; Sollima, no entanto, achou que seria o final certo para o filme!

Outro ponto forte do filme é a música de Ennio Morricone conduzida aqui por Bruno Nicolai. O tema inicial é interpretado pelo próprio Tomas Milian e o tema final pelo cantor americano Peter Boom. Músicas memoráveis. Infelizmente todo o trabalho de Tomas Milian feito na Europa não teve reconhecimento nenhum pelos produtores de Hollywood como ele mesmo revelou em entrevista em um documentário em um DVD mas está deixando um legado de suas atuações memoráveis de uma década.

02 novembro 2011

Malisa Longo Entrevista Exlusiva - Brasil 2011

Orgulhosamente apresentamos a nossa primeira entrevista feminina com a atriz italiana Malisa Longo neste blog.

Mais um brinde para os fãs brasileiros e de todas as partes do mundo. Um contato que começou a ser feito em Julho de 2011 e com toda sua simpatia e respeito, concedeu-nos o privilégio de conhecer melhor essa inteligentíssima atriz e a sua vida profissional.
Iniciando sua carreira no final dos anos 60, por duas décadas entre 1970 e 1990, Malisa Longo esteve sempre entre as mais conceituadas estrelas do gênero “Cinema Fantástico Europeu” como ficou definido na época em que criou um novo legado de fãs principalmente no cinema italiano.

Muitos diretores italianos começavam a despontar e a investir neste gênero como Mario Bava, Ferdinando Baldi, Dario Argento, Francesco DEgli Espinosa, Michelle Soavi, Antonio Margheriti, Lucio Fulci, entre outros, que juntos ajudaram a lapidar esta atriz que deixaria um legado de obras hoje consideradas “Cults” em sua carreira
cinematográfica. Sua filmografia varia entre obras-primas e filmes de produções menores. Incrivelmente hoje ainda seus filmes são disputadíssimos pelos colecionadores do mundo via Internet.

Filmes com produções rústicas e efeitos especiais bruscamente elaborados é o que dá hoje a este estilo, um charme Especial, atraindo ainda hoje a atenção do cinéfilo colecionador e underground. Foram duas décadas em que o cineasta podia explorar de tudo um pouco, até o conhecido também Cinema Exploitation que variava de Capa-e-Espada nas galáxias, Guerra, Western Espaghetti, Horror e caminhando junto vinha o cinema Asiático com as intermináveis lutas de Artes Marciais.

Malisa Longo participou de toda esta história e com versatilidade atuou em inimagináveis papéis neste mundo maravilhoso que ficou entre a fantasia e a realidade.
Nascida em 13 de Julho de 1950, Maria Luisa Longo, natural de Veneza-Veneto-Itália trabalhou com uma diversidade impressionante de cineastas, como Frederico Fellini, Lucio Fulci, Tinto Brass e até Bruce Lee.



Entre a infinidade de ramificações deste gênero, Malisa esteve presente também em produções de ficção científica, peplums, nazi-exploitations, polizieschi e claro, filmes de horror.

Seu nome se perpetuaria com sua performace pela famosa aparição no filme “O Vôo do Dragão”, que ficaria mundialmente famoso e com recordes de bilheterias, onde fez o papel de uma italiana que conquista a paixão do personagem de Bruce Lee, momentos estes que ficaram marcados nas telas.


Nesta entrevista ela descreve um pouco sua carreira e conta um pouco de tudo para os fãs brasileiros. Alguns fatos ainda não revelados e fez questão de comentar filme-a-filme, os Espaghetti Westerns tão admirados pelos fãs cowboys do Brasil e do mundo em primeiríssima mão neste espaço.
Além de uma escritora, jornalista e pintora de sucesso fala sobre seu trabalho no cinema, narra curiosidades sobre o cinema da época e fala também de projetos futuros.

Então, vamos a nossa entrevista.

Edelzio: Malisa sabe-se que no filme “Perversion Story” (Uma Sull´altra - 1969) na perrsonagem de Elizabeth O´Neil você fora muito elogiada pela crítica por ter sido dirigida por Lucio Fulci. Em 1969 Fulci ainda era desconhecido. Qual foi sua reação em ser convidada para fazer “A Cat in the Brain” (Um gatto nel Cervello – 1990) no papel de Katya Swharz sabendo-se que vinte anos depois ele agora era um dos principais diretores do cinema Fantástico e após quase 3 décadas ele lhe convidaria novamente. Como foi trabalhar com ele?

Malisa: Fulci era uma pessoa legal, mas bem fechado consigo mesmo e rude no set. Eu não tinha muita confiança dos atores, que não me consideravam muito. “Perversion History” foi um dos meus primeiros filmes.
Engraçado que eu atuaria após vinte anos em “Un Gatto nel Cervello”, O último filme dele. Foi o Destino.


Edelzio: Como você poderia descrever o que sente hoje tendo feito ao lado de Bruce Lee e Chuck Norris (O Vôo do Dragão - 1972) um Clássico pioneiro das artes marciais e como foi a convivência com estes atores na época das filmagens?

Malisa: Minha cena foi apenas com Bruce Lee. Eu conheci Chuck Norris no set, mas de uma maneira formal. Lembro-me que naquele tempo, na Itália, Bruce ainda era totalmente desconhecido, o oposto frente a mim. Eu era uma estrela emergente.
Eu estava finalizando o filme “A Amazônia” de Terence Young e eu estava em todas as revistas italianas.

   
Malisa: Foi Bruce pessoalmente que me escolheu para o filme. Ele me viu na capa de uma revista. De qualquer forma as filmagens eram muito fáceis. Muito inferior esta foi uma de suas primeiras direções. Ele sabia explicar e passar muito bem o que ele queria aos atores. Ele estava muito envolvido nesse filme. Bruce foi muito disciplinado, em sua vida privada e profissional. Ele era o primeiro a chegar e o último a sair. Foi um filme de baixo orçamento e ele não gastou muito dinheiro.
Cada hora gasta em Roma era preciosa. Fiz cerca de 70 filmes na minha carreira, 30 no papel principal. Eu não acredito que o pequeno papel que fiz com Bruce, (um dos menores que eu fiz), tornou-se o filme em que o público viesse a me conhecer mundialmente.


Edelzio: Como foi trabalhar com o diretor francês Patrice Rondard em “Elsa Fraulëin SS” e o que achou do resultado?

Malisa: Eu amo tanto aqueles filmes (foram 2) Elsa é uma das minhas favoritas. Fiz muitos filmes na França, e eu gostei muito de trabalhar lá. Em cada filme, nós éramos como uma família, e as filmagens foram muito fáceis. Todo mundo colaborava com todos. Para mim foi muito difícil porque estava sendo filmada em áudio direto, mas eu estava sendo tão ajudada que eu não tive nenhuma dificuldade. Esse período foi incrível para mim, eu conheci muitas pessoas interessantes.

Edelzio: Houve época na década de 70 que você fez uma média de um filme por mês sendo alguns até de ficção científica, policiais, trillers e dramas. Como era o rítmo das filmagens, roteiros, custos, contratos, enfim, Como administrava o volume dos trabalhos?

Malisa: Não era realmente um filme por mês! Mas muitas vezes eu filmei três filmes juntos.
Meu agente planejava e programava as datas. Não foi tão difícil para mim.


Edelzio: Sendo considerada uma das mais belas e sensuais atrizes dentro deste gênero, como era fazer filme de nudez como em (Miranda – 1985), (Salon Kitty – 1976), (Snack bar Budapest – 1988) e Nazi-exploitations entre outros para uma época tão polêmica?

 
Malisa: Eu nunca tive problema para atuar nua. Eu acho que um bom ator deve fazer o papel que precisa em sua ascensão total que era o meu caso. Como estrela internacional, fotografar nua em filme com história e temas muito forte é bastante normal. Ninguém me forçava a fazer um papel deste. A escolha é sua. Então, se você não gosta do papel que lhe oferecem, você pode recusar.
Ninguém forçava nada. De qualquer forma, eu nunca tive problema com isso e sempre fiz com muito profissionalismo.

FILMOGRAFIA ESPAGHETTI WESTERN - MALISA LONGO

Vamos abordar agora um outro gênero em que você marcou muito nos 9 filmes Espaghetti Westerns que você participou e que os fãs leitores deste blog estão interessados em saber.

Edelzio: Ao lado do ator alemão Peter Lee Lawrence (Karl Hirenbach), Carlos Quiney e Dan Van Husen; Dirigido por José Luis Merino, você trabalhou em “Ancora dollari per i MacGregor” (Dólares para os MacGregors/Dólares de Sangue para os MacGregors – 1970) filmado na Itália e em Andalucia, Almería na Espanha. Como foi a experiência em trabalhar com Peter Lee Lawrence, Van Husen nesta cidade em mais este Clássico Cult do Western?
Malisa: Com certeza foi uma experiência agradável, mas não me lembro muito. Foi o meu primeiro filme western e acho que a cada um que filmava era uma experiência nova. Para esse filme lembro-me que eu tive que aprender uma postura nova para andar (caminhar) como as mulheres da época e eu gostei disso.
Mas, com José Luis Merino, Lee Peter Lawrence, Van Husen eu compartilho o conjunto desta obra, nada mais.

 
Edelzio: Califórnia Adeus - (1977) Com Giuliano Gemma, Raimund Harstorfe e William Berger – Direção: Michele Lupo. O que achou de trabalhar neste filme?

Malisa: Em Califórnia Adeus, eu fiz um papel pequeno, uma pequena aparição no quarto de um hotel ainda meio que no escuro da madrugada ao ser chamada por “Raimund Harstorfe” (Rope Whittacker) mas foi muito significativa.
Giuliano Gemma foi um ator que colaborou muito, e se tornou um amigo.
Michele Lupo foi um diretor muito bom.


Edelzio: Em “El macho” – (1977)Com George Hilton e Carlos Monzón – Direção: Marcello Andrei. Como foi neste filme?

Malisa Longo e George Hilton 

Malisa Longo e Carlos Manzon

Malisa: “El Macho” foi um dos meus preferidos. Filmando com Carlos Monzón foi muito difícil, porque ele não era um ator profissional, e em alguns momentos foi indisciplinado e violento. Mas, no final, todos acharam que o filme foi bem concluído. Edelzio: E em “Zanna Bianca e Il Cacciatore Solitário” (Caninos Brancos e o Caçador Solitário - Brasil -1975) Com Robert Woods, Robert Hundar e Pedro Sanchez – Direção: Alfonso Brescia. Como foi?
  Malisa: Eu amei esse filme. Fiz muitos filmes com Alfonso Brescia, e filmar com ele era muito fácil. Nós eramos como uma família. Robert Woods era um bom ator, muito profissional. Lembro-me que gravamos o filme em uma pequena vila ao norte da Itália, perto de Torino e estava muito frio. Nesse filme eu corri risco de vida. O idiota responsável pelos efeitos especiais preparou o efeito de fogo mas usando dentro da arma uma bala de verdade em vez de uma bala falsa. Naquela cena, eu estava parada em frente a janela, perto de Robert Wood. Alguém devia atirar na gente lá de fora. Robert foi tão preciso ao me empurrar para o chão no momento certo, que acabou salvando minha vida de verdade, caso contrário a bala teria me atingido. Eu fiquei chocada com aquilo.

Edelzio: C'era Una Volta Questo Pazzo Pazzo West (A Dupla Maluca do Oeste – Brasil - 1973) Com Gordon Mitchell e Vincent Scott – Direção: Francesco Degli Espinosa.

Malisa: Este foi muito divertido, foi um western comédia com o grande Gordon Mitchell mas eu não lembro muito bem.

Edelzio: O que achou deste filme? “I Bandoleros Della Dodicesima Ora" (Agora Eles o Chamam Sacramento – Brasil -1972) Com Michael Forest e Fernando Bilbao – Direção: Alfonso Balcazar.

Malisa: Bom filme e adorei ficar um tempo na encantadora Barcelona, onde foi concluído. Alfoso Balcazar era uma pessoa muito agradável e amigável.

Edelzio: Agora vamos lembrar o filme “Blindman” – (Preso na Escuridão/O Justiceiro Cego – Brasil - 1971) Com Tony Anthony, Ringo Starr e Lloyd Batistta – Direção: Ferdinando Baldi.

Malisa: Filmamos em Almeria/Espanha eu tenho boas lembranças de Tony Antony e Ferdinando Baldi.
Ringo Starr estava solitário. Eu acho que ele estava passando um período muito ruim da sua vida.
Nesse tempo o grupo “The Beatles” estava sendo dividido. Todos os outros Beatles recomeçavam o futuro tocando e cantando como solistas e estavam se dando bem, ao contrário, para ele, sendo um baterista, seria mais difícil continuar seu sucesso em um novo grupo.


Edelzio: Qual foi sua experiência em “Zorro, Marchese di Navarra” (Zorro, A Marca da Vingança – Brasil - 1969) Com Nino Vingelli, Nadir Moretti e Danielle Vargas. Direção: Franco Montemurro?

Malisa: Este filme foi o meu primeiro filme como protagonista. E fiquei muito orgulhosa de começar com um dos meus heróis favoritos. Desta vez eu tinha um herói mais jovem ao meu lado.

Edelzio: Aqui lembramos dois filmes de Merino. “Ancora Dollari Per I MacGregor” (Dólares para os MacGregors – Brasil - 1970) Com Peter Lee Lawrence e Carlos Quinei – Direção: José Luis Merino.
“Zorro Il Cavaliere Della Vendetta” (Zorro, O Cavaleiro da Justiça – Brasil - 1971) Com Carlos Quinei e María Mahor – Direção: Luigi Capuano e José Luis Merino.

Como foi trabalhar com esse diretor?
Malisa: Eu amei esse período. Os filmes foram rodados em torno de Madrid/Espanha. José Luis Merino foi muito bom diretor
e muito amigável nestes filmes em que fui dirigida por ele. Eu amo ele. Também todos os atores, alguns espanhóis, foram adoráveis e muito profissionais.


Edelzio: Você poderia fazer uma explanação destes filmes em que atuou e qual a experiência, complicações, fatos curiosos ou inusitados que passou ao lado destes grandes atores como Giuliano Gemma, George Hilton, Robert Woods entre outros?

Malisa: Eu não tenho outras histórias engraçadas ou lembranças memoráveis além das que eu disse antes. Já faz muito tempo.

Edelzio: Voltando a falar no filme muito cultuado não só entre os fãs no Brasil mas em todo o mundo: O filme “Preso na Escuridão” (Blindman – 1971) escrito, protagonizado e dirigido por Tony Anthony com participação do “alucinado” Lloyd Battista e o ex-Beatle Ringo Starr em que havia um elenco repleto de outras belas atrizes internacionais como a polonesa Magda Konopka, a italiana Marisa Solinas, a austríaca Krista Nell e tantas outras; Como foi trabalhar com Tony Anthony, Ringo Starr e as outras atrizes de nacionalidades diferentes?


Malisa: No set de filmagens, fomos todos somente amigos, nada mais. Não tivemos problemas com os vários Idiomas do elenco. Depois disso, após terminarmos o filme, fiquei deslumbrada apenas com o diretor Ferdinando Baldi e com o ator e produtor Tony Antony. 

Depois do filme, Tony chegou na Itália e nos encontramos novamente em Roma. Mas após esse período, Eu perdi o contato e a amizade deles. Agora eu sou uma boa amiga apenas de Solvi Stubing, uma das atrizes do elenco que atuou também em mais dois Westerns “Garringo – 1969” e “O Xerife Que Não Dispara de 1965”.


Edelzio: Ainda em “Blindman”, todas as mulheres ficaram nuas em algumas cenas como a do banho coletivo, coisa rara de se ver em um Western. Como foi pra você e todas as outras atrizes filmarem esta cena?

Malisa: Não, eu não me senti desconfortável. A cena de nudez era necessária para história. Nada mais.
Todas as meninas sabiam o que tinham que fazer como eu. E ninguém teve problemas.


Edelzio: Outra cena de violência incomum em “Blindman” foi a cena em que as mulheres são barbaramente atacadas no deserto escaldante e percebe-se que na cena não haviam Dublês (Stunt). Como era trabalhar num clima como aquele em que raramente mulheres eram expostas a situações de risco como neste filme?

Malisa: Nessa situação não era necessário ser substituído com dublês. Os diretores e assistentes nos ensinavam o que fazer em cada cena de perigo, com isso aprendíamos muito, e pôr em prática era fácil.
Nada de brutalidade contra as mulheres, eram apenas movimentos profissionais. O importante era registrar as ações que realmente parecessem realidade e neste filme Tony Anthony conseguiu registrar bem estas encenações.


Edelzio: Houve algum trabalho em que você teve alguma Decepção? Gostaria de comentar?

Malisa: Sim. Em “La Mondana Nuda! - 1980” do diretor Sergio Bergonzelli. Uma dor em meu coração. Fiquei muito decepcionada por esse filme. Eles usaram meu nome, para o papel principal em um filme “inferior” filmado em alguns poucos dias.
Mas a razão de eu ficar desapontada foi porque atuei em uma cena de amor e ao terminar a ação, eles deram seqüência à cena utilizando outra atriz em cenas picantes. A estupidez foi tanta que você vê a outra atriz e não a mim.


Edelzio: Fale um pouco de suas atividades além de escritora e o como se sente no que faz hoje?


Malisa: Hoje estou morando em Roma.
Agora eu gasto meu tempo viajando e escrevendo como jornalista em uma revista e um jornal de notícias.
Eu também escrevo livros e poemas. Eu amo fazer isso. Meus trabalhos anteriores foram três livros:
Un romance "Così Vêm Sono", Un Poema "Il Cantico Del Corpo" e, o último foi um livro entrevistas "Aggiungi Un Seggio Una Tavola". Agora estou escrevendo um novo livro, um romance, mas eu não posso revelar nada sobre ele, até que seja publicado. Será mais uma surpresa.




Edelzio: Quais são seus projetos para o futuro? Pensa em retornar ao cinema?
Você aceitaria propostas de trabalhos para interpretar papéis coadjuvante, com densidade e adaptado à sua personalidade?

Malisa: Meu futuro está na escrita. Mas continuarei sempre a ser uma atriz, e se alguém me oferecer um papel muito bom, eu estou pronta para voltar a atuar. E colocar-me em ação. Acho que isso é uma probabilidade remota, porque agora eu me tornei muito seletiva, e as condições não estão a meu favor.

Edelzio: Qual a perspectiva dos fãs verem-na novamente no cinema independente do gênero?

Malisa: Talvez .. Quem sabe... Mas, por agora, para você, e meus fãs do Brasil e de todo o mundo, deixo com amor o meu endereço e um milhão de beijos.
Muito Obrigado
Site Oficial Malisa Longo
Filmografia Completa Malisa Longo
Vídeo Musical desta Entrevista

Bem, muito obrigado pelas respostas, e esperamos que continue seu trabalho, seja no cinema, TV, ou seja, como escritora ou pintora. Muitas felicidades e obrigado por ter nos dado esta oportunidade em conhecê-la melhor e autorizar-me também exibir suas fotos aqui editadas.
Aceitando com humildade e respeito o meu convite em participar do tributo neste pequeno espaço dedicado a você Malisa que nos deixou boas recordações através das telas do cinema.

Esta é sem dúvida nenhuma mais uma página que ficará escrita na história do cinema.
Obrigado por sua atenção.
Saúde e Sucesso
Edelzio Sanches

Saiba mais de Malisa Lonso em entrevista realizada em 01 de Janeiro de 2019 para Antonello Altamura no: ”LFMAGAZINE-ITÁLIA”

Poucos Dólares para Django (Brasil) Letra/Lyric - Inédita

Pochi Dollari per Django “1966”
A Few Dollars for Django - USA
Música: Carlos Savina
Intérprete: Don Powell

“There will come a morning”

There will come a morning
A deadly morning
The eye of the devil will burn
Like the sun in the sky
And men, they will run or they’ll die

Who´ll be the coward
Who´ll be the brave?
And who will remember the man who lay cold on the sand?
The man who lay cold on the sand

Oh, lawwless town you’ve gone astray
Your love somehow, has gone away.
It´s an eye for an eye
And how many men will die?
There’s no law…no…

[Instrumental]

Oh lawless town you’ve gone astray
Your love, somehow, has gone away
It´s an eye for an eye
And how many men will die?
There’s no law…no…

There will come a morning
A deadly morning
The eye of the devil will burn
Like the sun in the sky
And men, they will run or they’ll die
they’ll die, they’ll die, they’ll die

Música Tema “Poucos Dólares para Django - Ripped Vinyl 1966 - Re-uploaded Mediafire
Música Cortesia Zé Carlos
Letra Cortesia de Emanuel Neto – Por Um Punhado de Euros Blogspot.com - Portugal
e William Connolly – Spaghetti Cinema - USA